Com anuência da Fifa, governo intervém e entra no COL

Com anuência da Fifa, governo intervém e entra no COL

Aldo Rebelo e Joseph Blatter debateram a Copa de 2014 em encontro na Suíça

Correio do Povo

Aldo Rebelo e Joseph Blatter em encontro na sede da Fifa para debater a Copa de 2014

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Preocupado com os rumos da Copa do Mundo de 2014, o governo brasileiro deu nesta terça-feira mais um passo rumo à intervenção na organização do Mundial. Em reunião de cerca de seis horas na sede da Fifa, em Zurique, ficou decidido que, de agora em diante, o governo também fará parte do Comitê Organizador Local (COL). O novo integrante é o secretário executivo do ministério do Esporte, Luís Fernandes, que estava presente no encontro.

O processo de intervenção do governo havia começado com a saída de Ricardo Teixeira do cargo de presidente da Confederação Brasileira de Futebol. O dirigente, supostamente envolvido em escândalos de corrupção, deu lugar a José Maria Marin. Agora, a principal voz da organização da Copa do Mundo é o ministro Aldo Rebelo.

"Neste encontro em seis horas, tivemos uma conversa franca. A primeira decisão é que Luis Fernandes será o representante do governo no COL e o Marco Polo del Nero fará parte do comitê executivo da Fifa. Também decidimos que vamos nos encontrar a cada seis semanas e que o próximo encontro será no Brasil. Queremos ter a certeza de que tudo será perfeito", explicou o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke.

De acordo com o ministro Aldo Rebelo, a reunião serviu para o COL, agora integrado também pelo governo, garantir à Fifa que as dificuldades serão superadas. "A Fifa, o governo brasileiro e o COL ajudarão a superar obstáculos e desafios para realizar uma Copa do Mundo à altura da expectativa do Brasil e da expectativa do mundo. Vamos realizá-la com êxito, em harmonia, em unidade, e administrando nossas diferenças quando estas surgirem, em função do objetivo maior e do objetivo comum, que é fazer uma grande Copa."

Ronaldo comemora integração do time

Para o ex-jogador Ronaldo Nazário, também membro do COL, o mais importante da reunião foi a integração do "time" que tem governo, CBF, COL e Fifa. "Uma coisa que acho que ficou de mais importante deste dia longo foi a decisão de jogarmos juntos, jogarmos como um time unido. Com a experiência de ex-jogador, um time que não é unido dificilmente ganha."

Com a sua entrada no Comitê Organizador Local, o governo quer esquecer os problemas do passado - incluindo aí as desavenças com Jérôme Valcke -, mas principalmente apagar o período turbulento enquanto a CBF e o COL eram presididos por Ricardo Teixeira.

"A experiência do governo com a Fifa e o COL nos indica um processo que vem sofrendo ajustes, vem sendo aperfeiçoado com êxito para que as soluções necessárias sejam adotadas em função do interesse comum. Se houve lacunas elas foram preenchidas, se houve desvio de rota, ele foi corrigido. E o importante é olhar para frente", avaliou Aldo.

23,3 mil trabalham nos estádios

Conforme o site da Fifa, há atualmente 23.306 trabalhadores envolvidos nas obras dos 12 estádios que serão sedes da Copa do Mundo. A maioria absoluta, 19.086, atuam nas sedes da Copa das Confederações. A Fifa também reconheceu avanços em áreas de aeroportos e mobilidade urbana. Porém, o texto na página da entidade não citou exemplos.

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