Affatato promete recorrer de expulsão do quadro social do Inter
Ex-dirigente e Vitorio Piffero foram excluídos do clube em decisão da comissão de ética do Conselho Deliberativo
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Um dia depois de ser expulso do quadro social do Inter pela comissão de ética do Conselho Deliberativo, o ex-vice-presidente de Finanças do Inter Pedro Affatato afirmou nesta terça-feira que irá recorrer da decisão. Ele atendeu a reportagem durante a manhã de hoje para falar sobre o assunto. "Nós vamos recorrer da expulsão com toda a certeza", garantiu.
Questionado sobre o processo que descreve a sua suposta participação em gestão temerária no Inter durante os anos de 2015 e 2016, Affatato não quis falar sobre o assunto. "Eu estou orientado a não dar declarações sobre isso. Não posso falar sobre o que vai ser feito ou qualquer estratégia defesa", resumiu.
A reportagem tentou contato com o ex-presidente Vitorio Piffero, mas não obteve retorno. Piffero e Affatato têm 15 dias para apresentar o recurso. No Conselho, será escolhido novo relator e, depois de todos os prazos, um novo julgamento ocorrerá no plenário.
Votação
Além de Piffero e Affatato, foram citados Alexandre Limeira e Emídio Marques, mas eles deixaram o clube por espontânea vontade e por isso não passaram pelo julgamento. O voto do relator e presidente da comissão Constantino Lisbôa Azevedo, que tinha 80 páginas, durou cerca de 2h40min. Vitorio Piffero foi representado por dois advogados que fizeram a defesa do ex-presidente. Affatato não exerceu o direito de defesa na ocasião.
Além de Azevedo, votaram Felipe Floriani Becker, Lino Kieling, Miguel de Sampaio Dagnino, Ramiro Davis e Thiago Neibert. O sétimo integrante, Rodrigo Navarro, se disse impedido de participar, pois tem um processo contra um dos dois ex-dirigentes.
O estatuto do Inter não prevê um tempo que eles deverão ficar fora do quadro social, mas a Lei do Profut prevê um afastamento de 10 anos. As regras do clube deverão ser alteradas em 2019 e é desejo da maioria dos grupos políticos acrescentar o período de expulsão, fato que até hoje nunca havia ocorrido no Colorado. Um sócio comum que deixa o quadro social fica impedido de voltar durante um ano.