Polarização é cada vez mais latente nas eleições 2022

Polarização é cada vez mais latente nas eleições 2022

Apesar dos esforços dos partidos de centro, nomes não emplacam nacionalmente

Taline Oppitz

Disputa pela presidência da República promete ser acirrada

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O país vai às urnas no dia 2 de outubro, daqui a exatos 100 dias, para escolher o presidente da República, governadores, deputados federais, estaduais e senadores. A disputa pela cadeira presidencial promete ser uma das mais acirradas e bélicas dos últimos tempos. Apesar do esforço de partidos como o MDB, da senadora Simone Tebet, e do PSDB, que deixou de ser protagonista nacionalmente em 2018, atropelado pelo fenômeno Jair Bolsonaro, não há indicativos de espaço para que uma terceira via se estabeleça. A polarização entre Bolsonaro (PL), que busca a reeleição, e o ex-presidente Lula (PT), que pretende voltar ao Planalto, é cada vez mais forte e mais agressiva.

Os reflexos da sucessão presidencial já contaminam as eleições estaduais, majoritárias e proporcionais, em cenários que tendem a se agravar e a ficarem cada vez mais tensionados com a proximidade da ida dos eleitores às urnas. Os riscos da forte polarização vão além de deixar em segundo plano temas que são prioridade para a população, especialmente após a pandemia, como saúde, educação, segurança, renda e geração de trabalho. Afinal, mais do que os votos em Bolsonaro e Lula, pesarão os votos anti-Bolsonaro e anti-PT. 

As eleições deste ano prometem ainda um ineditismo, caso não sejam resolvidas no primeiro turno. Uma terceira etapa da disputa, já que após o desfecho das urnas, não há dúvidas de que, independentemente dos resultados, o processo eleitoral brasileiro será mais uma vez colocado em xeque. Assim como a própria democracia.


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