Roger se diz mais "flexível" e questiona modismos do futebol
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Roger se diz mais "flexível" e questiona modismos do futebol

Em entrevista exclusiva ao Correio do Povo, treinador do Grêmio celebrou encerramento de "ciclo jogador e treinador" com título do Gauchão

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Treinador concedeu entrevista ao Correio do Povo

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Pentacampeão gaúcho pelo Grêmio, clube que o projetou como treinador para o futebol brasileiro, o técnico Roger Machado garante estar mais maduro e flexível para encarar o desafio de guiar a equipe no acesso na Série B seis anos após sua primeira passagem na casamata gremista. No último domingo, ele venceu sua primeira taça como "professor" na Arena.

"Eu penso ter evoluído na questão de flexibilidade em vários aspectos. Na forma de jogar, na gestão, em lidar com o ambiente. Estou mais maduro. Errando muito, acertando algumas vezes. Vamos aprendendo e amadurecendo em cima dos erros. Tive experiências diferentes, viajei pelo Brasil, morei em outros estados e isso amadurece a gente", disse em entrevista exclusiva à setorista do Correio do Povo, Mauri Dorneles.

Desde que deixou a Arena em 2016, Roger assumiu o Atlético Mineiro, o Palmeiras, o Bahia e o Fluminense. "É o tempo, a experiência, os cabelos brancos. Alguns quilos a mais que não tinha também. É idade, estrada", brincou. O título do Gauchão 2022, no entendimento do treinador, representou o encerramento de um ciclo em sua relação com o Grêmio, onde começou a carreira como jogador. "Esse ano completo 30 anos de ligação com o Grêmio. Penso que fechar isso com o título regional, foi importante. Além de abrir as conquistas, fechei o ciclo jogador e treinador", explicou. 

Tido como um expoente técnico do cenário nacional, Roger criticou o que classifica como "modismos" no futebol, citando o momento de técnicos estrangeiros no país. "Uma vez uma pessoa que trabalhava comigo me disse. Cuidado com os modismos. Vêm e passam. Temos que entendê-los, ainda mais no futebol. São tendências, metodologias. Incorporamos e acabamos aceitando como verdade. Elas passam e a essência volta e permanece com alguma alteração, mas ainda muito sólida", sintetizou.

Em seu entendimento, esse intercâmbio de novos treinadores é válido, no entanto, somente isso não é garantia de sucesso. Ele citou seu próprio exemplo, quando entrou na "onda" dos jovens treinadores depois dos 7 x 1 para a Alemanha na semifinal da Copa do Mundo. "O que eu vejo depois de 2014, na Copa do Mundo do Brasil, é que buscaram colocar na conta dos treinadores mais velhos, representados pelo Felipão. Eram profissionais que tinham sua representatividade e deram muito retorno. Lá, se entendeu que o resultado era o desejo de renovação. Eu fui uma dessas peças". 

"Estudioso", Roger não se soma aqueles que criticam os profissionais nacionais e os classificam como ultrapassados. "É uma falácia. Existem outras metodologias a serem observadas, sim. Aqui no Brasil, as características dos atletas nos fazem obedecer outras metodologias. Existem coisas que podem ser incorporadas, especialmente nos treinos. É um ciclo natural, vai haver uma renovação. O problema é desvalorizarmos o que é nosso. Nossa raíz. Existem cursos muito bons de treinadores com intercâmbio de profissionais. Os cursos da CBF nos aproximaram", pontuou. "Parte é um modismo, um ciclo normal e parte é uma necessidade", finalizou. 

Roger e o Grêmio começam a caminha na Série B neste sábado, às 16h30min, contra a Ponte Preta, no Moisés Lucarelli, em Campinas. 


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