Polêmica não é inédita no Senado

Polêmica não é inédita no Senado

Decisão de Luís Roberto Barroso é pelo afastamento de senador

Taline Oppitz

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A polêmica deflagrada no Senado em função da decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, de afastar Chico Rodrigues (Dem-RR) do cargo não é inédita e não será a última. O senador Chico Rodrigues foi alvo de operação da Polícia Federal, na quarta-feira, em Boa Vista, e foi flagrado por policiais com dinheiro nas nádegas, durante a abordagem.

A investigação apura desvios de recursos públicos destinados ao combate à pandemia, referentes às emendas parlamentares. A ordem de busca e apreensão foi autorizada previamente por Barroso.

O instinto de preservação e o corporativismo político se impuseram em outros episódios recentes no Senado. Entre eles, os mais notórios, envolveram o então senador Aécio Neves (PSDB) e o cacique Renan Calheiros (MDB). No caso de Aécio, em 2017, o Senado derrubou decisão do Supremo Tribunal Federal de afastar o tucano do mandato.

Com o movimento, Aécio ficou liberado do recolhimento domiciliar noturno que havia sido determinado. Foram 26 votos a favor e 44 contra manter as medidas cautelares determinadas. Um ano antes, em 2016, ministro Marco Aurélio de Mello determinou o afastamento de Renan Calheiros da presidência do Senado, com base no entendimento, majoritário na Corte, de que réus não podem exercer cargos na linha sucessória da Presidência da República. Calheiros reagiu politicamente. Em seguida, o plenário do Supremo, por seis votos a três, manteve o senador no cargo. 


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