Retomada das aulas é marcada por críticas e incertezas

Retomada das aulas é marcada por críticas e incertezas

Rede pública estadual retorna, em etapas, a partir de amanhã

Taline Oppitz

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A partir de amanhã, com a retomada das aulas presenciais na rede pública estadual, começando pelo Ensino Médio e Técnico, os protocolos sanitários e ações para garantir a segurança de professores, servidores e alunos sairão da teoria e dos discursos para serem testados na prática. Segundo o calendário divulgado pelo Piratini, em 28 de outubro, será a vez do retorno dos anos finais do Ensino Fundamental, e, em 12 de novembro, os anos Iniciais. O governo anunciou na última semana a compra de R$ 15 milhões em equipamentos de proteção individual. No total serão investidos R$ 270 milhões para viabilizar o cumprimento das normas sanitárias.

A volta das atividades presenciais na área da educação, apesar de todo o planejamento, que se estendeu por meses, segue marcada por incertezas, temores e muitas críticas. Há duas semanas, em Porto Alegre, as atividades foram retomadas pela educação infantil. A abertura será seguida por parte do Ensino Fundamental, mas a adesão ainda é tímida. Mesmo assim, a prefeitura registrou 34 casos positivos para Covid-19 desde a retomada. Os contaminados, majoritariamente, são professores, e foram afastados, permanecendo em isolamento. Outra preocupação diz respeito aos professores e servidores que integram o grupo de risco, em função da idade ou de comorbidades. No caso dos alunos, a volta não é obrigatória, e a decisão fica a critério das famílias. Para os servidores, a situação é distinta e vem gerando controvérsias. Ao fazer o anúncio, o governador Eduardo Leite (PSDB) afirmou que a rede estadual deve respeitar o calendário. “Professores do grupo de risco poderão desempenhar seu trabalho remotamente. Mas aqueles que não forem e que não voltarem, terão os salários descontados”, disse o tucano. 


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