Dupla Gre-Nal vive ansiedade pelo retorno às competições

Dupla Gre-Nal vive ansiedade pelo retorno às competições

Comissões técnicas tentam trabalhar o mental dos jogadores antes de volta aos gramados

Fabrício Falkowski e Rafael Peruzzo

Dupla Gre-Nal vive ansiedade pelo retorno às competições

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Só treinar já é melhor do que ficar em casa. Mas o que os jogadores querem, de verdade, é estar em campo e jogar futebol. Eles sentem falta do clima do estádio, da tensão pré jogo. Até rotinas antes desprezadas, como as concentrações, viagens e longos períodos longe das famílias, agora são aguardadas com ansiedade nos CTs. Por enquanto, não há previsão confiável sobre a volta das competições e, exatamente por isso, os efeitos da longa paralisação são sentidos entre os jogadores e também são uma preocupação para as comissões técnicas.

“É uma época de muita ansiedade para os jogadores. Eles querem muito jogar, mas por enquanto é só treinamento. Isso é maçante, porque tem muito físico e pouca bola. Eles gostam do trabalho em grupo, e agora não podem. Temos que trabalhar a cabeça deles também”, diz o preparador físico gremista Márcio Meira.

Há alguns dias, o técnico Eduardo Coudet também comentou o assunto. Ao comemorar a volta aos treinos, após seis semanas de isolamento, ele falou sobre uma programação mínima para a volta do Gauchão. “Ter uma data mais ou menos certa para começar ajuda muito a cabeça, para se preparar, para os jogadores terem um objetivo. E talvez um incentivo. Por mais que falte muito tempo, estão com muita vontade de jogar”, disse.

O psicólogo e professor universitário Márcio Geller Marques, que trabalha com psicologia esportiva, diz que a falta de perspectiva de uma volta às competições maltrata os atletas acostumados a um ritmo alto de exigência. “O que acontece é que não há previsão de retomada, então vem o questionamento: 'Vou treinar, mas para quê?' Eles vivem em função da competitividade, das partidas. O jogador pensa: ‘Se não tenho torneio, não tem sentido treinar’”.

De acordo com o psicólogo, a volta aos treinos ajudou, mas esse efeito já passou. “Quando retornaram ao trabalho, tinha a questão física, a endorfina, ter aquilo de volta, eles comemoraram o retorno. Mas e a segunda parte? Seria interessante ter um trabalho grupal psicológico para que eles compartilhem suas angústias. Eles podem estar treinando e ao mesmo tempo se angustiando”, acredita.


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