Nos 250 anos de Porto Alegre, os desejos para o futuro

Nos 250 anos de Porto Alegre, os desejos para o futuro

A convite do Correio do Povo, 25 pessoas, nascidas na Capital ou que a escolheram para viver, expressam seus votos para a cidade

Por
Caroline Grüne

Uma cidade é composta por pessoas e as histórias vividas por elas. Para comemorar o aniversário de 250 anos da capital dos gaúchos, o Correio do Povo conversou com 25 pessoas, com diferentes vivências e que desempenham diferentes funções, em diversos locais da cidade.

A equipe foi do bairro Extrema, no extremo Sul, até o Terminal Triângulo na Zona Norte. No meio do caminho, passamos por bairros como Restinga, Lomba do Pinheiro, Cristal, Três Figueiras e Centro Histórico.

Entramos em locais já muito frequentados pelos porto-alegrenses - como o Julinho, o Colégio Estadual Júlio de Castilhos e o Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Sem deixar de fora, é claro, a Arena do Grêmio e o Beira-Rio. Escutamos médico, professora, artista plástica, taxista, agricultora, escritor, músicos e atletas. Pessoas que nasceram na Capital ou escolheram Porto Alegre como sua casa.

O objetivo foi reunir relatos do que se espera para o futuro da cidade, instigado pela pergunta: “o que você deseja para Porto Alegre?”.

O resultado são novas perspectivas para o futuro da cidade. Por aqui, você encontra as diferentes respostas que nós ouvimos. E você, o que deseja para a Capital?

 

Meu nome é Dejeane Arrué, sou musicista, trombonista e professora de música. Sou nascida e criada em Porto Alegre, mais precisamente aqui no Centro Histórico. Eu desejo para a minha Porto Alegre cada vez mais sol. Que como o nosso pôr do sol, ela seja cada vez mais linda e mais iluminada.Que a gente possa ser cada vez mais democrático e mais diverso, que a gente possa ter cada vez mais respeito e menos racismo. Que a gente possa ser cada vez mais alegre na nossa Porto Alegre.

Dejeana Arrué foi fotografada por Mauro Schaefer na Igreja Nossa Senhora das Dores

Meu nome é Andreia Terres, sou taxista em Porto Alegre, especificamente no ponto de táxi da rodoviária, um dos maiores do Brasil. Eu estou aqui para falar que uma das coisas que eu acho que falta em Porto Alegre, como eu trabalho no trânsito, é a gentileza no trânsito. Não sei se as pessoas ficaram muito tempo fechadas em casa, se se desabituaram a conviver com as outras pessoas e estão descarregando um pouco da raiva no trânsito.  Mas isso é muito perigoso. A gente tem que se conscientizar e ser mais amistoso, amigável, ter mais gentileza, que faz muita diferença para a gente. E também, uma das coisas que acho importante é valorizar a nossa cidade, que tem uma arquitetura linda, é um lugar bonito para passear.  E está ficando cada vez mais bonito. Então eu desejo isso: gentileza no trânsito, já que eu passo 12 a 14 horas no trânsito por dia, e valorizar a cidade.

Andreia Terres foi fotografada por Mauro Schaefer na Estação Rodoviária

Meu nome é Mayara Barros, sou agricultura em Porto Alegre, trabalho com o meu companheiro, Rafael. Somos produtores de hortaliças orgânicas e comercializamos aqui na cidade. Fazemos as feiras ecológicas do Bomfim, da Tristeza e do bairro Auxiliadora. Desejo para Porto Alegre, nos 250 anos, que seja uma Porto Alegre que também olhe para os pequenos agricultores da cidade, pois eles também existem, que nos incentivem, garantam nossos espaços de comercialização, dando alguns incentivos, como a manutenção dos açudes, por exemplo, que é uma grande questão nossa para produzir no verão. Vim morar em Porto Alegre em 2017, vim trabalhar com o meu companheiro com agricultura. Ele já trabalhava com isso há 12 anos, é agrônomo, sempre trabalhou com agricultura orgânica e aí me convidou. A gente tinha um relacionamento à distância e estava ficando complicado, então decidi vir, pedi demissão do meu trabalho e vim. Não era minha atividade principal, mas com o tempo acabou se tornando a única. Nós fazemos parte de um grupo de agroecologia da Região Metropolitana que se chama Rama (Rede Agroecológica Metropolitana), é uma associação que certifica os produtores e se certifica de forma associativa. É um grupo de várias famílias aqui da cidade e do entorno de Porto Alegre, o que garante nossa visibilidade nas feiras e nos nossos pontos de venda, pois para estar em uma feira regulamentada pela prefeitura tu tens que ter certificação e isso tem custo. Aqui não temos custo, o único custo é visitar os outros agricultores, participar das reuniões, algo bem legal aqui da região, pois é aberta para todo mundo, quem quiser participar pode participar, como entusiasta também, não precisa plantar.

Mayara Barros foi fotografada por Mauro Schaefer no bairro Extrema

Eu sou o Moisés da Silva, sou vice-cacique das aldeias Fag Nhi e Oré Kupri, situadas na Lomba do Pinheiro, sou da etnia Kaingang. Eu, como uma liderança da região, desejo a Porto Alegre, nessa data tão especial, que todos nós estejamos dentro dessa palavra que eu escrevi aqui: união, que eu traduzi na minha língua, ‘Eg Gar’. Eu escolhi a palavra união pela questão da nossa sobrevivência, dos povos e etnias. Como a palavra já diz, a união faz a força e, então, que todas as culturas, etnias e raças se unam e todos com um propósito, que é a união de todos. Parabéns a Porto Alegre por esse dia tão especial. Estamos juntos, os povos indígenas, com Porto Alegre.

Moisés da Silva foi fotografado por Michael Pozzi na terra indígena da Lomba do Pinheiro

Meu nome é Juliano, tenho 20 anos e resido em Porto Alegre. As três coisas que desejo pra cidade são reconhecimento, amor e muita união. Reconhecimento para a cena do skate, amor entre as pessoas e união entre elas também. Acho que é o que a cidade precisa.

Juliano foi fotografado por Mauro Schaefer na pista de skate da Orla do Guaíba

Eu sou Manoelito Savaris, presidente do Movimento Tradicionalista Gaúcho do Estado do RS. Quando Porto Alegre comemora 250 anos queremos desejar que nossa Capital tenha paz social. A Capital foi constituída para a paz quando o Estado era invadido pelos castelhanos. Agora, nós precisamos de paz para progredir, para fazer cultura, para sermos felizes.

Manoelito Savaris foi fotografado por Mauro Schaefer na sede do MTG

Meu nome é Vanderson Chaves, sou atleta da esgrima do Grêmio Náutico União. Hoje nós estamos aqui na sala do Grêmio Náutico União, na sede do Moinhos de Vento. Primeiramente eu desejo parabéns para Porto Alegre e desejo uma Porto Alegre mais acessível, existem muitos lugares que já são bem acessíveis, como o Centro, o bairro Moinhos de Vento, mas ainda é precário no resto dos lugares. Então esse é o meu pedido para Porto Alegre.

Vanderson Chaves foi fotografado por Matheus Piccini no Grêmio Náutico União

Sou Paola, sou professora de história e sociologia no colégio Júlio de Castilhos e vice-diretora do turno da manhã. Minha relação com Porto Alegre é de muito carinho e afeto. Não sou gaúcha, vim morar aqui em 1996 e encontrei uma cidade extremamente politizada, uma das melhores capitais do Brasil pra se viver, um dos melhores IDHs. Infelizmente, a gente vem enxergando essa decadência. Infelizmente, a questão social vem tendo um impacto muito grande. Algo que me deixa muito entristecida é ver o aumento no número de pessoas em situação de rua, que é algo que nos abala muito e é muito sintomático de um contexto econômico social de crise. Então, meu maior desejo é que tenhamos uma cidade com mais justiça social onde a gente consiga abraçar toda a população e que não tenha mais ninguém vivendo em condição de rua ou condições precárias, que todo mundo tenha acesso a saúde e educação de qualidade. 

Paola Ribeiro foi fotografa por Mauro Schaefer no Colégio Júlio de Castilhos

Sou Felipe Deds, tenho 24 anos, sou produtor cultural, poeta, escritor, MC, faço parte e sou idealizador da iniciativa cultural Poetas Vivos. Somos um coletivo ‘afrocentrado’ de Porto Alegre que trabalha desde 2018 com literatura, educação e música. Nos conhecemos nos slams, que são batalhas de poesia que acontecem no Brasil e no mundo. A partir disso, começamos a trabalhar com a pauta antirracista em escolas, universidades, promovendo oficinas de produção textual, produção de fanzines e desenvolvendo a escrita e oratória de alunos do ensino fundamental, médio e superior. Promovemos rodas culturais de slam, rodas de leitura, entre outros. Fazemos também música e desenvolvemos produtos. Com o Poetas Vivos, nos unidos para fazer nossa principal pauta, que é o combate ao racismo. Aqui no Rio Grande do Sul, pretos e negros são minoria. A partir disso, vimos a necessidade de mostrar que tem preto no Sul. E a gente quer mostrar pro país e principalmente pra quem é daqui que existem pessoas pretas e elas são capazes de realizar seus sonhos. Elas são potentes. O nosso desejo é que todos os pretos de Porto Alegre, e do Estado, consigam ver o seu potencial e consigam aproveitar ele da melhor forma. Por isso, o meu desejo é o combate ao racismo.

Felipe Deds foi fotografado por Mauro Schaeder no Quilombo do Sopapo

Olá, eu sou o Carlos Miguel, ex-jogador do Grêmio, e eu escolhi a palavra desenvolvimento porque eu acredito que uma cidade, para dar cada vez mais melhores condições para os seus cidadãos, precisa crescer, precisa evoluir e é por isso que eu acredito muito.

Carlos Miguel foi fotografado por Michael Pozzi na Arena do Grêmio

Meu nome é Zoravia Bettiol. Sou artista visual e trabalho há 66 anos com artes plásticas. Estou muito feliz que Porto Alegre está fazendo 250 anos. É uma cidade que adoro. Já morei em outras cidades, em outros países, mas a cidade do coração é Porto Alegre. Por isso, muitas vezes luto e brigo pela preservação e para mudanças positivas para nossa cidade. O que eu quero é mais inclusão social e preservação ambiental. 

Zoravia Bettiol foi fotografada por Alina Souza no Instituto Zoravia Bettiol

Eu me chamo Maria Berenice Dias. Sou Porto Alegre de coração, pois até sou cidadã dessa cidade maravilhosa, que me acolheu, que sempre me respeitou e onde eu aprendi a amar muitas pessoas e a amar muito a cidade. Essa cidade que ainda falta um pouco mais de solidariedade e um pouco mais de amor, pois só assim vamos chegar à paz. A paz que todo mundo deseja. E que seja uma cidade feliz, como sempre foi chamada.

Maria Berenice Dias, ex-magistrada, foi fotografada por Mauro Schaefer na Praça da Encol

Meu nome é Buny Cenoble. Eu sou responsável pela parte financeira da Associação dos Haitianos. Eu estou aqui em Porto Alegre desde o dia 24 de janeiro de 2014. Já estou há oito anos aqui. O que eu gostaria é que Porto Alegre tivesse mais integração. Principalmente com os imigrantes, os imigrantes negros.

Cenoble foi fotografado por Mauro Schaefer na Ainteso (Associação da Integração Social)

Meu nome é Dr. Fernando Lucchese, sou diretor do Hospital Santo Antônio da Santa Casa de Porto Alegre. Ao comemorarmos 250 anos, certamente meu desejo é que os próximos 250 tragam crianças e adultos saudáveis. É uma alegria estar vivendo este momento em Porto Alegre, contribuindo com a saúde dos nossos porto-alegrenses. 

Fernando Lucchese foi fotografado por Guilherme Almeida no Hospital Santo Antônio

Sou Nei Lisboa, cantor e compositor. O meu desejo para Porto Alegre são teatros. Bons teatros. Porque está faltando muito. Estou aqui em frente ao Centro Municipal de Cultura, onde praticamente comecei minha carreira em 1979, quando o local tinha acabado de ser inaugurado. É um dos poucos locais, já que de lá pra cá não se construiu mais teatro do município. Além disso, a manutenção dos equipamentos é bem precária. A gente tem perdido espaços como o Araújo Vianna para a privatização. O Teatro de Câmara está desativado. Queria que Porto Alegre fosse uma cidade com carinho, investimento e descentralização da cultura, para termos teatros não só no Centro, mas também nas periferias. A cultura na periferia é indispensável e deve ser valorizada. E mais desejo para que a gente viva mais alegre nesse Porto Alegre.

Nei Lisboa foi fotografado por Mauro Schaefer no Centro Municipal de Cultura

Eu sou a Lara Lutzenberger, bióloga e presidente da Fundação Gaia - Legado Lutzenberger. Para o aniversário de Porto Alegre, desejo que a nossa cidade tenha sempre mais parques vitais. Cada vez mais vitais. A revitalização da nossa orla escancarou para todos o valor dos espaços públicos naturais. Diria que nós ressuscitamos a alegria que adjetiva o nome da nossa cidade. Só que temos que ir muito além da orla. Podemos adentrar a cidade, qualificando mais todos os parques que temos. A contemplação da natureza, a convivência em espaços de natureza, agrega muito para uma cidade e para a população dessa cidade. O principal de tudo isso é que é o que há de mais democrático, não importa o tamanho do bolso, todos podem desfrutar e ganhar em qualidade de vida ao percorrerem espaços assim. Então esse é o meu desejo para Porto Alegre.

Lara Lutzenberger foi fotografada por Mauro Schaefer no Parque Marinha do Brasil

Meu nome é Rozeli, sou presidente-fundadora da ONG Renascer da Esperança na comunidade Restinga e sou funcionária pública, gari, do departamento de limpeza urbana, hoje aposentada. Nasci em Porto Alegre, no Partenon. Amo a cidade que eu nasci porque já fui em vários lugares e digo que nossa cidade é abençoada por Deus. O melhor lugar para morar é Porto Alegre. Não troco meu Porto Alegre por nada. Por lugar nenhum. Eu sempre digo, ‘ah, como é bom chegar em casa’. Por isso escrevi que Porto Alegre sempre vai ser demais. Me orgulho de ser gaúcha e morar aqui.

Rozeli da Silva foi fotografada por Mauro Schaefer na Esplanada da Restinga

Sou a delegada Nadine Anflor, chefe da Polícia Civil do Estado do Rio Grande do Sul, e estamos aqui em um dos pontos turísticos, sim, do nosso município, o Palácio da Polícia Civil. Eu desejo nesses 250 anos e daqui para frente muito mais segurança, porque ainda temos muito a fazer por Porto Alegre. Uma cidade que precisa cada vez mais de harmonia, para que as pessoas possam se respeitar e possam viver de maneira harmoniosa entre si. E também a igualdade, o respeito às diferenças. Esse é meu desejo para Porto Alegre, o município que eu escolhi para ser o meu município, para viver e ser alegre, o nosso Porto Alegre. Feliz aniversário!

Nadine Anflor foi fotografada por Guilherme Almeida no Palácio da Polícia

Meu nome é Omar Motter. Moro em Porto Alegre há 60 anos. Nasci em Curitiba e vim para cá por causa da minha profissão de engenheiro. Tenho cinco filhos, três nasceram aqui em Porto Alegre. Então há uma disputa, mas no bom sentido. Sinto que há muita semelhança de origem entre Porto Alegre e Curitiba, o que facilitou nossa estada aqui até os dias atuais. O que desejo é que a harmonia e a paz continuem entre as pessoas e as famílias.

Omar Motter foi fotografado por Guilherme Almeida no bairro Três Figueiras

A Porto Alegre que eu quero é uma Porto Alegre antifascista, uma Porto Alegre igualitária, com distribuição de renda justa, onde seja garantido o direito à dignidade, o direito à moradia popular. Uma Porto Alegre onde a gente não seja obrigado a experimentar esse descaso que vocês podem ver nessa praça aqui. Uma Porto Alegre que tenha investimento em lazer, cultura. Uma Porto Alegre cujo Estado se faça presente nas periferias, não só através da opressão, da polícia, mas através de lazer, cultura, infraestrutura e tudo mais que a gente precisa para ter uma vida digna. Então, a Porto Alegre que quero é uma cujo investimento público seja aplicado de fora pra dentro, dando importância para essas pessoas que vivem à margem, nas periferias. Um investimento que não seja todo gasto lá no Centro, lá na beira do Guaíba, mas que seja gasto aqui na Zona Leste, na Zona Sul, na Zona Norte. É essa a Porto Alegre que eu quero.

José Falero, escritor, foi fotografado por Mauro Schaefer no bairro Lomba do Pinheiro

Aqui é Maurício, ex-jogador da Seleção Brasileira, ex-jogador da dupla Gre-Nal, e estou aqui solidário aos 250 anos de Porto Alegre. Sou muito grato a Porto Alegre por tudo o que fez em minha vida, pela minha construção familiar, esposa, filhos e agora neto. Solidariedade foi que eu escolhi, nós temos que ser mais solidários com as pessoas que estão ao nosso lado, as pessoas com as quais convivemos. E superação, espero que Porto Alegre supere essa pandemia, todas essas dificuldades, que nós consigamos superar toda essa tragédia que aconteceu em nosso país e em nossa grande Porto Alegre. Agradeço a Deus por estar aqui hoje enaltecendo essa cidade que me abraçou, um carioca que virou gaúcho, um ‘cariúcho’. 

Maurício de Oliveira Anastácio foi fotografado por Michael Pozzi no Beira-Rio

Eu me chamo Vanisse Kochhann, sou enfermeira do Hospital de Clínicas de Porto Alegre e estou aqui para desejar para o nosso povo porto-alegrense saúde. Estendo também o desejo de saúde para todos os gaúchos e gaúchas. Principalmente nesse momento, que ainda vivemos, de pandemia. Para todas as pessoas que sofreram consequências físicas e emocionais da Covid, meu desejo é saúde.

Vanisse Kochhann foi fotografada por Mauro Schaefer no HCPA

Meu nome é Simone Regina da Silva, tenho 45 anos e estou há 12 anos na Cootravipa. Eu desejo pra todo mundo muita paz no coração. Eu desejo paz e quero que todo mundo deseje paz. Para minha família e para todas as famílias porto-alegrenses.

Simone Regina da Silva foi fotografada por Mauro Schaefer no Mercado Público

Sou Luciano Alabarse, faço teatro em Porto Alegre há 50 anos. Eu estou aqui nas dependências do Estúdio Stravaganza, um espaço de resistência do teatro independente, do teatro que importa. É isso que eu penso que Porto Alegre precisa, de cultura, de investimento na arte, de teatro. Por isso escolhi esse local para falar do meu amor por Porto Alegre, pelo teatro e por esse espaço que simboliza tantos outros.

Luciano Alabarse foi fotografado por Mauro Schaefer no Estúdio Stravaganza

Desejo segurança. Trabalho na Carris há 15 anos. Meu nome é Nei Oli. Quando a Carris implantou o serviço de imagens de câmera, a segurança atingiu 90%. Agora os assaltos são mínimos. Quando não tinha câmera, fui assaltado 20 vezes. Desejo poder caminhar de noite. Sair daqui e ir até o Centro sem ser assaltado. Chegar em casa meia-noite e não precisar sair correndo para não ser assaltado. Segurança é chegar em um bar, tomar uma cerveja, sem chegar um motoqueiro atirando. A segurança é o que mais precisamos. 

Nei Oli foi fotografado por Mauro Schaefer no Terminal Triângulo da avenida Assis Brasil

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895