Pré-candidatura ao Planalto de Leite é certa

Pré-candidatura ao Planalto de Leite é certa

O desfecho em relação a incógnita que já se estende por meses, será no dia 25. Impasse entre PSD e PSDB permanece

Taline Oppitz

Enquanto não anuncia seu destino, apreensão da base eleitoral e também de lideranças do PSDB crescem

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Apesar de o governador Eduardo Leite não ter informado os colegas de partido, em reunião convocada por ele, que ocorreu na noite desta segunda-feira, sobre deixar o PSDB ou não, uma decisão foi anunciada. Leite está convicto e irá concorrer ao Palácio do Planalto. A pré-candidatura pode ser pelo PSDB, caso o partido consiga neutralizar o governador de São Paulo, João Doria, que venceu as prévias e está fardadíssimo, ou pelo PSD, caminho mais provável.

O desfecho em relação a incógnita que já se estende por meses, será no dia 25. Em tempo: no encontro com a executiva do PSDB e com a bancada do partido, Leite afirmou que seu sucessor é Ranolfo Vieira Júnior. Resta saber por qual partido: PSDB ou PSB. Ranolfo seguirá o destino partidário do governador. Enquanto o anúncio não acontece, é crescente a apreensão da base eleitoral e também de lideranças do PSDB. Isto porque o calendário está cada vez mais próximo e ala de representantes tucanos pretende mudar de partido com Leite.

A encruzilhada é ainda mais complexa em função das projeções feitas pela própria cúpula nacional do PSDB. Com representação pífia nas pesquisas de intenção de voto e alta rejeição, a expectativa é a de que, se Doria for adiante, enterrará o partido. Na última eleição presidencial, em 2018, os tucanos sofreram um dos maiores baques de sua história recente. O candidato à época, Geraldo Alckmin, fez apenas 4,58% dos votos e a bancada na Câmara dos Deputados foi reduzida a menos da metade. Acostumado ao protagonismo nas corridas ao Planalto, sempre polarizando com o PT, o PSDB agora enfrenta grande dilema e tem um futuro incerto.


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