Sem Romildo, PDT agora corre atrás do prejuízo

Sem Romildo, PDT agora corre atrás do prejuízo

Presidente do Grêmio reconheceu que demorou pra dar uma resposta definitiva

Taline Oppitz

Presidente do Grêmio reconheceu que demorou pra dar uma resposta definitiva

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A pouco mais de um mês do início do período das convenções partidárias, entre julho e agosto, o presidente do Grêmio, Romildo Bolzan Júnior, enfim, coletiva  classificou como definitiva sua decisão de não deixar o comando do clube para concorrer ao Palácio Piratini, frustrando dez entre dez trabalhistas que sonhavam em vê-lo como pré-candidato. Romildo fez na sua manifestação uma mea culpa e disse que demorou demais para tomar a decisão.

Apesar de não assumir, na verdade, o que acontecia nos bastidores ao longo do processo é que Romildo e a cúpula do PDT tentavam equalizar para que o presidente conseguisse viabilizar a sua pré-candidatura, deixando o comando do tricolor de uma forma politicamente tranquila. O que acabou não acontecendo. Primeiro, em função da queda do Grêmio para segunda divisão, ficando de fora da elite do futebol. Mesmo que nesse meio tempo a vitória no Gauchão tenha dado fôlego para o time e, também, para o nome de Bolzan. O desempenho na largada do Brasileirão também não ajudou e obviamente  acabou pesando. Como deixar  o clube em um momento tão delicado?

Nesta quinta-feira, no entanto, Bolzan deixou as possibilidades para trás e foi taxativo sobre seguir no comando do tricolor. “Tínhamos esperanças, mas venceram a pressão e a política clubística”, disse o presidente estadual do partido, Ciro SImoni, à coluna.

O PDT, seu partido, no entanto, foi prejudicado. Com o calendário eleitoral cada vez mais próximo, os trabalhistas agora terão de correr atrás do prejuízo. Não apenas porque têm que tentar viabilizar alianças,  mas também porque terão  que fortalecer  seu plano B e garantir palanque para o presidenciável Ciro Gomes. Ao que tudo indica, o nome será o do ex-deputado Vieira da Cunha, que estava no Ministério Público e recentemente se afastou do cargo justamente para poder permanecer eleitoralmente viável. A outra alternativa seria a de integrar a chapa do pré-candidato do PSB, Beto Albuquerque. Na próxima terça-feira ocorrerá reunião da executiva estadual do PDT para tratar do tema.

Surpresa às vésperas da vinda de Ciro

Colega de partido e no Grêmio, o presidente estadual do PDT, Ciro Simoni, foi informado na noite de quarta-feira sobre a decisão de Bolzan. Outras lideranças trabalhistas, porém, foram pegas de surpresa e ficaram sabendo do anúncio pela imprensa. Foi o caso do presidente licenciado, deputado federal Pompeo de Mattos, que coordena a pré-campanha do presidenciável Ciro Gomes na região Sul.

Em tempo: está prevista agenda de Ciro Gomes no Estado na próxima semana. Na quarta-feira, ele participa de eventos em Porto Alegre, na quinta-feira, em Bento Gonçalves e Caxias do Sul, e na sexta-feira, em Pelotas. A vinda pode ser suspensa caso Ciro, que está com Covid, não teste negativo neste fim de semana.

 


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