Chelsea goleia Arsenal por 4 a 1 e conquista sua segunda Liga Europa

Chelsea goleia Arsenal por 4 a 1 e conquista sua segunda Liga Europa

Eden Hazard marcou dois gols no que pode ter sido sua ultima atuação pelo time

AE

Chelsea deslanchou no segundo tempo

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Com show de Hazard no segundo tempo, quando o craque belga marcou duas vezes e ainda deu assistência para Pedro balançar as redes, o Chelsea goleou o Arsenal por 4 a 1, nesta quarta-feira, no Estádio Olímpico de Baku, no Azerbaijão, e conquistou o seu segundo título da Liga Europa. Campeão da competição pela primeira vez em 2013, o time levou a melhor no clássico entre os rivais de Londres e agora ganhou esta edição do torneio de forma invicta. O bicampeonato ainda marca o terceiro troféu continental importante do Chelsea, que ergueu a taça da Liga dos Campeões em 2012.

Para o Arsenal, a goleada sofrida nesta decisão foi mais uma grande decepção em um torneio da Uefa, depois de ter amargado anteriormente o vice-campeonato da Liga Europa em 2000, quando ainda se denominava Copa da Uefa, e do principal interclubes do Velho Continente em 2006. Assim, a equipe ampliou o seu incômodo jejum em competições continentais, na qual contabiliza como sua única "glória" a conquista da Recopa Europeia de 1994.

O título também fez o zagueiro brasileiro David Luiz entrar para a história como único jogador do Chelsea a possuir três taças continentais, pois ele também era integrante da equipe que conquistou a Liga dos Campeões há sete anos e a Liga Europa na temporada seguinte.

Para Hazard, a grande atuação diante do Arsenal foi a sua despedida de gala do clube inglês. Veículos da imprensa europeia noticiaram que o craque poderá ser anunciado como novo reforço do Real Madrid na próxima semana. E o próprio jogador admitiu, após o duelo desta quarta-feira, que está partindo para um novo desafio profissional.

O jogo

Atuando diante de um Chelsea que entrou em campo ostentando o melhor ataque desta Liga Europa, com 32 gols marcados em sua campanha até a final, o Arsenal foi escalado pelo técnico Unai Emery com uma formação mais precavida, com três zagueiros.

Pela equipe dirigida por Maurizio Sarri, o volante francês Kanté, que era dúvida por motivo de lesão, acabou sendo confirmado entre os 11 titulares. Mas, apesar de o desenho tático inicial indicar que o Chelsea começaria o duelo com maior presença ofensiva, quem chegou com maior perigo ao ataque pela primeira vez foi o Arsenal. Aos oito minutos, Niles tabelou com Auba pela direita e cruzou para a área. Kepa rebateu mal a bola, que sobrou para Özil. O meia alemão, em ótima condição para marcar, acabou finalizando para fora. Sem criatividade no meio-campo, o time de Sarri tinha suas investidas ofensivas paradas pelo seu rival de Londres, que voltou a assustar o adversário aos 21 minutos, quando Lacazette foi lançado dentro da grande área pela esquerda e, na hora de arrematar, acabou sendo abafado por Kepa e caiu no gramado.

Os jogadores do Chelsea pediram pênalti do goleiro espanhol sobre o atacante francês. Após pedir auxílio do VAR, o juiz italiano Gianluca Rocchi não assinalou a penalidade. Confiante, o time de Emery aproveitava os espaços pelo lado esquerdo da defesa do Chelsea e, principalmente com o habilidoso Aubameyang, fazia David Luiz e Emerson Palmieri sofrerem na marcação por ali. E a equipe chegaria novamente com perigo no ataque em finalizações do suíço Xhaka e do bósnio Kolasinac.

O Chelsea não engrenava, mas finalmente acordou após tomar novos sustos e por muito pouco não abriu o placar em sua primeira melhor trama ofensiva, aos 33 minutos. Após lindo passe de calcanhar de Hazard, Jorginho recebeu pelo lado esquerdo da grande área e finalizou cruzado, mas o goleiro Peter Cech se esticou todo para espalmar para fora e praticar ótima defesa. E o checo voltaria a trabalhar de forma decisiva aos 38 minutos. Em nova jogada iniciada com belo passe de Hazard para Jorginho, o brasileiro naturalizado italiano acionou Giroud pela esquerda. O atacante francês chutou cruzado, mas Cech fez mais uma ótima intervenção para manter a igualdade sem gols no placar.

Segundo tempo

Já aos três minutos da etapa final, porém, Giroud não perdoou. Artilheiro isolado desta Liga Europa, o atacante francês marcou o seu 11º gol na competição ao receber cruzamento da esquerda e cabecear no canto direito baixo de Cech. Com longa trajetória e identificação pelo Arsenal, o jogador evitou comemorar em respeito ao seu ex-clube e apenas ergueu os seus braços de forma comedida, em respeito ao time que defendeu entre 2012 e 2018 e pelo qual marcou 105 gols em 253 jogos. Ao abrir o placar, o Chelsea obrigou o rival a partir ao ataque e passou a ceder mais espaços em sua defesa.

E o Arsenal começou a ser atropelado pelo adversário, que ampliou o placar para 2 a 0 aos 14 minutos. Em boa trama ofensiva, Hazard recebeu pela esquerda e deu assistência no meio para Pedro, que finalizou no canto esquerdo de Cech. O novo gol desestruturou de vez o time de Emery, que levaria o terceiro cinco minutos depois, com um pênalti convertido por Hazard. Antes disso, o belga iniciou a jogada que originou a penalidade, cometida por Maitland-Niles sobre Giroud quando o francês tentava finalizar após passe de Pedro. Em desvantagem de 3 a 0, Emery foi para o tudo ou nada e colocou seu time no ataque com as entradas de Iwobi e Guendouzi nos lugares de Torreira e Monreal.

E pouco depois o treinador espanhol teve um fio de esperança de uma reação ao ver Iwobi aproveitar um rebote e acertar lindo chute cruzado de fora da área que entrou no canto direito alto de Kepa, descontando o placar aos 23 minutos. Já aos 26, porém, o Chelsea enterrou as chances de uma reviravolta na partida ao ampliar para 4 a 1 com um golaço. Emerson aproveitou uma saída de bola errada do Arsenal e tocou para Hazard. O belga avançou pela esquerda e tocou para Giroud, que devolveu para o camisa 10 finalizar de primeira para as redes.

O brasileiro Willian, que iniciou o duelo entre os reservas e substituiu Pedro aos 25 minutos da etapa final, quase ampliou o placar aos 33 em uma finalização que obrigou Cech a praticar outra linda defesa. E o Chelsea desperdiçou outras boas oportunidades ofensivas diante de um Arsenal que até esboçou uma pressão no fim, mas já não havia tempo para qualquer reação.


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