Vinícola investe na reconversão de parreirais para a produção de espumantes

Vinícola investe na reconversão de parreirais para a produção de espumantes

Objetivo é aumentar a qualidade e o volume do produto, com potencial de crescimento no mercado interno e para exportação

COLABORE

Na última safra, que encerrou em março, foram colhidos 20 milhões de quilos de uva

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O Rio Grande do Sul é o maior produtor de espumante do Brasil. O produto, apesar de consolidado, ainda tem um grande potencial de crescimento no mercado interno e para exportação. Na cidade de Garibaldi, capital brasileira do espumante, que integra a região do Vale dos Vinhedos, uma cooperativa tem investido fortemente na reconversão de parreirais, com o objetivo de aumentar ainda mais a qualidade e o volume de produção.
 
Alexandre Angonezi, diretor executivo da cooperativa vinícola Garibaldi, revela que o consumo do produto no Brasil é de 150 mililitros per capita por ano. “Isso mostra o potencial de crescimento do produto”, destaca. O espumante é o carro chefe da Garibaldi, por isso, a cooperativa investe há quatro anos na reconversão de parreirais de uva branca, com mudas da Itália, para qualificar o processamento da fruta, o envase e a comercialização do espumante.
 
Este trabalho é realizado com os 415 associados, produtores de uva. São produtores da agricultura familiar que tem, na produção de uva, sua principal receita. Na última safra, que encerrou em março, foram colhidos 20 milhões de quilos de uva de ótima qualidade, segundo o diretor. Foram 200 hectares já reconvertidos, e outros 150 devem passar por este processo nos próximos anos. 
 
O produto brasileiro tem reconhecimento internacional, com características próprias, como leveza e frescor, e típico para o consumo no Brasil, um país tropical. Alexandre revela que o cenário é de otimismo, mesmo diante da pandemia. “Está sendo um ano bom”. A cooperativa registrou aumento de 40% nos vinhos finos e 16% nos vinhos de mesa. O espumante, por estar muito ligado ao consumo em eventos, teve uma redução nos dois primeiros meses da pandemia, mas com uma ligeira recuperação já no mês de junho. A cooperativa recebe visitantes para visitação turística e histórica, além da degustação e experiências sensoriais.

Correio do Povo
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