Fã do VAR, Romildo pede mais transparência no processo de revisão de jogadas
Presidente do Grêmio lamentou que tecnologia não foi usada durante no jogo contra o Avaí
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O VAR chegou ao Campeonato Brasileiro com a promessa de acabar com as polêmicas sobre jogadas irregulares. Contudo, o próprio processo de revisão tem se tornado centro de críticas. O presidente do Grêmio, Romildo Bolzan Jr., afirmou ser fã da tecnologia, mas criticou a falta de transparência e clareza na forma como ela é utilizada. O dirigente lamentou que o recurso do “Árbitro assistente de vídeo” não tenha sido utilizado em uma jogada de ataque do Tricolor, no empate de quarta à noite contra o Avaí, na qual a bola teria batido na mão de um zagueiro do time catarinense dentro da área.
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“Vi e revi. Várias vezes fiz a revisão e não tenho dúvidas de que a bola bateu na mão. Aí tu tens a interpretação da regra de hoje. Se a regra é ‘bateu (na mão) é falta', não sei o que o juiz achou. É muito ruim essas coisas porque eu continuo sendo fã do VAR. O que eu fico descontente é a falta de auditagem, de checagem”, comentou. Ele ainda citou um gol do Flamengo, na derrota para o Inter no Beira-Rio, que foi anulado pela tecnologia. “Pelo que me informaram, o teve um gol invalidado porque o Rodolpho tocou com a mão. Aqui foi a mesma coisa”, disse.
Romildo defendeu que exista uma espécie de publicização imediata das imagens de jogadas que forem revisadas. “Se o VAR tem uma posição de juízes julgando em quatro paredes e ninguém pode ficar sabendo o que avaliaram, não tem transparência no processo. Se o árbitro principal está exposto, por que os auxiliares, que são árbitros com poderes de decisão, também não são? O maior aperfeiçoamento que pode ter neste momento é ser publicizado, dar a clareza das decisões ou da omissão que eles praticaram. Essa é a questão mais importante”, avaliou. Hoje, se os times quiserem ter acesso às imagens precisam entrar com um pedido no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).
O presidente também relembrou as polêmicas durante a semifinal da Copa Libertadores de 2018, contra o River Plate na Arena, na qual o Grêmio perdeu por 2 a 1 e acabou eliminado. Além das críticas à atuação do técnico dos adversários, Marcelo Gallardo, Romildo citou que o primeiro gol dos Los Millonarios foi de mão. O lance não foi revisado. "Nem vou falar daquela estupidez do Gallardo, daquele desafio à Conmebol, que ficou pequena no ponto de vista de ferir as regras do regulamento. Mais grave foi a bola que bateu na mão e entrou. A gente nem sabe se o VAR avaliou, o que avaliou, se deixou de avaliar e o que aconteceu em relação a isso. O VAR precisa ser exposto, transparente, colocado às claras”, finalizou.