Planos de governo para o Rio Grande do Sul perdem espaço nesta eleição

Planos de governo para o Rio Grande do Sul perdem espaço nesta eleição

Indefinições em torno das candidaturas dificulta a composição de projetos sólidos

Taline Oppitz

Pesquisa ouviu 1.540 eleitores

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Outro prazo do calendário estabelecido pela Justiça Eleitoral começa a pressionar partidos e seus dirigentes, que têm até 15 de agosto para registrar seus candidatos e seus planos de governo. Na prática, a apresentação dos planos de governo à Justiça Eleitoral, infelizmente, como praxe, não é levada a sério e se limita a resumos ou apenas diretrizes das promessas dos candidatos, quando muito. Ou seja, a exigência, como diz o ditado, é para inglês ver.

O PP, primeiro partido a fechar a majoritária, com Luis Carlos Heinze, na cabeça, e as vereadoras Tanise Sabino (PTB), como vice, e Comandante Nádia (PP), ao Senado, apresentaria suas pretensões em ato originalmente marcado para esta quinta-feira. O evento, no entanto, acabou adiado em função de problemas de agenda de dirigentes do PTB. Neste ano, o cenário envolvendo as ações que os candidatos defenderão ao longo da campanha e que prometem realizar em caso de vitória nas urnas, é ainda mais frágil.

As indefinições em torno das composições majoritárias, já que há uma pulverização de cabeças de chapas em todos os espectros políticos, e resistência de partidos em abrirem mão do protagonismo, estão tendo reflexos diretos na elaboração dos planos de governo. Alguns partidos realizaram séries de encontros regionais para tratar das ações nas diversas áreas, debatendo com lideranças e com a população. Outros ainda estão nesta fase.

Mas sem as composições estabelecidas, os processos não avançam como deveriam e os eleitores, por ora, pouco ou nada sabem sobre as intenções dos candidatos. A polarização e a forma bélica que têm marcado o mapa nacional também contribuem para que as propostas, que deveriam ser prioridade, fiquem em segundo plano ou até mesmo sumam dos debates. 


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