Imperador do Japão confirma presença na cerimônia de abertura

A Agência da Casa Imperial divulgou nesta terça-feira que o imperador do Japão, Naruhito, participará da cerimônia de abertura da Olimpíada de Tóquio na sexta-feira, a partir das 20h (8h, no horário de Brasília), quando, no papel de presidente honorário dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio-2020, ele deve declarar oficialmente a abertura do evento esportivo depois de um ano de espera por causa da pandemia da Covid-19.

A expectativa pela participação do imperador além de um espectador se deve também ao fato de seu pai, Akihito, ter declarado abertos os Jogos de Inverno de Nagano, em 1998, e de seu avô, Hirohito, ter feito o mesmo nos Jogos de Verão de Tóquio, em 1964, e ainda nos Jogos de Inverno de Sapporo, em 1972. É uma tradição, portanto, da família imperial do Japão.

Naruhito não estará acompanhado da imperatriz Masako. Ele estará ao lado de personalidades japonesas e estrangeiras, uma vez que a cerimônia, assim como quase todas as competições nos Jogos de Tóquio, acontecerá sem a participação do público e com convidados mais restritos. Não se tem notícia da presença em Tóquio de grandes líderes do mundo. Essas agendas costumam ser sigilosas.

O imperador do Japão não tem poder político, mas é figura simbólica para o país. Ele é muito respeitado. Assim, na quinta, um dia antes da abertura oficial da Olimpíada, Naruhito deve receber altos funcionários do Comitê Olímpico Internacional (COI), incluindo o presidente Thomas Bach, no Palácio Imperial, para algumas cerimônias oficiais da Olimpíada.

Na sexta-feira, antes da cerimônia de abertura, alguns líderes estrangeiros também terão um encontro com o imperador. As informações são da rede de televisão pública japonesa, NHK. No fim de junho, com a aproximação da Olimpíada de Tóquio, o chefe da Agência da Casa Imperial, Yasuhiko Nishimura, disse à imprensa que Naruhito estava preocupado com o aumento dos casos de covid-19, temor compartilhado com grande parte da população. Mais tarde, o governo minimizou a declaração, estimando que Nishimura apenas expressou seus próprios sentimentos.