Argentina treina com portões fechados após fracasso na estreia da Copa América

Argentina treina com portões fechados após fracasso na estreia da Copa América

Pressionada, equipe comandada por Scaloni enfrenta o Paraguai, na quarta-feira, no Mineirão

AFP

Equipe de Lionel Messi perdeu para a Colômbia por 2 a 0 na estreia da Copa América

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Lionel Messi e Argentina construíram um 'bunker' em torno de seu primeiro dia de treinamentos em Belo Horizonte, onde na quarta-feira vão enfrentar o Paraguai na Copa América 2019 após a derrota por 2 a 0 para a Colômbia na estreia. Após a chegada da 'Albiceleste' na noite anterior à capital de Minas Gerais, o técnico Lionel Scaloni dirigiu nesta segunda-feira uma sessão de treinos a portas fechadas, escondendo prováveis mudanças na escalação para o jogo decisivo contra o Paraguai no Grupo B. 

O bombardeio de críticas tem sido incessante desde a derrota de sábado passado em Salvador, com gols de Roger Martínez após passes de James Rodríguez e Duván Zapata. O ex-craque Diego Armando Maradona fez uma piada explosiva sobre a equipe em um áudio enviado à emissora TyC Sports. "Você se dá conta de que até Tonga poderia ganhar de nós? Há um prestígio que construímos a tapas e pontapés", declarou o mito da Copa do Mundo do México-1986. 

"O que é a camisa? A camisa você precisa sentir", disse Maradona, antes de proferir alguns xingamentos pesados. A Argentina, bicampeã do mundo, vive um longo jejum de títulos em grandes competições. Seu último título foi na Copa América Equador-1993. 

Um grupo de torcedores se concentrou em frente a uma das entradas da Arena Independência, onde Scaloni e os jogadores trabalhavam, tentando tirar uma foto de Messi, Sergio Agüero ou qualquer das estrelas do elenco. Tentavam conseguir uma lembrança por entre as fendas dos portões fechados mas não conseguiram. Tiveram que se conformar com uma foto do ônibus da seleção argentina deixando a as instalações, escoltada por motos e viaturas da Polícia Militar de Minas Gerais. 

"Vamos Argentina! Queremos raça!", gritava Adrián Acuña, um torcedor de 31 anos, que viajou de Buenos Aires para acompanhar sua seleção na Copa América. "Eu estava emocionado (com a estreia), achei que íamos vencer. Acabei voltando triste para o hotel", contou Adrián à AFP, vestido com uma camisa do clube Nueva Chicago. 

Ele não exige de Messi, craque que é sempre questionado na Argentina pelo contraste entre a ausência de títulos com a seleção e a vasta coleção que ele possui no Barcelona. "Estamos colocando uma mochila muito pesada nas costas dele. Não é só o Messi. Onde estão os outros?", acrescentou, crítico dos companheiros do camisa 10. 

Adrián era o único argentino no local, e estava rodeado de torcedores brasileiros curiosos para ver de perto os jogadores da 'albiceleste'. "Eu gosto da Argentina. Por mais que exista uma rivalidade histórica, Pelé, Maradona, Argentina tem grandes jogadores", disse Samuel Fernandes, um rapaz de 20 anos, torcedor do Atlético Mineiro. 

Ele vive nos arredores da Arena Independência, um dos estádios construídos para a Copa do Mundo de 1950, e que foi modernizado depois. Para Samuel, Messi "é o melhor jogador do mundo" na atualidade. E Neymar? "Sem chances".


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