Giuliano é eleito o melhor jogador da Libertadores 2010

Depois de ser vaiado por alguns torcedores no empate sem gols contra o Fluminense, o meia Giuliano teve uma boa notícia nesta quinta. A Conmebol comunicou o Inter que o atleta foi foi eleito o melhor jogador da Copa Libertadores de 2010. A escolha foi feita em uma votação que contou com a participação de jornalistas esportivos dos diferentes países que participaram da competição. Na edição anterior, Verón, do Estudiantes, recebeu a láurea.

Inter é bicampeão da Libertadores
Relembre a campanha colorada

Além do prêmio, que será entregue no próximo dia 24 de novembro, na sede da Conmebol, em Assunção, no Paraguai, o patrocinador da Libertadores também repassará um cheque no valor de 30 mil dólares que Giuliano irá doar para uma ONG brasileira. No dia seguinte à premiação, serão definidas as chaves da edição de 2011 da maior competição sul-americana.

Talismã colorado

Na campanha do bi da Libertadores, Giuliano foi um verdadeiro talismã. Mesmo reserva em boa parte dos jogos, o meia tornou-se fundamental, especialmente nas fases finais do torneio. O meia terminou como goleador colorado, com seis gols. Relembre os melhores momentos abaixo:

A estrela de Giuliano brilhou forte na Libertadores. Maior exemplo disso ocorreu nas esfumaçada Quilmes, na volta das quartas de final. O cronômetro marcava 42 minutos do segundo tempo e o Inter perdia por 2 a 0 para o Estudiantes. Naquele momento, o sonho do bi dizia adeus. Quando a torcida argentina já comemorava a classificação, Giuliano recebeu na entrada da área e tocou para o fundo das redes, assegurando o resultado que colocou o Colorado no caminho do São Paulo.

No entanto, o jogador já vinha se destacando desde o início da Libertadores. Apenas na primeira fase, ele marcou dois gols, que se mostraram decisivos. Ambos ocorreram contra o Deportivo Quito. O primeiro ocorreu na segunda rodada, nas alturas da capital do Equador. A equipe colorada, ainda comandada por Jorge Fossati, levava pressão do adversário e já era derrotado por 1 a 0. Pouco antes do segundo tempo, Giuliano salvou o time. O segundo encontro foi bem mais fácil. O Inter vencia por 2 a 0 até os acréscimos, quando Giuliano balançou as redes. O gol, que decretou a goleada, alterou o caminho colorado para o restante da competição. Ao invés de enfrentar o Cruzeiro, o clube teve pela frente o Banfield.

Depois de calar milhares de argentinos, o Inter parou por dois meses, para o recesso da Copa do Mundo. Na volta, reencontrou um velho conhecido, o São Paulo, pelas semifinais. Fechadinho e bem postado em campo, o tricolor paulista pareceu que veio ao Beira-Rio apenas para se defender. criou dificuldades para o Inter no Beira-Rio, no jogo de ida. Parou quase todo mundo, menos um. Aos 22 do segundo tempo, ele recebeu na entrada da área, virou e marcou o gol que acabou sendo decisivo para a passagem à decisão.

Nas finais, é claro, a história não foi diferente. Giuliano empatou o jogo de ida contra o Chivas, em Guadalajara – para depois Bolívar virar e, em Porto Alegre, fechou a sua participação na Libertadores com um golaço, aos 43. Sob os olhos de Pelé, que assistiu a partida no camarote do estádio, ele driblou dois mexicanos e tocou por cima do goleiro, marcando o último gol do Inter, bicampeão, na Libertadores 2010.