Diretor jurídico do Grêmio defende fim de cantos com a palavra "macaco"
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Diretor jurídico do Grêmio defende fim de cantos com a palavra "macaco"

Nestor Hein nega intenção ofensiva das músicas, mas reconhece que termo "é o símbolo internacional da infâmia e do racismo"

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Time deve ser julgado na sexta-feira em caso de injúria racial contra Yony González, na Arena

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Após uma denúncia apresentada contra o Grêmio pela Procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) em decorrência de um episódio de injúria racial de uma torcedora contra o jogador Yony González, a administração do clube trabalha para acabar com episódios que mancham a imagem do time e o colocam como preconceituoso. Um exemplo são os cânticos com a palavra "macaco". O diretor jurídico do Tricolor, Nestor Hein, admite que esses gritos são um problema para agremiação, ainda que não os reconheça como uma forma de racismo. 

"Tenho uma convicção pessoal de que esses cânticos não visam ofender ninguém, mas tenho explicado para as pessoas que não existem mais macacos nem na selva nem nas jaulas de zoológicos. Macaco é uma expressão que é o símbolo internacional da infâmia e do racismo. Então, não adianta querer dialogar que não é para ofender, que o outro tem o planeta dos macacos. Temos que terminar com qualquer mal-entendido. Não porque o Grêmio reconheça que os cânticos sejam racistas, mas porque eles causam mal-entendido e um desfavor", falou o advogado.

Hein disse ainda que é preciso evoluir. "Por que vamos insistir? Vamos terminar com isso, vamos virar a página, evoluir. Coisas que se faziam há 10, 15 anos não se fazem mais hoje. Temos que entrar nesse consenso que é mundial", disse, antes de ingressar em uma reunião com o Departamento do Torcedor Gremista (DTG). O encontro do final desta manhã visa coibir cânticos com a expressão "macaco". No final da tarde, haverá um novo encontro, desta vez do DTG com representantes de torcidas.

O diretor jurídico também comentou a denúncia apresentada pelo STDJ na noite de ontem, com base no Art. 243-G, parágrafo 2º do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD): "Praticar ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito em razão de origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência". Conforme Hein, o clube está mobilizado para encontrar a pessoa responsável pelas ofensas ao jogador do Fluminense, mas encontra dificuldades.

“Nossa situação é de um clube que colabora e toma as providências. A denúncia foi feita em função de áudio, não há imagem. Chegaram várias denúncias de pessoas que poderiam ter irrogado, mas não conseguimos segurança mínima de que seriam. A Arena também estava voltada para a torcida do Fluminense na hora do quinto gol e a questão de ser colocado 24 horas depois é um atenuante. Nos coloca um problema esta tardia forma como aflorou. Mas é certo que aflore. Vamos resolver essa questão para o Grêmio e o torcedor, para que isso não ocorra mais”, disse.

* Com informações do repórter Bruno Ravazzolli, da Rádio Guaíba


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