Ano em descompasso

Ano em descompasso

Insumos como metais, plásticos, vidros, papéis e tecidos estão em falta ou com preços em alta, impactando desde grandes empresas até pequenos empreendedores

Por
Gabriel Guedes

A pandemia de Covid-19 chegou há 9 meses. Uma das primeiras medidas adotadas pelos governos, visando à preservação do sistema de saúde público e privado, foi fechar o comércio e interromper as atividades da indústria e de serviços. Por semanas, manteve-se apenas o essencial funcionando, como supermercados e farmácias. Escritórios fecharam e seus funcionários foram trabalhar em casa, no home office. Desta forma, a economia entrou praticamente em paralisia, com uma queda de 17,1% no Produto Interno Bruto (PIB) do Rio Grande do Sul no segundo trimestre de 2020. As pessoas deixaram de consumir, as vendas caíram e a produção e oferta de produtos e serviços diminuiu em uma reação à crise instalada. Entretanto, com as flexibilizações de funcionamento do comércio e o retorno de algumas rotinas, somadas à concessão do auxílio emergencial e a programas de manutenção do emprego, como a Medida Provisória 936, houve uma retomada da economia mais forte que o esperado em relação ao projetado no começo da crise. A desvalorização do Real também incentivou as exportações e dificultou importações e esta conjuntura acabou criando um efeito colateral: o descompasso entre a demanda e a oferta. Sem conseguir dar conta de atender a todos, insumos como metais, plásticos, vidros, papéis e tecidos terminaram 2020 em falta ou com preços em alta, impactando da grande empresa ao pequeno empreendedor, como Xexéu Antunes, dono de uma pizzaria delivery na zona Norte de Porto Alegre, que está pagando cada vez mais caro pelas embalagens de papelão e plásticos descartáveis.

Em maio, cerca de dois meses depois dos primeiros casos de Covid-19 desembarcarem no Rio Grande do Sul, Antunes começou a observar o aumento de custos na sua pizzaria, no bairro Passo da Areia, em Porto Alegre. “Ali já subiram coisas, como alimentos, a calabresa por exemplo. Quem é comerciante fica perdido nisso. A tua pizza não pode subir de preço. Mas um litro de óleo, que eu pagava R$ 3,50, agora pago R$ 8,00 ou mais. Tudo que é descartável subiu. Está sendo o pior momento, com custos elevados e lucratividade em baixa”, conta. Para o empresário, apesar de o ramo de entregas e retirada no balcão ter sido favorecido durante a pandemia, a concorrência ficou mais acirrada e os custos fora dos itens alimentícios, como de caixas de pizza, não param de subir, aumentando as perdas. “Tenho dificuldade de repassar o custo para o consumidor”, argumenta.

O caso de Antunes é apenas um no problema de fornecimento de alguns insumos, que têm afetado várias cadeias produtivas no Estado e em outras regiões do país. No segmento de alimentação, de acordo com a presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes no Rio Grande do Sul (Abrasel-RS), Maria Fernanda Tartoni, os empresários do setor, em grande parte pequenos empreendedores, têm sentido bastante dificuldade na aquisição de vários itens. “O setor depende fundamentalmente de embalagens. A gente teve aumento (de preços) e, ao mesmo tempo, escassez do produto no mercado. Papel, sacos kraft, sacos para pôr o talher na mesa, jogo americano de papel, são coisas que têm ficado difíceis de adquirir. Para quem trabalha com teleentrega, acaba pesando mais”, analisa Maria Fernanda. Além disso, a falta de insumos vem afetando inclusive o mercado de bebidas, o que tem piorado as coisas para os donos de restaurantes. “Além das latinhas, há problema com garrafas. Muitas vezes a gente tem que recorrer a supermercados e atacados, porque não tem no fornecedor”, revela.

Rodrigo Borowski é proprietário da pequena cervejaria Mater, em Dois Irmãos, no Vale do Sinos. Na fábrica, o drama é a falta de garrafas de vidro, conforme alertado pela presidente da Abrasel-RS. “Lata não estou usando mais faz um tempo, não por esta questão da falta, mas ouvi falar que está faltando. E o vidro, de fato, está faltando. Não é nem questão de ter aumentado preço. Não estão nem aceitando pedido. Tentei com dois ou três fornecedores e não consegui. E tentamos achar outras alternativas de colocar o produto no mercado”, relata Borowski sobre a situação vivida no mês de outubro. De imediato, o problema foi contornado com o emprego de growler, um tipo de garrafão que varia de 1 a 5 litros, geralmente de vidro ou porcelana, e que pode ser levado para ser enchido de cerveja em bares, direto nas cervejarias e outros estabelecimentos que trabalham com a bebida na pressão.

Mas até mesmo este tipo de recipiente já vem sendo mais difícil de ser encontrado em vidro. No caso da Mater, após usarem alguns de vidro em estoque, foram comprados recipientes em plástico PET, na cor âmbar, para evitar a exposição do produto à luminosidade, assim como são as garrafas. “Isso atrapalha, de certa forma. Principalmente porque o consumidor de cerveja artesanal quer a cerveja em uma embalagem bonita. E a gente também quer, porque é um produto de valor agregado. Mas o visual não fica à altura disso”, lamenta Borowski.

Para fabricantes de maior porte, como a Dado Bier, que em 2020 completou 25 anos e tem plantas industriais nos estados de São Paulo e Paraná e na cidade de Santa Maria, a produção de cerveja em lata e garrafa só não foi prejudicada por causa de uma proteção contratual, que segundo o fundador da empresa, Eduardo Bier, garantiu o fornecimento. “A gente tinha essas questões garantidas contratualmente. A gente tem o compromisso de comprar, os fornecedores de fornecer, diante desta obrigação contratual. Mas acabamos tendo problemas de fornecimento intramês”, informa. No caso, segundo Bier, os pedidos de compra dos insumos eram atendidos, mas com atrasos nas entregas. Entretanto, apesar de conseguir manter a produção, não houve como escapar de alguns transtornos. “Nada que impediu de atingir as metas. Com matérias-primas não temos problemas, mas sim com embalagens. Lançamentos de novos produtos que estavam programados foram suspensos”, acrescenta.

Um dos produtos que está em falta no mercado são as garrafas de vidro usadas para envasar bebidas. Foto: Momente / Shutterstock / CP

No final de novembro, a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) divulgou a pesquisa Sondagem Industrial Especial RS sobre mercado de insumos e matérias-primas. Pelo levantamento da entidade, que consultou 207 empresas gaúchas - sendo 40 pequenas, 66 médias e 101 grandes, entre 1º e 14 de outubro -, 46,9% tiveram dificuldades para atender seus clientes no país. Dessas, 6,3% admitiram que grande parte da demanda não está sendo atendida e apenas 53% conseguem dar resposta sem dificuldades. A falta de estoques e a demanda superior à sua capacidade produtiva são as maiores causas apontadas para o não atendimento aos pedidos, atingindo 59,4% e 45,8%, respectivamente. A dificuldade se torna ainda maior com a impossibilidade de 31,3% delas de aumentar a produção, em primeiro lugar, por conta da falta de insumos e matérias-primas. “É o maior entrave atualmente à produção industrial. O problema da escassez de insumos atinge 90% das empresas incluídas nesse grupo e que, no momento, não podem aumentar a produção”, diz o presidente da Fiergs, Gilberto Porcello Petry.

De fato, 70% das empresas gaúchas afirmam enfrentar dificuldades em conseguir insumos ou matérias-primas no mercado doméstico e 26,6% revelaram que estas dificuldades são enormes. Segundo a pesquisa, os principais motivos são a falta de estoques do fornecedor (61,4% das respostas), a demanda maior que a capacidade do fornecedor (59,3%) e os preços elevados, seja por razões de oferta e demanda (49%) ou pela taxa de câmbio (33,8%). Mais de 64% das indústrias gaúchas utilizam insumos ou matéria-prima importados, aponta a pesquisa e, desse grupo, 64% admitem enfrentar dificuldades para obtê-los atualmente. Isso se dá especialmente pela falta de estoques ou o tempo de produção elevado que o fornecedor necessita, afetando 58,8% das empresas que enfrentam esse problema. Mas a demanda maior do que a capacidade de produção desse fornecedor (para 38,8% das empresas) e problemas de logística (para 29,4%) também se revelaram entraves relevantes. “A paralisação das atividades econômicas provocada pela pandemia desorganizou as cadeias produtivas em todo o mundo, somente essa questão já seria o suficiente para impactar a produção, mas tivemos também uma intensa desvalorização cambial, o que impulsionou os custos de produção”, acrescenta o presidente da Fiergs.

Uma das forças da economia de Nova Petrópolis, na Serra Gaúcha, a indústria têxtil do município, formada por cerca de 50 malharias, é um dos segmentos que se incluem nestes 70% com dificuldades em conseguir no país matérias-primas para a produção, conforme o indicador da Fiergs. O diretor do Departamento de Malharias da Associação Comercial e Industrial de Nova Petrópolis (Acinp), Márcio Kny, diz que a falta de fios de algodão está desorganizando a produção da coleção para o inverno de 2021. “Estamos encontrando dificuldade em boa parte de insumos, que estão em falta ou demorando para chegar. Por exemplo, em três fornecedores nossos, dois de São Paulo e um de Santa Catarina, o que antes levava duas semanas para chegar, agora passa de mês”, conta. Outro reflexo são os custos, que aumentaram. “Não estamos conseguindo adicionar o valor ao produto. Sem espaço para aumentar o preço, reduzimos a margem”, explica Kny. Aos donos de malharias, fornecedores têm colocado como justificativa a questão do dólar, que favorece as exportações e a quebra da produção. Para Kny, o que está acontecendo é um “solavanco de retomada”.

Em levantamento semelhante, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) constatou que em 19 dos 27 setores analisados na indústria de transformação, a dificuldade para atender a demanda afeta, pelo menos, 50% das empresas. “Apesar da recuperação da produção industrial nos últimos meses, os estoques iniciaram novembro ainda baixos, aumentando a dificuldade de se conseguir insumos nacionais. Esse problema está desorganizando as cadeias de produção, repercutindo em toda indústria, criando entraves para a continuidade da recuperação do setor”, explica o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade. Na sondagem de outubro, eram dez setores nessa situação. Entre os 19 segmentos, há outro bastante participativo na economia da Serra: o moveleiro. A dificuldade para atender a demanda dos clientes continua sendo maior no setor de móveis. Em novembro, oito em cada dez empresas (81%) relataram problemas para atender os prazos ou dar vazão aos pedidos dos clientes. Em outubro, eram 70%. O problema agravou-se com um aumento de 20 ou mais pontos percentuais no indicador em quatro setores: automóveis (com aumento de 27%), produtos de madeira (24%), couros e artefatos de couro (20%) e máquinas e equipamentos (também com 20%). Mas mais uma vez, o maior vilão é a falta de insumos. Quase três quartos (72%) das empresas que responderam à CNI enfrentaram dificuldades para conseguir matérias-primas em novembro. O percentual revela o agravamento da crise. No setor de móveis, essa dificuldade afeta 95% das empresas. O índice de indústrias com dificuldades subiu em 24 dos 27 setores avaliados. Em outro segmento relacionado ao moveleiro, a construção civil também enfrenta dificuldades. Em outubro, 19% dos representantes deste segmento estavam deixando ou demorando a atender os clientes. Em novembro o indicador saltou para 31%.

Voltou a crescer a demanda por materiais como polietileno (PE) polipropileno (PP) e policloreto de vinila (PVC) nos mercados doméstico e internacional. Foto: Ayrat Alparov / Shutterstock / CP

O plástico, um dos materiais com maior escassez, conforme apontado por empreendedores da área de gastronomia, foi bastante demandado. Conforme nota da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), no início de 2020, em cenário sem pandemia, a perspectiva era de crescimento próximo a 2%. Porém, após março, essa percepção despencou. A produção do setor registrou queda de quase 30% - em seu nível mais baixo durante a pandemia - em relação a fevereiro (cenário pré-pandemia).

Entretanto, com o processo de retomada de algumas atividades econômicas, o setor plástico apresentou crescimento de 1,6% em sua produção física em outubro de 2020 em relação ao mês de setembro. No comunicado emitido pela Abiplast, é apontado um acentuado desequilíbrio de oferta de matérias-primas plásticas no mundo. Por isso, os preços dos insumos têm oscilado de forma muito brusca. Há dificuldade para encontrar polietileno (PE), polipropileno (PP) e policloreto de vinila (PVC) nos mercados doméstico e internacional. Além disso, o cenário global é de oferta mais restrita de resinas, o que impacta diretamente nos preços desses materiais. “Nosso setor conseguiu manter a demanda, apesar da dificuldade. Nós estamos recebendo matéria-prima, mas em alguns itens tivemos dificuldade, com redução de até 80% na oferta. Também tivemos um consumo maior de plástico, principalmente por causa da pandemia”, conta o presidente do Sindicato das Indústrias de Material Plástico no Estado do RS (Sinplast-RS), Gerson Haas. Na empresa dele, situada em Novo Hamburgo, no Vale do Sinos, a elevação nos preços das resinas plásticas acarretou no repasse de custos aos seus clientes. “A petroquímica tem o compromisso de fornecer, mas desde maio e junho houve este descompasso. O preço das resinas subiu 65% desde o começo da pandemia. Repassamos 30 ou 40% aos nossos produtos porque pesou bastante”, soma.

Névoa no horizonte

A sondagem realizada pela Fiergs junto às empresas gaúchas também verificou as perspectivas em relação ao fornecimento de insumos e matérias-primas. As respostas deixam transparecer muitas incertezas ainda para 2021. Para pouco mais da metade das empresas consultadas na pesquisa, a normalização no atendimento aos clientes no país não deve ocorrer em menos de três meses, podendo levar até seis em alguns casos. Esse é o prazo que 52,6% das empresas projetam para a solução dos problemas de atendimento à demanda e que 55,2% e 60% avaliam como necessário, respectivamente, para a regularização do mercado doméstico e externo de insumos e matérias-primas.

“Em 2016 tivemos uma crise. Aí foi a pandemia. Isso enfraqueceu a demanda. Mas agora foi um choque muito grande. Um processo rápido de reabertura. Quando a gente olha essa provável saída do Estado (da ajuda dos governos durante a pandemia), a gente vê que os fundamentos da economia são bem frágeis. Com o fim do auxílio emergencial, vai ficar bem complicado. Há muitas incertezas de maneira geral. Isso traz imprevisibilidade. Quando e como vai se encaminhar a questão da vacina, como vão soprar as questões da economia, etc.”, observa o economista da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Porto Alegre, Oscar Frank.

Vários segmentos da indústria estão com dificuldades de obter insumos, entre eles o setor moveleiro. Foto: Brizmaker / Shutterstock / CP

Esta incerteza também fica visível na avaliação do presidente do Sinplast. “Acredito ainda que estaremos em estabilidade até março ou abril. Mas também não sabemos se haverá isso. Houve um aumento de preço nas matérias-primas. Aumento forte, por causa da procura”, prevê Haas. Em nota, a Abiplast diz que “tem buscado levar a público esse desequilíbrio de mercado, além de sensibilizar o governo quanto aos impactos no acesso a matérias-primas a preços competitivos”. Conforme a entidade, o Brasil tem um imposto sobre importações de resinas dos mais altos do mundo, de 14% contra uma média de 6,5% nos países integrantes da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), aliado ao antidumping (método para taxar produtos que são importados a preço inferior ao realizado no mercado interno do país exportador) contra PP e PVC que podem chegar até 18%.

A Abiplast acredita que uma redução das elevadas tarifas poderia, em momentos como esse, permitir ao empresário desenvolver outros canais de acesso às matérias-primas, para atuar melhor dentro do cenário e evitar a atual situação, no qual empresas estão suspendendo vendas por dificuldade de compra de resinas.

A Braskem, que tem uma das suas plantas industriais em Triunfo, é a maior petroquímica brasileira de primeira e segunda geração, que produz resinas termoplásticas (PE, PP e PVC), utilizadas posteriormente pela terceira geração, as empresas de transformação. A companhia informa que desde junho de 2020 vem operando normalmente e tem plena capacidade de manter as atuais taxas de ocupação. “A redução temporária do nível operacional em abril e maio foi consequência direta da queda da demanda, devido à pandemia. A normalização da produção e a recuperação da demanda no Brasil fez com que a Braskem atingisse recorde histórico de venda de resinas no mercado interno em agosto e o ultrapassasse com novo recorde em setembro. Além disso, a Braskem diminuiu suas exportações a partir do Brasil, privilegiando os clientes nacionais”, esclarece a empresa.

A celulose, fibra vegetal base da fabricação de papéis e papelões, tem no RS uma das grandes fornecedoras do país, a CMPC, com unidade em Guaíba. A companhia afirma que no mercado de celulose a demanda em níveis pré-pandemia foi observada a partir de setembro. No de papel se deu a partir de outubro. A CMPC garante que segue focada nas metas de produção de papel e celulose para que não faltem produtos de primeira necessidade para a população. A empresa produz matéria-prima biodegradável para fabricação de embalagens para medicamentos e alimentos, itens de higiene e limpeza, entre outros. “A planta está operando com 100% da capacidade neste segundo semestre, mesmo com uma parcela do quadro trabalhando em home office. A CMPC acompanha de perto todos os cenários, tanto no Brasil como no mundo. Existe a perspectiva de crescimento da demanda de celulose em todas as regiões”, detalha o diretor-geral da CMPC no Brasil, Mauricio Harger.

Mas, se por um lado há uma certa incerteza por parte dos empresários, há também quem esteja menos cético com uma reorganização mais rápida da cadeia produtiva. “Previsão que isso comece a se regularizar no primeiro trimestre ou quadrimestre. Principalmente com a chegada da vacina”, projeta Eduardo Bier. Frank, por sua vez, diz que é preciso acompanhar os desdobramentos nos próximos meses, principalmente com vistas a evitar o impacto inflacionário. “Naturalmente, quando os preços para o produtor estão elevados, há uma tendência de levar este aumento adiante. Mas é preciso olhar para a capacidade de levar este aumento. Em alguma medida sim, quando a produção industrial voltar, provavelmente deve estabilizar”, defende o economista. Quando e como vai terminar, ainda é uma dúvida. Frank afirma que a recuperação pode vir no primeiro trimestre, mas ressalta que as coisas realmente voltarão ao normal quando se tiver previsibilidade. Isto é, quando empresas e pessoas conseguirem enxergar o horizonte de forma clara. “É preciso uma postura bem agressiva de manter a demanda. Mas eu, particularmente, acredito que a partir de março a gente comece a enxergar desaceleração dos preços. O IGPM (Índice Geral de Preços ao Consumidor) está dando uma desacelerada. Além do mais, as coisas precisam retornar ao normal. A previsibilidade é muito importante, do ponto de vista econômico e sanitário.”

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895