Dois dirigentes do Inter são denunciados em operação que investiga crimes na gestão 2015/2016
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Dois dirigentes do Inter são denunciados em operação que investiga crimes na gestão 2015/2016

Segundo denúncia, grupo teria desviado valores para compra de passagens de avião e de um cruzeiro para o Caribe

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O Ministério Público do Rio Grande do Sul denunciou nessa quarta-feira, na quarta fase da Operação Rebote, um dirigente do Inter no biênio 2015/2016 e quatro empresários da área de turismo por suspeita de organização criminosa, estelionato e ocultação de bens. Outro integrante da gestão colorada foi denunciado por suspeita de estelionato e ocultação de bens, enquanto sua mulher poderá responder por ocultação de bens.

As empresas envolvidas no esquema são de Curitiba e de Porto Alegre. “A questão do Inter foi dividida em núcleos, núcleo administrativo-financeiro, núcleo jurídico, núcleo futebol e agora o núcleo agência de viagem. Então, é a quarta denúncia que o Ministério Público está oferecendo. Em todas elas, teve o mesmo modo de operar, ou seja, no sentido de criar despesas com relação a serviços não prestados e obras não realizadas, pegando o retorno desses recursos para se locupletar”, explica o subprocurador-geral de Justiça para Assuntos Institucionais do Ministério Público, Marcelo Lemos Dornelles.

Na denúncia, o promotor Flávio Duarte diz que um dos dirigentes do alto escalão teria comandado a organização criminosa para desviar dinheiro do clube de maneira continuada e sucessiva por meio de artifícios administrativos e contábeis. Utilizando notas fiscais e documentos fraudulentos atestando serviços turísticos que não foram prestados, o grupo teria desviado valores que, posteriormente, teriam sido direcionados para fins diversos, como compra de passagens de avião, de um cruzeiro para o Caribe, pagamento de hospedagem em hotel luxuoso e até de ceia de réveillon do dirigente e seus familiares.

“Esse dirigente exercia o comando operacional da organização criminosa, além de ser o destinatário direto e indireto da maior parte dos valores identificados como obtidos ilicitamente em prejuízo do clube. Coube a ele organizar a dinâmica criminosa, ordenando, internamente, desde os pagamentos diretos ou repasses de valores, alegadamente destinados a serviços de turismo, até a orquestração do conteúdo das notas fiscais que justificavam fraudulentamente tais despesas. Foi, também, o responsável principal pela formatação do esquema criminoso de lavagem de dinheiro desses valores desviados do Internacional”, detalha Duarte.

O outro ex-dirigente, também do alto escalão, denunciado por estelionato e ocultação de bens, teria se utilizado dos mesmos artifícios. Ele teria desviado recursos do clube em parceria com o empresário de uma das agências de turismo que foram utilizadas no esquema para comprar uma caminhonete para a esposa, também denunciada por ocultação de bens. Conforme a investigação, os sete denunciados obtiveram para si, em prejuízo ao clube, mais de R$ 340 mil entre 2015 e 2016.

Os nomes dos denunciados não foram divulgados pelo Ministério Público. A investigação, no entanto, diz respeito ao período em que o clube era dirigido pelo então presidente Vitorio Piffero. 


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