Passaporte Vacinal pressionará prefeitura de Porto Alegre

Passaporte Vacinal pressionará prefeitura de Porto Alegre

Anteriormente, ao rejeitar a medida, o Executivo sustentou que não conta com servidores suficientes para garantir a fiscalização

Taline Oppitz

Entre as formas de comprovação, está o aplicativo Conectsus, a carteirinha de vacinação digital

publicidade

A Câmara de Porto Alegre discutiu na sessão desta quarta-feira o veto do prefeito Sebastião Melo (MDB) à emenda de projeto que estabelecia a obrigatoriedade de passaporte vacinal para ingresso nos estádios gaúchos, que estão operando com limite de público. O debate, na prática, como reconheceu o próprio líder do governo na Casa, Idenir Cecchin (MDB), fica ultrapassado com o início da vigência, na próxima segunda-feira, de decreto do governo gaúcho que estabelece e amplia a iniciativa. No caso dos estádios, se quiserem ocupar até 30% do local, deverá ser exigido o certificado de vacinação dos torcedores com o número de doses conforme o calendário vacinal estadual. A exigência já foi colocada em prática, sem problemas.

Mas o futuro próximo, é uma preocupação. “A exigência do passaporte pode ficar mais complexa com a ampliação, gradual, do índice de público que será permitido nos estádios. Em um jogo com início às 19h, por exemplo, os portões teriam de ser abertos por volta das 13h”, disse o presidente da Federação Gaúcha de Futebol, Luciano Hocsman, em entrevista ao programa ‘Esfera Pública’, da Rádio Guaíba.

O decreto do governo do Estado estabelece ainda a obrigatoriedade da comprovação da vacina em casas noturnas, bailes, eventos sociais e festas infantis que quiserem abrir pista de dança. Deverá ainda ser exigida a testagem caso tenham público de 401 a 800 pessoas, assim como eventos corporativos com público de 2.501 a 10 mil pessoas. Caso não peçam exame negativo para Covid ou a comprovação da vacinação, festas não poderão ter pista de dança e devem manter a antiga ocupação de até 350 pessoas, e as feiras corporativas deverão manter o antigo limite de 2,5 mil participantes. A vigência do decreto do governo gaúcho pressionará a prefeitura de Porto Alegre, que na justificativa para vetar a exigência do passaporte vacinal, sustentou, entre outros pontos, que não conta com servidores suficientes para garantir a fiscalização. 


Mais Lidas

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895