Brasil pode fazer campanha histórica em Lima

Se aproximando do fim dos Jogos Pan-Americanos Lima 2019, a delegação brasileira enxerga mais de perto a chance de fazer história na capital peruana. Boas atuações nos próximos dias podem dar ao Brasil sua melhor campanha na história dos Pans.

Na terceira colocação do quadro geral de medalhas – e com o mesmo número de ouros do Canadá, o segundo –, os brasileiros precisam apenas passar o país da América do Norte para cravar a marca histórica na competição.

Isto porque a melhor campanha brasileira nos Jogos, até o momento, foi no Pan de 1963, em São Paulo, quando o país ficou no segundo lugar do quadro. A diferença para a atuação de mais de cinco décadas atrás está no número de medalhas: àquela época, com menos modalidades, o Brasil garantiu 14 ouros, 20 pratas e 18 bronzes, totalizando 52 lugares no pódio.

Nesta edição, em Lima, os 23 ouros, 18 pratas e 37 bronzes, com um total de 78, já superam com certa distância o Pan na capital paulista.

Um segundo lugar no quadro geral significaria também um avanço no retrospecto recente, já que, nas últimas três edições dos Jogos Pan-Americanos, o Brasil teve campanhas estáveis e ficou no terceiro lugar em todas elas.

Na Rio 2007, foram 157 medalhas (52 ouros, 40 pratas e 65 bronzes). Em Guadalajara 2011, foram 141 (48 ouros, 35 pratas e 58 bronzes). Por fim, em Toronto 2015, 141 medalhas (41 ouros, 40 pratas e 60 bronzes).

Em número de medalhas – de ouro e totais –, a melhor campanha foi no Rio de Janeiro, há 12 anos. Para bater aquela campanha em Lima, o Brasil ainda precisará dobrar o número de pódios e conquistar mais 30 ouros nos próximos seis dias.

A seu favor, apesar do tempo curto, a delegação brasileira de 2019 tem o fato de que ainda disputará quatro modalidades nas quais possui muita tradição em Pans: natação, judô, vela e atletismo. Será que o Brasil conseguirá bater seus próprios recordes?