Primeiro desafio do PSDB será unificar o partido

Assim que desembarcou em Porto Alegre, hoje, por volta das 16h30, o governador de São Paulo, João Doria, se dirigiu diretamente ao Palácio Piratini. O convite foi feito pelo governador Eduardo Leite e não havia sido combinado com antecedência. Nas redes sociais, Leite escreveu: “Impossibilitado de receber o governador de SP, João Doria, no aeroporto, para dar boas-vindas ao Rio Grande do Sul, fiz um convite a ele para visitar-me no Palácio Piratini. Temos estilos de ação política marcadamente diferentes, mas somos do mesmo partido, o PSDB, e queremos mudar o Brasil”. Doria, que tinha uma coletiva marcada para às 18h, e acabou um pouco atrasada, está no Estado para encerrar sua campanha pelas prévias.

O movimento de Leite, por sua vez, foi simbólico e se deu devido a mais um ruído entre integrantes das duas campanhas. Na noite de segunda-feira, Doria e Arthur Virgílio divulgaram nota crítica, sustentando que articuladores de Leite haviam solicitado o adiamento da disputa. Leite negou o episódio à coluna e também posteriormente, nas redes sociais. Após nova reunião, a data original das prévias, no próximo domingo, foi confirmada.

A expectativa é a de que, no total, cerca de 44,7 mil filiados votem em todo o país para escolher o representante na corrida ao Planalto. Doria está confiante na vitória já em primeiro turno. Apesar de ambos negarem publicamente, um dos principais desafios do PSDB, após as prévias e independentemente do resultado, será a unificação do ninho tucano. Não raro, as disputas internas deixam efeitos colaterais que, se não forem contidos, podem ser decisivos para o desfecho na vida real, das urnas. 

Estrategicamente público
O breve encontro entre Leite e Doria foi marcado por gentilezas, e aberto à imprensa. Quando o gaúcho recebeu Arthur Virgílio, que também disputa as prévias, a conversa no Piratini foi reservada.