Inter tem pela frente mais um um adversário indigesto

Depois de todo o sofrimento do jogo contra o Red Bull Bragantino, em que conquistou uma vitória suada por 2 a 1, o Inter novamente se depara com uma equipe em franca ascensão. No último domingo, o time do interior paulista era o vice-líder do returno, com 25 pontos. Nesta quinta, o adversário é o Athletico-PR, que está em terceiro lugar nesta classificação simbólica, com 26 pontos conquistados na segunda metade do Brasileirão, atrás apenas do Atlético Mineiro, com 28, e do próprio Inter, com 30. Para efeito de comparação, o Furacão foi o 17º do primeiro turno, virando a metade do campeonato dentro da zona do rebaixamento.

Além do bom momento, enfrentar o Athletico-PR como visitante significa mais um percalço: ter que lidar com o gramado sintético da Arena da Baixada. “Sabemos que vamos ter que correr bastante novamente. É um campo diferente, o jogo fica mais rápido, uma equipe muito jovem, que vem vencendo há algum tempo também. Vamos ter que nos preparar muito bem e, além disso, nos adaptar ao campo. Vai ser um jogo extremamente complicado, não à toa eles vêm bem nos últimos jogos”, preocupa-se o técnico Abel Braga.

Nas últimas oito rodadas, o Furacão somou cinco vitórias, dois empates e apenas uma derrota. Nesta série, marcou 11 gols e sofreu apenas três. Um destes triunfos foi muito positivo para o Inter, quando a equipe paranaense derrotou o Flamengo pela 31ª rodada, no mesmo dia do GreNal. Com a boa sequência, o time garantiu permanência na Série A com antecedência e nesta reta final tentará se aproximar do G6, que deverá virar G-8.

Não bastassem as questões técnicas pontuais, o histórico do confronto é desagradável para os colorados. No último encontro dentro da casa do Athletico pelo Brasileirão, em julho de 2019, o Inter perdeu por 1 a 0, mesmo resultado do jogo de ida da final da Copa do Brasil daquele ano, em setembro – que foi seguida por uma derrota catastrófica no Beira-Rio. Em 2013, o Inter também foi eliminado pelo Furacão na Copa do Brasil, assim como na Seletiva da Libertadores de 1999. Ao todo, o confronto é historicamente equilibrado, com leve vantagem colorada: 61 jogos, com 22 vitórias dos gaúchos, 20 dos paranaenses e 19 empates.

De resto, cabe a Abel e aos jogadores, além de estudarem o adversário, conterem a ansiedade enquanto o campeonato está cada vez mais perto do final. A ordem, mais uma vez, é pensar única e exclusivamente na partida de Curitiba. “São 90 minutos para dar a vida”, definiu Marcelo Lomba. “Temos um grupo muito focado, concentrado. Claro que temos noção de onde estamos, temos a dimensão disso, mas estamos com os pés no chão para saber que isso é fruto de muito trabalho, e não há outro pensamento a não ser no próximo jogo”, garante o goleiro.

Sob forte calor, o time começou ontem a preparação para o jogo de quinta. Lindoso será o substituto de Rodrigo Dourado, que tomou o terceiro cartão amarelo. No lado direito, Abel Braga deixou em aberto uma disputa de posição entre Caio Vidal e Marcos Guilherme.