Considerada um polo metalúrgico no Rio Grande do Sul, a cidade de Gravataí, na Região Metropolitana de Porto Alegre, tem, curiosamente, uma ampla área rural, correspondente a 64,5% do território municipal de 463,7 mil metros quadrados. Para fomentar o interesse pela produção agrícola e ampliar a prospecção de negócios na área de máquinas e equipamentos, a prefeitura municipal traz de volta, entre os dias 28 e 31 de julho, a Feira Agrorrural e Turística de Gravataí (Fearg), em sua oitava edição.
O evento foi realizado pela última vez em 2019, mas foi suspenso em 2020 e 2021 em razão das restrições sanitárias da pandemia. Na última edição, as vendas atingiram R$ 1,5 milhão, patamar que o secretário da Agricultura do município, Denner Gelinger, espera que seja largamente superado na exposição deste ano.
A participação da agricultura no Produto Interno Bruto (PIB) do município de Gravataí, segundo Gelinger, ainda é pequena se comparada ao índice de participação da indústria, mas começa a crescer com a entrada das lavouras dedicadas à soja na região. O município tem em torno de 2,1 mil agricultores cadastrados, entre os quais 100 famílias de agricultores familiares.
O cultivo principal ainda é o de hortaliças, especialmente de espécies folhosas. As propriedades estão, em sua maioria, distribuídas em quatro distritos que concentram a produção: Itacolomi, Morungava, Costa do Ipiranga e Barro Vermelho. "Estamos entusiasmados com a edição da feira deste ano, para a qual já fechamos espaços para 130 expositores", comemora o secretário.
A exposição de quatro dias vai ocorrer em um terreno de 10 mil metros quadrados, ao lado do salão paroquial da Igreja Santa Luzia, na Estrada Arthur José Soares, número 120, no Distrito de Morungava. "Teremos feira de agricultura familiar, tecnologia, inovação, máquinas e muitas atrações para o público em geral, além de palestras e workshops", adianta Gellinger.
A microempreendedora Kátia Rocha da Silva vai participar pela quarta vez da Feira Agrorrural. Na última edição, em 2019, ela faturou R$ 7 mil com a venda de cuias e mateiras artesanais e personalizadas. Em 2022, espera superar a marca.
A artesã diz que o evento é importante para seu negócio - com comercialização apenas on-line - pois lhe resulta em divulgação e clientes para o ano inteiro. O faturamento mensal de Kátia, sem as feiras (ela participa de eventos em Porto Alegre também), gira em torno de R$ 8 mil. "É um negócio de ‘mãe’, que vem dando certo já há seis anos, e eu espero que na feira deste ano seja ainda maior.
São esperadas no evento, pelo menos, 25 mil pessoas, que terão acesso gratuito a todas as áreas da feira. A partir do ano que vem, a intenção é que a exposição seja realizada no novo centro de eventos de Gravataí, já em construção.
