Museu Antropológico Diretor Pestana comemora 60 anos

Museu Antropológico Diretor Pestana comemora 60 anos

Com sua estrutura sendo ampliada no decorrer dos anos, o MADP foi criado em conjunto com a antiga Faculdade de Filosofia, Ciência e Letras de Ijuí (FAFI) e ações coletivas da comunidade

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Fundado em 25 de maio 1961, o Museu Antropológico Diretor Pestana (Madp), uma das mantidas da Fidene, construiu sua história ao longo de seis décadas, por meio da preservação e reflexão sobre a riqueza cultural e identitária do noroeste gaúcho. Completando 60 anos em 2021, o Museu irá proporcionar à comunidade uma programação comemorativa, em sua maior parte no formato virtual, contando com projetos e ações de relevância social.
 
Histórico e criação
Surgia na década de 1960 novos moldes de desenvolvimento educacional na cidade, a fundação das instituições de ensino estimulam a criação de um órgão social que representasse a história da população local para ela mesma. No ano de 1961 é fundado o Museu Antropológico Diretor Pestana, homenageando o notório engenheiro e político Augusto Pestana. 
 
Instalado primeiramente na rua Barão do Rio Branco possuía pequeno ambiente e pequenas mostras, cerca de 15 anos após, em 1976 é inaugurado o primeiro módulo da estrutura atual em que reside, na rua Germano Gressler era construído o ambiente que se tornaria referência na preservação da memória da região do Noroeste do Estado.
 
A decisão de se criar uma instituição antropológica que buscava salvaguardar elementos do passado e identidade de um período onde havia perda material, cultural e histórica em face à modernização agrícola regional. É no programa radiofônico “Nossas Coisas, Nossa Gente”, que Mario Osorio Marques e Argemiro Jacob Brum, idealizadores do Madp, junto de ação coletiva do Centro de Estudos e Pesquisas Sociais, vinculado a FAFI (Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ijuí)  estimularam e sensibilizaram a comunidade para doar peças, fortalecendo e ampliando o acervo preservado do Museu. 
 
Durante o século XXI, novos desafios e propostas se aprofundaram, tornando-se um centro frutífero de exposições e programações com a comunidade, que levaram ao público diversas temáticas ligadas ao desenvolvimento da sociedade. Cultura, história, preservação e propostas reflexivas sobre passado e presente moldam o caráter antropológico do Museu. 
 
Atualmente, por meio da sua essência de fundação, tem a importância de um espaço para a preservação das manifestações e os testemunhos dos diferentes objetos, saberes, fazeres, dos povos da comunidade regional, testemunhando assim, a caminhada e a identidade da presença humana, nesta região do Estado.
 
60 anos de Museu
São seis décadas de caminhada em conjunto com a comunidade regional, desenvolvendo projetos e incentivando a salvaguarda da memória de nosso povo, nossas histórias e heranças culturais. Proporcionando, por meio de reflexões em forma de programações, exposições e mostras, o valor imaterial e material de nossa identidade. 
 
Nos passos da atualidade o Madp vem se adaptando ao seu tempo. Novas tecnologias e adequações acompanharam o movimento de introdução às redes sociais e a integração digital necessária devido à pandemia. A introdução das redes informacionais, gerando diversos conteúdos de forma virtual para seu público, levando o acervo, a memória e as contemplações sempre existentes dentro de sua estrutura ao mundo online, marca uma nova fase, e aos poucos se consolida como o mesmo agente social que praticava seu papel de forma costumeira, presencial. 
 
Marcando tamanha data especial de aniversário sexagenário o Madp e sua equipe vem projetando diversas programações e campanhas.  A campanha de marketing dos 60 anos idealizada pelos designers Fabrício Souza e Rafael Fischer, fomenta e fortalece o mote “Nossa história, nossa memória”  integrando ações comemorativas, onde a comunidade poderá ter acesso a diversos materiais que sairão do mundo físico para o digital. 
 
A campanha de comemoração tomará um longo rumo de tempo, proporcionando ao público um ano inteiro de novos projetos e reedições de antigas exposições e propostas já apresentadas em certos momentos no Museu. Fazendo disso uma revitalização de seu ambiente digital, a comunidade terá acesso mais facilmente a uma ideia expositiva dos planos do Madp. 
 
“É necessário trabalharmos com novas propostas buscando a adequação que a realidade social em que nos encontramos exige. O Madp está buscando na tecnologia novas possibilidades de chegar à comunidade, uma vez que hoje não há como convidarmos o público para conhecer e visitar o Museu”, afirma a diretora do Madp, Cláudia Bohrer, que também destaca a presença do Museu nas mídias sociais. “Muitos preparativos interessantes estão acontecendo todo dia, a equipe está pensando e construindo novas proposições e concepções para transformar nosso potencial de compartilhar e refletir a memória da comunidade, algo que está sendo feito há seis décadas, porém agora de forma diferente, e remota. Tenho a certeza de que a população que sempre nos acompanhou e valorizou o trabalho do Madp, ficará contente com este novo grande projeto que está sendo realizado”, ressalta a diretora.

Correio do Povo
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