Eleitores decidem futuro em 57 cidades brasileiras

Eleitores decidem futuro em 57 cidades brasileiras

Porto Alegre é um dos locais em que população vai às runas em 2º turno

Por
Correio do Povo

Em todo o país, 57 cidades participam neste domingo do segundo turno da eleição para prefeito e vice. Destas, 18 são capitais. A segunda etapa da eleição ocorre 14 dias após a primeira votação, que foi no último dia 15. Trata-se do menor intervalo da história do país, que normalmente é de três a quatro semanas. De acordo com a Constituição Federal, o primeiro domingo de outubro é definido como data para o primeiro turno das eleições. Porém, por causa da pandemia da Covid-19, o Congresso aprovou o adiamento das eleições de 2020, apertando o período entre os dois turnos.

O segundo turno acontece nos municípios com mais de 200 mil habitantes, com a disputa entre os dois mais bem colocados na primeira etapa do pleito desde que nenhum deles tenha alcançado a maioria absoluta (50% mais um) dos votos válidos. Na conta de votos válidos, não entram os brancos, nulos e abstenções. O segundo turno era possível em 95 cidades brasileiras. Dessas, 35 decidiram os ganhadores já na primeira etapa, pois o candidato vencedor recebeu mais de metade dos votos válidos. 

Em dois municípios, Duque de Caxias e Volta Redonda, ambos no Rio de Janeiro, a eleição aguarda decisão da Justiça Eleitoral, já que os candidatos mais votados tiveram as candidaturas indeferidas, mas ainda recorrem. Em ambas, eles receberam mais de 50% dos votos válidos.

Em Macapá, uma das cidades onde pode haver segundo turno, as eleições foram suspensas por causa do apagão que atinge o estado. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) referendou a realização das eleições na capital do Amapá no dia 6 de dezembro e, em caso de segundo turno, em 20 de dezembro. Apesar de o apagão atingir 14 dos 16 municípios do estado, a decisão é válida apenas para a capital. 

Perfil

Quase 54% dos eleitores aptos a votar nos 57 municípios em que haverá segundo turno neste domingo são mulheres. Além disso, 56,20% do total são solteiros, 11,10% estão na faixa etária de 35 a 39 anos e 29,84% têm ensino médio completo. Esse é o perfil médio dos 38.284.410 eleitores que vivem nos municípios onde haverá a segunda etapa do pleito que decidirá quem comandará a prefeitura. O retrato consta das estatísticas disponíveis no portal do TSE e foi traçado a partir da autodeclaração fornecida pelo eleitorado.

Maceió, capital alagoana, é a cidade que tem mais mulheres eleitoras, 55,46% do total de alistados. Já Joinville, em Santa Catarina, é a que tem mais eleitores do sexo masculino (48,08%). O perfil do segundo turno indica ainda que a maioria completou o ensino médio, sendo que a cidade que detém o maior percentual nessa categoria é São Luís (MA). Vitória (ES) tem o maior número de eleitores com nível superior completo (31%).

Pouco mais de 420 mil pessoas declararam ter algum tipo de deficiência, sendo 154.981 eleitores da capital do estado de São Paulo, seguido pelo Rio de Janeiro (27.263) e pela cidade paulista de Guarulhos (22.659). Já os eleitores que declararam o nome social totalizam 3.403 pessoas, 982 da cidade de São Paulo, 292 de Fortaleza (CE) e 283 da capital fluminense.

Capitais

A região Nordeste é a que tem a maior quantidade de capitais que ainda não definiram o chefe do Poder Executivo local: Maceió (AL), Fortaleza (CE), São Luís (MA), João Pessoa (PB), Recife (PE), Teresina (PI) e Aracaju (SE). Na sequência, vem a região Norte, com cinco capitais no segundo turno: Rio Branco (AC), Manaus (AM), Belém (PA), Porto Velho (RO) e Boa Vista (RR).

No Sudeste, os eleitores de Vitória (ES), Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP) também terão de comparecer às urnas. Cuiabá (MT) e Goiânia (GO) são as duas capitais do Centro-Oeste a disputar o segundo turno. No Sul, apenas Porto Alegre (RS) terá eleição neste domingo.

Fake news envolvem a Justiça Eleitoral

Circulam notícias falsas envolvendo candidatos em todo o país. Nos últimos dias, a Justiça Eleitoral lançou diversas notas de esclarecimento desmentindo informações falsas no pleito deste ano. O Tribunal Superior Eleitoral destacou que circulam em redes sociais informações falsas sobre anulação das eleições do primeiro turno por suspeita de fraude na urna eletrônica. O tribunal reitera que nunca houve, desde o início do uso das urnas eletrônicas, em 1996, constatação de fraude em resultados com a utilização do equipamento.

Outro esclarecimento feito pelo TSE é que não procede a informação de que o órgão estaria cobrando indevidamente multa dos eleitores que fizeram sua justificativa via aplicativo e-Título, no último dia 15 de novembro. Conforme o tribunal, quem teve a justificativa deferida no dia da eleição por estar fora do domicílio eleitoral precisa aguardar o prazo de processamento das justificativas para que a situação seja normalizada. Até lá, não precisa e não deve pagar nenhuma multa referente a essa ausência. O calendário eleitoral estipula como prazo final para processamento das justificativas feitas fora da urna eletrônica o dia 7 de janeiro de 2021. “No entanto, a Justiça Eleitoral vem trabalhando para o processamento dessas justificativas bem antes do prazo previsto”, garante o TSE.

Cidades e candidatos que participam do segundo turno no país 

1. Anápolis (GO): Roberto Naves (PP) e Antonio Gomide (PT).
2. Aracaju (SE): Edvaldo Nogueira (PDT) e Danielle Garcia (Cidadania).
3. Bauru (SP): Suéllen Rosim (Patriota) e Dr Raul (DEM)
4. Belém (PA): Edmilson Rodrigues (PSOL) e Delegado Eguchi (Patriota).
5. Blumenau (SC): Mário Hildebrandt (PODE) e João Paulo Kleinübing (DEM).
6. Boa Vista (RR): Arthur Henrique (MDB) e Ottaci (Solidariedade).
7. Campinas (SP): Dário Saadi (Republicanos) e Rafa Zimbaldi (PL).
8. Campos dos Goytacazes (RJ): Wladimir Garotinho (PSD - sub judice) e Caio Vianna (PDT).
9. Canoas (RS): Jairo Jorge (PSD) e Luiz Carlos Busato (PTB).
10. Cariacica (ES): Euclério Sampaio (DEM) e Célia Tavares (PT).
11. Caucaia (CE): Naumi Amorim (PSD) e Vitor Valim (Pros).
12. Caxias do Sul (RS): Pepe Vargas (PT) e Adiló Didomenico (PSDB).
13. Contagem (MG): Marília (PT) e Felipe Saliba (DEM).
14. Cuiabá (MT): Emanuel Pinheiro (MDB) e Abílio Júnior (Podemos).
15. Diadema (SP): Filippi (PT) e Taka Yamauchi (PSD).
16. Feira de Santana (BA): Zé Neto (PT) e Colbert Martins (MDB).
17. Fortaleza (CE): Sarto Nogueira (PDT) e Capitão Wagner (Pros).
18. Franca (SP): Flávia Lancha (PSD) e Alexandre Ferreira (MDB).
19. Goiânia (GO): Maguito Vilela (MDB) e Vanderlan Cardoso (PSD).
20. Governador Valadares (MG): André Merlo (PSDB) e Dr. Luciano (PSC).
21. Guarulhos (SP): Guti (PSD) e Elói Pietá (PT).
22. João Pessoa (PB): Cícero Lucena (Progressistas) e Nilvan Ferreira (MDB).
23. Joinville (SC): Darci de Matos (PSD) e Adriano Silva (NOVO).
24. Juiz de Fora (MG): Margarida Salomão (PT) e Wilson Rezato (PSB).
25. Limeira (SP): Mario Botion (PSD) e Murilo Félix (Podemos).
26. Maceió (AL): Alfredo Gaspar (MDB) e JHC (PSB).
27. Manaus (AM): Amazonino Mendes (Podemos) e David Almeida (Avante).
28. Mauá (SP): Átila Jacomussi (PSB) e Marcelo Oliveira (PT).
29. Mogi das Cruzes (SP): Marcus Melo (PSDB) e Caio Cunha (PODE).
30. Paulista (PE): Yves Ribeiro (MDB) e Francisco Padilha (PSB).
31. Pelotas (RS): Paula Mascarenhas (PSDB) e Ivan Duarte (PT).
32. Petrópolis (RJ): Rubens Bomtempo (PSB) e Bernardo Rossi (PL).
33. Piracicaba (SP): Barjas Negri (PSDB) e Luciano Almeida (DEM).
34. Ponta Grossa (PR): Mabel Canto (PSC) e Professora Elizabeth (PSD).
35. Porto Alegre (RS): Sebastião Melo (MDB) e Manuela d'Ávila (PCdoB).
36. Porto Velho (RO): Hildon Chaves (PSDB) e Cristiane Lopes (PP).
37. Praia Grande (SP): Raquel Chini (PSDB) e Danilo Morgado (PSL).
38. Recife (PE): João Campos (PSB) e Marília Arraes (PT).
39. Ribeirão Preto (SP): Duarte Nogueira (PSDB) e Suely Vilela (PSB).
40. Rio Branco (AC): Socorro Neri (PSB – atual prefeita) e Tião Bocalom (PP).
41. Rio de Janeiro (RJ): Marcelo Crivella (Republicanos) e Eduardo Paes (DEM).
42. Santa Maria (RS): Sergio Cecchim (PP) e Jorge Pozzobom (PSDB).
43. Santarém (PA): Nélio Aguiar (DEM) e Maria do Carmo (PT).
44. São Gonçalo (RJ): Dimas Gadelha (PT), e Capitão Nelson (Avante).
45. São João de Meriti (RJ): Dr João (DEM) e Leo Vieira (PSC).
46. São Luís (MA): Eduardo Braide (Podemos) e Duarte Júnior (Republicanos).
47. São Paulo (SP): Bruno Covas (PSDB) e Guilherme Boulos (PSOL).
48. São Vicente (SP): Solange Freitas (PSDB) e Kayo Amado (PODE).
49. Serra (ES): Sergio Vidigal (PDT) e Fabio Duarte (Rede).
50. Sorocaba (SP): Rodrigo Manga (Republicanos) e Jaqueline Coutinho (PSL).
51. Taboão da Serra (SP): Engenheiro Daniel (PSDB) e Aprigio (PODE).
52. Taubaté (SP): Saud (MDB) e Loreny (Cidadania).
53. Teresina (PI): Dr. Pessoa (MDB) e Kleber Montezuma (PSDB).
54. Uberaba (MG): Elisa Araújo (Solidariedade) e Tony Carlos (PTB).
55. Vila Velha (ES): Arnaldinho Borgo (Podemos) e Max Filho (PSDB).
56. Vitória (ES): Delegado Pazolini (Republicanos) e João Coser (PT).
57. Vitória da Conquista (BA): Zé Raimundo (PT) e Herzem Gusmão (MDB).

Desafios da Capital

Sebastião Melo e Manuela D’Ávila concorrem para assumir a prefeitura, que terá muito trabalho nos próximos anos. Fotos: Ricardo Giusti

O ano de 2021 será um dos mais desafiadores para os gestores municipais de todo o Brasil. Em Porto Alegre, quem assumir o Paço Municipal encontrará uma cidade com pautas que ganharam ainda mais urgência por conta da pandemia do coronavírus. Com mais de 1,5 mil mortos pela Covid-19, a ocupação dos leitos de UTI acima de 90% neste momento, o futuro prefeito ou prefeita se verá na missão de tentar viabilizar a vacina para os cidadãos através de negociações com o governo federal, de consórcio com outros municípios ou da gestão própria da imunização.

Como não se sabe em que condições a vacina estará disponível, provavelmente ainda será necessário que o município organize a tão esperada vacinação. Imunizar primeiramente idosos ou grupos de risco é algo esperado enquanto não houver doses para todos os porto-alegrenses, o que dependerá de uma logística montada junto ao sistema de Saúde. 

A economia, assunto presente durante todos os meses de pandemia, pode ganhar ainda mais protagonismo no próximo ano. Com dezenas de milhares de empregos perdidos e empresas que encerraram suas atividades por conta de decretos e medidas de contenção à circulação do vírus, a nova gestão precisará encontrar uma forma de promover o desenvolvimento econômico para a cidade. Mas, talvez antes de colocar em prática propostas pensadas para garantir a retomada econômica, o novo chefe do Executivo também precise lidar com o desafio de manter ou não estabelecimentos comerciais e outras atividades em funcionamento. 

O embate criado em 2020 entre economia e saúde pode voltar. Com a comprovação da segurança de protocolos de distanciamento e sanitização, além de maior compreensão destas medidas por parte de empresários e consumidores, a tendência é que novos gestores de todo o país tenham menos dificuldade de lidar com a situação do que os que foram surpreendidos pela Covid-19. Este ano, no entanto, mostrou que é difícil de fazer qualquer previsão relacionada à pandemia. 

A discussão também não deve ser pequena quando o assunto for Educação. Como garantir segurança para estudantes, pais, professores e outros envolvidos na comunidade escolar é um dos principais assuntos dos últimos meses. Quando se refere ao ensino público, municipal ou estadual, a falta de estrutura das instituições para que todos possam ter, pelo menos, a higiene adequada, é talvez o grande desafio. As mudanças provocadas pela pandemia também aceleraram o processo de digitalização do ensino, tornando necessária a realização de aulas à distância, algo que também deve ganhar novos capítulos no próximo governo. 

Do ponto de vista mais político, uma das incógnitas é como se dará a relação de quem estiver à frente do Paço Municipal com os servidores. Durante a gestão de Nelson Marchezan Júnior (PSDB), por exemplo, o Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) organizou diversas greves devido, entre outros fatores, ao que considerava falta de comunicação com a prefeitura. Ainda sobre o diálogo, um dos pontos mais criticados por opositores do atual prefeito, há sempre a dúvida de como será o relacionamento com a Câmara de Vereadores. 

Ainda há a questão do orçamento para 2021. Na quinta-feira, a prefeitura reencaminhou à Câmara a Lei Orçamentária Anual (LOA), que havia sido devolvido pelo Legislativo em outubro levando em consideração a reforma do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). A reforma veda a inclusão de pagamentos de aposentadorias e pensões em educação com recursos deste fundo, prática recorrente há mais de 20 anos. De acordo com o Executivo, a mudança exige a retirada de e R$ 300 milhões do Tesouro para custear despesas com Educação em 2021, sem incluir o gasto com os inativos para o cálculo dos 25% constitucionais da Educação.

A nova proposta da atual gestão reapresenta a peça em dois formatos. No primeiro, prevê o cumprimento do mínimo constitucional de 25% em gastos com educação e a manutenção dos serviços e investimentos essenciais, além de garantir a ampliação dos recursos na área em mais de R$ 45 milhões. A segunda é uma “mensagem retificativa que contempla o pedido do Legislativo de não utilizar os recursos do Fundeb e nem os 25% constitucionais para pagamento de inativos”. A retificação prevê a inclusão de R$ 300 milhões em receita extraordinária sem previsão de ingresso. 

Canoas

Fotos: Ricardo Giusti

Canoas é o terceiro maior município do Rio Grande do Sul, com 348 mil habitantes, e terceiro maior colégio eleitoral do Estado. O pleito, que começou fragmentado devido ao grande número de candidatos do primeiro turno, agora se concentra em dois concorrentes bastante conhecidos da população da cidade. Neste segundo turno, disputam o Executivo municipal o atual prefeito, Luiz Carlos Busato (PTB) (foto da direita), e o ex-prefeito Jairo Jorge (PSD) (foto da esquerda), que governou Canoas por dois mandatos, quando estava no PT. Na primeira etapa do pleito, além desses dois, concorreram outros sete candidatos, que ficaram com menos de 6% dos votos cada um. São eles Camilo Bornia, do Novo; Nelsinho Metalúrgico, do PT; Cesar Augusto, do Republicanos; Simone Sabin, do PRTB; Capitão Nascimento, do PSC; Ernani Daniel, do PP; e Professor Pablo, do PSol. 

No primeiro turno, Jairo Jorge, que tem como vice Dr. Nedy (Solidariedade), ficou na frente com 45,20%, alcançando 71.968 votos. Busato, cujo vice é Dario Silveira (PDT), obteve 34,48% da preferência do eleitorado, com 54.903 votos. 
Para os próximos anos, alguns dos desafios da cidade já estão postos e têm sido discutidos pelos candidatos, concentrando-se nas áreas de saúde, educação e mobilidade urbana. Na economia, a situação também preocupa, especialmente por causa da crise provocada pelos impactos da pandemia. 

Caxias do Sul

Foto: Bruno Lemos / Divulgação / CP

Foto: Ariele Ziegler / Divulgação / CP

Segundo município do Estado, com uma população de 483.377 moradores, conforme o IBGE, Caxias do Sul teve 11 candidatos concorrendo à prefeitura no primeiro turno, quase o dobro da eleição passada, quando foram seis. Em 2016, Daniel Guerra ganhou após disputar o segundo turno com Edson Néspolo, que terminou como terceiro colocado no pleito de 2020. Naquele ano, Pepe Vargas, que ficou em primeiro lugar na votação do último dia 15, acabou em terceiro lugar.

Em 2020, estavam na disputa Pepe Vargas, do PT; Adiló Didomenico, do PSDB; Edson Néspolo, do PDT; Carlos Búrigo, do MDB; Marcelo Slaviero, do Novo; Vinicius Ribeiro, do Dem; Julio Freitas, do Republicanos; Nelson D'Arrigo, do Patriota; Toninho Feldmann, do Podemos; Renato Toigo, do PSL; e Renato Nunes (PL). Continuam para a segunda etapa do pleito Pepe Vargas (foto da esquerda), que já foi prefeito de Caxias do Sul, com 34,17% da preferência do eleitor e 75.619 votos, e Adiló Didomenico (foto da direita), que concorre pela primeira vez ao Executivo, com índice de 15,45% e 34.204 votos. Compõe a chapa com Pepe o vice Cláudio Libardi (PCdoB). Já a vice de Didomenico é Paula Ioris (PSDB). 

Um dos desafios neste segundo turno é convencer quem não votou ou quem votou em branco e nulo a escolher um dos candidatos. Apenas de brancos e nulos foram 29.645 votos, número superior à soma de oito dos 11 concorrentes.

Pelotas

Foto: Gustavo Vara / Prefeitura de Pelotas / CP

Foto: Victor Takeda / Divulgação / CP

A eleição de 2020 para a Prefeitura de Pelotas, município com o quarto maior colégio eleitoral do Estado, começou com 11 candidatos. Foram eles Paula Mascarenhas, do PSDB; Ivan Duarte, do PT; Fetter, do PP; Tony Sechi, do PSB; Julio Domingues, do PSol; Coronel Napoleão, do PRTB; Marco Marchand, do Democratas; Dan Barbier, do PDT; Marcelo Oxley, do Podemos; João Carlos Cabedal, do MDB; e Eduardo Ligabue, do PCO. 

A atual chefe do Executivo pelotense, Paula Mascarenhas (foto da esquerda), ficou em primeiro lugar na votação de 15 de novembro, com 49,74% da preferência dos eleitores, o que representa 78.599 votos. Ela aparece bem à frente do segundo colocado, o vereador Ivan Duarte (foto da direita), que terminou o primeiro turno com 14,49%, equivalente a 22.889 votos. 

Assim como em vários outros municípios, no primeiro turno, as abstenções em Pelotas alcançaram um alto índice. O número de pessoas que não foram votar (64.032) só não ultrapassou o de votos da primeira colocada e foi quase três vezes maior que o total de votos obtidos pelo segundo lugar. Por isso, na campanha do segundo turno, um dos desafios dos candidatos foi tentar convencer quem se absteve na primeira etapa a comparecer às urnas neste segundo turno.

Santa Maria

Foto: Eduardo Carneiro / Divulgação / CP

Foto: Maurício Araújo / Divulgação / CP

No município de Santa Maria, na região Central do Estado, ocorre neste segundo turno uma disputa entre o atual prefeito Jorge Pozzobom (PSDB) e o vice-prefeito Sérgio Roberto Cechin (PP), dois candidatos com bastante experiência na vida pública. Eles vão buscar os votos de 204.282 eleitores, número apenas um pouco maior que os 200 mil estabelecidos pela Justiça Eleitoral como mínimo para uma cidade ter segundo turno caso nenhum tenha alcançado mais da metade dos votos válidos na primeira etapa da eleição. O primeiro turno em Santa Maria teve seis candidatos: Jorge Pozzobom, do PSDB; Sérgio Roberto Cechin, do PP; Luciano Guerra, do PT; Jader Maretoli, do Republicanos; Marcelo Bisogno, do PDT; Evandro de Barros Behr, do Cidadania.

Na primeira fase do pleito, Cechin (foto da esquerda), cujo vice na disputa é Francisco Harrisson (MDB), obteve 26,49% da preferência dos eleitores de Santa Maria, com 35.218 votos. Já Pozzobom (foto da direita), que tem Rodrigo Décimo (PSL) de vice, conseguiu 24,89%, em um total 33.080 de votos. Como a eleição no primeiro turno foi muito parelha e a abstenção foi grande, na campanha do segundo turno, os candidatos se empenharam em tentar convencer as pessoas que não votaram a irem às urnas neste domingo.

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895