Fernando Carvalho: “Fernandão foi o maior jogador da história do Inter”
Ex-presidente do Inter lembrou parte da história do atacante que morreu em acidente de helicóptero em Goiás
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“O nosso grande jogador. Foi protagonista nos nossos melhores momentos. Não diria antes e depois de Fernandão porque o Inter tem uma história centenária, mas certamente na gestão que eu participei, ela se dividiu a um período anterior e posterior a chegada dele”, declarou Fernando Carvalho.
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O ex-presidente se emocionou ao lembrar da época que enfrentou a concorrência de outros clubes grandes do Brasil para contratar Fernandão, mas venceu apostando no “sonho” de transformar o Inter em um clube ainda maior. Após longa negociação com o Olympique de Marseille, o atacante foi anunciado pelo Internacional no dia 17 de junho de 2004.
“Conversamos durante um dia e mostrei para ele que o Inter estava em ascensão. Ele ficou muito satisfeito com o projeto e com a possibilidade de vir para o Inter. Mostrei que o acompanhamento da carreira dele ocorria desde 1996 ou 1997 quando eu era do departamento amador. Ele acertou conosco, veio a Porto Alegre e ficou um longo período treinando, pois não tinha condições de jogo pela questão da janela. Foi uma longa negociação com Olympique de Marseille porque o Inter não tinha recursos e fizemos uma troca por um percentual de dois jogadores jovens. Mesmo assim, acabou sendo o maior jogador da nossa história. O nosso grande Fernandão”, revelou Carvalho.
O presidente ainda lembrou da importância do capitão da primeira Libertadores e do mundial para o grupo de jogadores no período em que ficou no Internacional.
“A primeira pessoa a me falar sobre ele ser um jogador focado, maduro e que ia nos ajudar muito foi o Elio Carravetta (coordenador da preparação física do Inter) e o (meia, que atualmente é jogador do clube) Alex, que era o capitão. Eles chegaram e me disseram: ‘Ele veio determinado e vai nos ajudar muito. Pensa positivamente e coletivamente’. Todos os contatos eram em pensar no grupo, no todo, no crescimento global do grupo. Ele sempre foi um jogador solidário. Apesar de ser o goleador e um jogador de área, sempre marcava, disputava e ajudava muito seus companheiros. Sempre foi um dos porta-vozes dos jogadores. Era um jogador e uma pessoa extraordinária. É uma pena para nós colorados e marcou a nossa história”, lamentou o ex-dirigente.