CBF cria comissão de combate à violência nos estádios após cenas de vandalismo

CBF cria comissão de combate à violência nos estádios após cenas de vandalismo

Episódios violentos vem escalando em diversas regiões do Brasil

AE

CBF está entre as investigadas

publicidade

A Assembleia Geral Extraordinária que ratificou as mudanças feitas no estatuto da CBF também serviu para os cartolas iniciarem - ainda que timidamente - uma movimentação contra a violência nos estádios. Os dirigentes decidiram criar um grupo de estudos e convocar representantes de diferentes segmentos da sociedade para debater o tema. Por ora, essa é a medida mais efetiva tomada pela entidade máxima do futebol brasileiro para tentar diminuir os cenas de barbárie vistas neste início de temporada.

Nas últimas semanas, cenas de violência foram registradas no entorno de diversos estádios do País. Jogadores foram atingidos por pedras ou mesmo bombas na Bahia, no Rio Grande do Sul e em Pernambuco. Nesse domingo, dois torcedores foram baleados em Belo Horizonte.

A criação de um grupo de estudos foi anunciada no início do encontro desta segunda-feira. "Por proposta dos clubes e da própria CBF, saímos com uma política de ter uma comissão que possa trazer seminários e debates envolvendo toda a sociedade", disse o presidente interino da CBF, Ednaldo Rodrigues.

"Não só os clubes da Série A, mas os clubes das Séries B, C e D, imprensa, OAB, STJD e todos os outros segmentos, inclusive internacionais (serão chamados), para que possamos trabalhar sempre no sentido de combater a violência nos estádios. Isso tem prejudicado muito o futebol em todo o mundo, principalmente nessas últimas situações aqui no Brasil", sustentou Rodrigues.

Poucas horas após cartolas ratificarem as regras para eleição da CBF e manifestarem apoio à eleição do presidente interino, Ednaldo Rodrigues, a entidade anunciou a demissão de dois dirigentes: o secretário-geral da entidade, Eduardo Zebini, e o diretor de Patrimônio, Oswaldo Gentille, o Dino.

Ligado ao ex-presidente Marco Polo Del Nero, Dino Gentille era o diretor mais antigo da entidade e, há poucos dias, chegou a ser indicado como "interventor" na CBF após decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Zebini, por sua vez, assinou carta encaminhada à Fifa na semana passada afirmando que a nomeação de Gentille estava prevista no estatuto da CBF - o teor do documento foi publicado pelo GE no sábado.

Apesar de não manifestar isso publicamente, Ednaldo Rodrigues viu as duas ações como atos de "insubordinação". Nesta segunda-feira, logo após a Assembleia Geral Extraordinária realizada na sede da CBF, o presidente interino foi questionado sobre o tema e, sem citar nomes, afirmou que os casos seriam analisados.

"Com relação a diretores, isso é uma situação interna, que a partir de agora vamos ter condições de verificar aquilo que pode ser possível ou não, e fazer as alterações que tiverem que ser feitas de uma forma justa e coerente", afirmou Rodrigues.

"São situações que a gente não gosta de nominar pessoas, principalmente de expor pessoas à opinião pública e à imprensa. Eu seria injusto se fizesse isso, porque por mais que elas pratiquem qualquer ato de insubordinação ou de não cumprimento de regras, são pessoas, são humanos e têm famílias. E eu respeito sempre." Horas mais tarde, a CBF divulgou nota anunciando a demissão de Gentille e Zebini. No texto de poucas linhas, a entidade diz que "agradece aos dois profissionais pelos serviços prestados."


Mais Lidas

Confira a programação de esportes na TV desta quarta-feira, 17 de abril

Opções incluem eventos de futebol e outras modalidades esportivas em canais abertos e por assinatura



Placar CP desta quarta-feira, 17 de abril: confira jogos e resultados das principais competições de futebol

Acompanhe a atualização das competições estaduais, regionais, nacionais, continentais e internacionais

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895