Gre-Nal coloca frente a frente times com modelos de jogo diferentes

Gre-Nal coloca frente a frente times com modelos de jogo diferentes

Grêmio e Inter farão confronto de estilos na final do Gauchão

Cristiano Munari

Se o Grêmio tem um modelo de jogo bem definido e executado por Renato Portaluppi há três temporadas, o Inter tem um trabalho mais curto com Odair Hellmann

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Os Gre-Nais que vão definir o título do Campeonato Gaúcho de 2019 vão marcar um duelo de estilos. Grêmio e Inter possuem modelos de jogo bem definidos e opostos sob os comandos de Renato Portaluppi e Odair Hellmann.

No Grêmio desde 2016, Renato Portaluppi deu sequência e aprimorou um estilo de jogo implantado por Roger Machado que valoriza muito a posse de bola. No lado do Inter, Odair Hellmann conseguiu encaixar o time na boa campanha do Brasileirão do ano passado baseando seu jogo em menor posse e transições rápidas.

O comentarista da Rádio Guaíba Carlos Guimarães destaca a diferença de estilos das duas equipes. “O Grêmio é um time mais técnico, que joga em função da bola. O Inter joga melhor em função do espaço. O Inter precisa do espaço para render, às vezes com bolas longas, com o jogo direto”, analisa.

Os números mostram essa diferença. O Grêmio tem média de posse de bola de 62% no Gauchão enquanto o Inter tem 53%, de acordo com dados do Footstats. Levando em conta a Libertadores da América, onde ambos enfrentaram adversários mais fortes, os estilos também ficam bem claros. O Tricolor é o clube com maior média de posse na competição continental, com 61%, e teve mais a bola que seus adversários nos quatro jogos disputados. O Inter aparece apenas em 23º nessa lista. O Colorado teve menor passe em todos seus compromissos na Libertadores mesmo tendo disputado três dos quatro jogos como mandante.

Com baixa posse, o Inter mostra uma efetividade alta quando ataca. O Colorado tem média de um gol a cada 5,1 finalizações na Libertadores. É o time que precisa de menos chutes para balançar as redes na competição.

Modelo consolidado após momento de baixa

Se o Grêmio tem um modelo de jogo bem definido e executado por Renato Portaluppi há três temporadas, o Inter tem um trabalho mais curto com Odair Hellmann. O treinador, que assumiu o time nas rodadas finais da Série B em 2017, consolidou a atual forma de jogar durante o Brasileirão do ano passado. Isso ocorreu justamente após um Gre-Nal em que chegou com o cargo ameaçado depois de ter sido eliminado pelo próprio Grêmio no Gauchão e pelo Vitória na Copa do Brasil.

“Quando Odair assumiu o Inter, seu objetivo era fazer com que o time jogasse um futebol vistoso, de valorização da posse de bola com concepção ofensiva. Não deu. E nem era a hora. Recém vindo da Série B, o time acabou eliminado do Gauchão para o Grêmio e caindo precocemente para o modesto Vitória na Copa do Brasil. Neste cenário, o iniciante treinador fatalmente seria demitido se perdesse o clássico da 5ª rodada do último brasileiro. Empatou. Jogando mal, com pênaltis contra não marcados, mas empatou. E no jogo seguinte, contra a Chapecoense, veio o início da mudança”, recorda o comentarista da Rádio Guaíba Cristiano Oliveira.

Esse tempo a mais de trabalho, acredita Carlos Guimarães, dá uma leve vantagem ao Grêmio na decisão do Gauchão. “Temos duas características completamente diferentes, representantes de dois modelos que se enfrentam e não sei dizer qual é o melhor. Mas sei dizer que quem executa há mais tempo é o Grêmio. Isso está mais enraizado em função de ter o mesmo treinador há três anos, de ter títulos e vitórias nesse modelo”, destaca.

Grêmio e Inter se enfrentam neste domingo, às 16h, no Beira-Rio no primeiro jogo da final do Gauchão. A volta, na Arena, está marcada para quarta-feira, às 21h30min. O Correio do Povo vai acompanhar as duas partidas em tempo real.


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