Grêmio

Especial Olímpico: Os jogos épicos dos tempos modernos

Goleiro Danrlei e artilheiros Jardel e Jonas lembram títulos do Grêmio e viradas improváveis

Borges foi fundamental na virada gremista sobre o Santos no Olímpico
Borges foi fundamental na virada gremista sobre o Santos no Olímpico Foto : Fabiano do Amaral / CP Memória
Na terceira matéria especial de despedida do Olímpico, o destaque são as partidas épicas dos tempos modernos do estádio. Em 1995, a grande rivalidade entre Grêmio e Palmeiras não evitou que os donos da casa aplicassem uma goleada de 5 a 0 nos paulistas. No ano seguinte, o Tricolor buscou uma desvantagem de dois gols da Portuguesa na final do Brasileirão. Recentemente, com quatro gols em 18 minutos, os gremistas comandaram uma virada surpreendente diante do badalado Santos de 2010. Nesta quinta-feira, o assunto será os Gre-Nais que marcaram a história do Casarão da Azenha.

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O Grêmio conquistou a América pela segunda vez em 1995. Após 12 anos do primeiro título da Libertadores, o clube superou o Atlético Nacional, da Colômbia, na final do torneio. No entanto, o principal confronto do Tricolor na caminhada ao bi da competição continental ocorreu duas fases antes, contra o Palmeiras. Em uma das maiores rivalidades do futebol nacional na época, gremistas e palmeirenses se encontraram nas quartas de final da Libertadores. No primeiro jogo, no estádio Olímpico, a equipe do ex-atacante Jardel goleou por 5 a 0: “Na minha opinião, foi ali que ganhamos a Libertadores. E acho que aquele foi o principal jogo da minha carreira”.

Jardel comandou a goleada sobre o Palmeiras no estádio Olímpico / Foto: José Ernesto / CP Memória

O lendário dono da camisa 16 lembra com carinho o apoio da torcida. Dono de três gols naquela noite de 26 de julho, Jardel ressaltou que a força do Grêmio em casa foi crucial para o placar elástico. “Todo adversário chegava a Porto Alegre com medo de jogar no Olímpico com a gente. Temos que dar parabéns aos torcedores, porque com certeza ajudaram muito nessa vitória," recorda.

A goleada deixava a equipe praticamente classificada para a semifinal da competição. Só que o oponente respondeu no jogo de volta, venceu por 5 a 1 e quase acabou com a festa dos tricolores. “O primeiro resultado foi decisivo. Foi um grupo que se encaixou muito bem, e também contamos com a sorte. Aquele resultado (da volta) nos fortaleceu e serviu de lição, para ter mais concentração e sacrifício nos jogos seguintes”, analisa.

Danrlei destaca convicção para reverter vantagem da Lusa em 1996


Um ano depois do segundo título da Libertadores viria o bi do Campeonato Brasileiro, com o Olímpico como palco novamente. Na final contra a Portuguesa, o Grêmio havia perdido o jogo de ida por 2 a 0 e precisava devolver o placar diante da sua torcida. “Tínhamos a convicção de que era possível reverter a vantagem da Lusa”, destaca Danrlei.

A convicção era tanta que o 2 a 0 sofrido para a Portuguesa no primeiro embate foi considerada razoável pelos gremistas. “A gente conversou e chegamos a conclusão que aquele placar havia ficado barato, porque jogamos com um a menos desde o primeiro tempo. Foi uma constatação muito importante e, assim, saímos com a certeza de que dava para virar. Com a cabeça voltada para isso e conseguimos reverter”, pondera.

Para o ex-goleiro, a lotação no Olímpico no dia 15 de dezembro de 1996 foi ideal para o título do Brasileirão: “A situação era muito favorável a nós. Tinha toda aquela torcida e tudo estava armado para a conquista. Lembro que não tinha mais onde colocar gente no Olímpico. Por isso, havia o sentimento que iríamos vencer”.

Apesar da confiança, o Grêmio sofreu para botar as mãos na taça. Danrlei lembra que a Portuguesa era um time de qualidade. “O time deles era formado por Zé Roberto (atualmente no Tricolor), Rodrigo Fabri, Galo, Capitão, Caio e Alex Alves, por exemplo. Fizemos um gol no começo (de Paulo Nunes) e isso nos ajudou, porque deu calma e tivemos tempo para fazer o segundo”, avalia, recordando a vitória de dois gols de diferença aplicada pelo Grêmio, com gol de Aílton nos minutos finais.

Jonas lembra virada “atípica” sobre o Santos na Copa do Brasil

O Olímpico também foi palco de viradas emocionantes. Pela Copa do Brasil de 2010, o Grêmio encarou o badalado Santos na semifinal do torneio. O Tricolor deixou o primeiro tempo perdendo por 2 a 0. Quando ninguém mais acreditava, o time mandante marcou quatro gols em 18 minutos e saiu na frente do Peixe. “Aquele foi um jogo atípico e nossa equipe foi muito copeira”, classifica Jonas.

O Tricolor foi uma avalanche sobre o time santista na etapa final. Com um gol atrás do outro, Borges balançou três vezes as redes e Jonas uma vez. O 2 a 0 do Peixe virou 4 a 2 para o Grêmio em instantes. No final, Robinho fez o terceiro gol do time paulista. “Lembro que as duas equipes chegaram muito parecidas e tinham sido campeãs estaduais. Os dois elencos eram muito fortes”, ressalta.


Jonas comandou a virada do Grêmio sobre o Santos pela Copa do Brasil / Foto: Fabiano do Amaral / CP Memrória

Os dois gols do Santos no primeiro tempo não desanimaram o Grêmio. Jonas lembra a conversas no vestiário: “Decidimos manter a mesma pegada”. Assim provaram que o duelo não estava perdido. “Conversamos que deveria continuar igual no segundo tempo. Voltamos com o mesmo time e mesma parte tática. Nosso empenho fez com que conseguíssemos a virada”, frisa.

A repercussão foi muito grande e até hoje se fala no confronto. “Quando acabou o jogo, todo mundo estava nos dando parabéns e os torcedores estavam eufóricos. Era grande a possibilidade de passar para a final," recorda. Só que a vantagem não foi suficiente para a classificação. Na volta, o Grêmio perdeu por 3 a 1 e deu adeus à Copa do Brasil. “A gente entrou muito concentrado, mas eles tinham o Ganso, que deu aquele chute de longe. Após o primeiro gol deles, nosso time deu uma baqueada. Apesar disso, tenho boas lembranças da virada no Olímpico,” acrescenta.

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