Campeão olímpico do salto com vara fica sem clube a um ano dos Jogos
Medalhista de ouro no Rio, Thiago Braz teve seu contrato com o Pinheiros rescindido
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A crise do coronavírus, que prejudica até os grandes do futebol, afeta em peso os esportes olímpicos. O principal clube de atletismo do Brasil, o Pinheiros, de São Paulo, rescindiu o contrato com um campeão olímpico, Thiago Braz. Vencedor da prova de salto com vara na última edição dos Jogos Olímpicos, no Rio, e já classificado para os de Tóquio, remarcados para 2021, o atleta ainda não se pronunciou sobre o fim da parceria.
Thiago Braz mora na Itália e no momento está em isolamento, junto com a esposa. Agora está também sem clube. Por enquanto, ele mantém a maioria dos seus patrocínios. O atleta surpreendeu o mundo ao saltar 6,03 metros no Rio, em 2016, ganhando a medalha de ouro e estabelecendo o recorde olímpico – o recorde mundial são os 6,18 metros do sueco Armand Duplantis.
A decisão do Pinheiros, confirmada em nota no fim de semana, foi motivada por questões financeiras, agravadas pela pandemia. O clube informou que vai pagar integralmente o mês de abril e a multa rescisória. Todos os funcionários e atletas do Pinheiros tiveram os salários reduzidos em 25%. A situação foi ainda mais drástica no basquete masculino - o time foi dissolvido.
Em Porto Alegre, a Sogipa também negociou redução salarial com seus atletas, não com um percentual fechado, mas proporcional. De forma geral, os maiores salários foram mais afetados, e os menores, preservados. Nenhum atleta foi demitido, ao menos por enquanto. O União não reduziu salários e também não fez nenhuma demissão ou rescisão. Os atletas de todos os clubes da Capital seguem sem treinar, porém, por decreto municipal.