Romildo alerta para competitividade do Libertad e cita jogos anteriores como "base de estudo"
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Romildo alerta para competitividade do Libertad e cita jogos anteriores como "base de estudo"

Presidente gremista prevê jogo difícil, mas acredita que o Tricolor "tem todas as condições de passar”

Eric Raupp

Everton foi o destaque do último encontro entre Grêmio e Libertad, no Paraguai

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O sorteio dos cruzamentos da fase eliminatória da Libertadores colocou o Libertad, do Paraguai, como o primeiro adversário do Grêmio na busca por mais um título continental. Os times são “velhos conhecidos", pois se encontraram na etapa de grupos do torneio. Na estreia da Arena na competição neste ano, o Tricolor amargou uma derrota e uma atuação abaixo do potencial. No returno, devolveu o revés, no estádio Defensores Del Chaco, tirando a invencibilidade dos adversários na Copa. Para o presidente gremista, Romildo Bolzan Jr., os duelos anteriores não valem nada, mas podem servir como base de estudo do sistema de jogo dos paraguaios.

“É outro campeonato, são duas partidas completamente novas, num novo contexto, decisivo. Não tem absolutamente nada de igual, ainda que esses confrontos possam ajudar, por conhecermos os jogadores e elenco. Mas, na verdade, é a cada partida que tudo se resolve”, comenta o dirigente, dizendo que há vários fatores que também influenciam no resultado. “Os clubes paraguaios, em geral. estão numa ótima fase. Vai ser complicadíssimo. O Libertad tem investido muito e é muito competitivo, mas temos todas as condições de passar”, resumiu.

No elenco, os paraguaios têm um dos artilheiros da competição, o argentino Adrián Martínez, com 6 gols. Contudo, o mandatário gremista chama atenção para outro jogador: Óscar "Tacuara" Cardozo, atleta paraguaio de 35 que disputou a Copa de 2010 na África do Sul. "É um centroavante extremamente perigoso, tem uma noção de área e de finalização muito grandes, é muito qualificado. Lá na frente, tem impressionado pelo tamanho e pela versatilidade, embora seja muito experiente. Temos que ficar muito atentos a ele em todas as situações”, comentou.

Romildo também mencionou que a questão do mando de campo é um fator importante para os confrontos. Como os rivais terminaram em primeiro lugar no grupo H, e a equipe gaúcha ficou na segunda colocação, eles têm a vantagem de decidir em casa. “Inverteu a lógica, é um sistema bem diferente. Agora, não é sair vivo da primeira partida fora, mas ficar vivo dentro de casa para decidir fora. Muda a forma como se joga”, afirma o dirigente. Apesar disso, ele garante que o Grêmio sempre entrará em campo para vencer.

Os jogos de ida das oitavas de final da competição estão programados apenas para a penúltima semana de julho, entre os dias 23 e 25, ainda sem data definida. Já as partidas de volta ocorrem entre 30 de julho e 1º de agosto. Até lá, há ainda a parada para a Copa América, de 14 de junho‎ a ‎7 de julho. Para o mandatário gremista, esse período será primordial para ajustes na equipe e plantel. “É extremamente importante porque poderemos ter uma recuperação técnica e física e organizar uma situação de recondicionamento”, avaliou.

“É um dos rivais mais duros”

Em entrevista ao jornal Tigo Sports, o presidente do Libertad, Francisco Giménez Calvo, elogiou o clube gaúcho e disse que considerava o Tricolor um dos mais difíceis para encarar. "Nos planos, todos pensávamos que o River Plate e o Grêmio eram os mais fortes, apesar do fato de não haver rivais aqui, e tivemos um deles. Uma equipe que já conhecemos, eles nos conhecem, eu acho que é um dos rivais mais duros para o Libertad, mas estamos confiantes. Temos uma boa equipe e temos que trabalhar pensando nas partidas eliminatórias”, analisou.

Da melhor campanha à queda de rendimento

Os paraguaios abriram o seu grupo na Libertadores com uma goleada em casa contra a Universidad Católica por 4 a 1, quando Martínez anotou duas vezes, enquanto Antonio Bareiro e Carlos Rivero marcaram um tento cada. Mesmo com o grande resultado, o treinador Leonel Álvarez deixou o clube de forma confusa. Foi avisado no vestiário da rescisão do contrato e, no dia seguinte, tentou entrar no CT do clube e foi impedido por funcionários. A demissão se deu por justa causa por descumprimento de normas contratuais, informou o clube, sem dar detalhes.

O argentino José Chamot ficou com a vaga e comandou o time na vitória contra um apático Grêmio, na Arena, com gol de Bareiro. O jogo foi apenas o segundo do técnico. Na terceira rodada, mais uma vitória, desta vez contra o Rosário Central, por 2 a 0, em Assunção. Neste momento, o Grêmio via sua classificação em risco: tinha duas derrotas e um empate.

Na quarta rodada tudo mudou. O Tricolor conquistou a primeira vitória — 3 a 1, em casa, contra o Rosario Central – e os paraguaios apresentaram sintomas de que a boa fase não era mais tão boa. Ainda que tenha ganhado o jogo contra a Universidad de Católica no campo dos adversários, os 3 pontos vieram no sufoco, num 3 a 2, de virada. Assim, o Libertad dividia com o Cruzeiro a melhor campanha da fase de grupos Libertadores, com 100% de aproveitamento em quatro partidas.

Foi o próprio Grêmio que acabou com a invencibilidade. No final de abril, os comandados de Renato Portaluppi superaram a pressão e uma marcação incansável e buscaram a vitória no Defensores del Chaco. Com a maestria de Everton, o Tricolor venceu o Libertad por 2 a 0. A partida começou com o Libertad esperando o time gaúcho no seu campo. Foi um início preocupante, com troca de passe e pouca efetividade ofensiva por parte dos gaúchos nos primeiros 10 minutos Depois, o Tricolor encontrou espaços e construiu o resultado.

No último duelo da etapa classificatória, um novo revés, para o já eliminado Rosario Central, que venceu por 2 a 1 a primeira partida. Joaquin Pereyra abriu o placar aos 19 minutos do primeiro tempo para a equipe argentina. Aos cinco do segundo tempo, Óscar Cardozo empatou o jogo em cobrança de pênaltis e Claudio Riaño recolocou o Central em vantagem, decretando números finais ao confronto.


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