Após pressão de clubes, arbitragem vira centro das atenções em duelo entre Grêmio e Bahia

Após o empate com o Flamengo na terça-feira, os dirigentes do Grêmio fizeram manifestações fortes contra a arbitragem no Campeonato Brasileiro. A bronca é comum entre todos os clubes da competição e a insatisfação é geral. Romildo Bolzan Júnior e Dênis Abrahão citaram lances em jogos contra Palmeiras, Atlético-MG, Inter, América-MG e o próprio Flamengo para questionar a CBF e contabilizar os prejuízos na reta final do campeonato. E o presidente Romildo Bolzan externou sua preocupação com o jogo desta noite em Salvador. O árbitro escalado pela Comissão de Arbitragem é Bruno Arleu de Araujo.

“Pelo que o Grêmio está vendo, pelos erros praticados, eu tenho receio deste jogo. Receio da arbitragem, daquilo que se montou, nada contra o clube Bahia”, disse o presidente gremista. “Não é apenas para este jogo, mas para o futebol brasileiro. Se há uma situação muito dura, é essa que estamos denunciando. Há risco e eu tenho medo da arbitragem contra o Bahia”, acrescentou Romildo Bolzan Júnior. 

O clube tem feito reclamações formais de todos os lances nos quais se sente prejudicado, mas não está satisfeito com as respostas da Comissão de Arbitragem. “São sempre respostas esfarrapadas. Se somarem, são mais de cinco pontos que surrupiaram do Grêmio, tomaram facilmente”, disse Dênis Abrahão após o empate com o Flamengo.

Além das polêmicas com a arbitragem, o Grêmio também se vê envolvido em uma questão importante no Superior Tribunal de Justiça Desportiva. Na próxima segunda-feira, o clube será julgado pela invasão de torcedores ao campo na derrota para o Palmeiras. A punição, em caso de condenação, prevê multa de R$ 100 a R$ 100 mil e perda de mando de campo de uma a 10 partidas. Se for absolvido, o Grêmio poderá ter o retorno de sua torcida nos jogos contra São Paulo e Atlético-MG.