Número de sócios do Inter cai para menos de 100 mil
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Número de sócios do Inter cai para menos de 100 mil

Clube chegou a ter 126 mil associados em 2019, mas hoje, os números estão em 96 mil e com uma inadimplência de 19%

Fabrício Falkowski

Inter ainda não confirma final no Beira-Rio

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Era setembro de 2019. O Inter se preparava para disputar – e perder – a final da Copa do Brasil contra o Athletico-PR quando os dirigentes anunciaram um novo recorde. O quadro social colorado acabara de chegar a 126 mil associados. De lá para cá, porém, muitos sócios, afastados do Beira-Rio pela pandemia e insatisfeitos com o rendimento do time em campo, deixaram de pagar suas mensalidades. No momento, o quadro social do Inter tem 96 mil associados (com 19% de inadimplência), o que também é uma marca histórica. Desta vez negativa.

Os números do Portal da Transparência mantido pelo clube na internet estão desatualizados. Há dados disponíveis somente entre julho de 2020, quando havia 118,9 mil associados (com inadimplência de 24,6%) e março de 2021, quando o quadro social já emagrecia e apresentava somente 102,4 mil colorados (com uma inadimplência na casa dos 21,7%).

O número é especialmente trágico do ponto de vista financeiro, principalmente para uma diretoria que, durante a campanha, incluiu a meta de chegar a 200 mil associados como uma de suas bandeiras principais. A ideia era, e ainda é, oferecer planos para colorados que não são tão assíduos ao Beira-Rio em dias de jogos, mas podem pagar uma mensalidade de cerca de R$ 25 em troca de experiências, relacionamento com o clube e conteúdos dirigidos. Uma nova categoria social nesses moldes deve ser lançada, mas ainda não há data para isso.

Já se passaram seis meses desde que Alessandro Barcellos e sua diretoria assumiram o comando do clube. A meta, de acordo com entrevistas concedidas pelo Barcellos candidato, era chegar a 200 mil associados em dezembro de 2022. Porém, em reunião do Conselho Deliberativo realizado há duas semanas, o CEO do Inter, Giovane Zanardo, apresentou o final de 2023 como prazo para atingir a meta. Para tanto, o setor de marketing do clube anunciou a criação de “uma cultura de máquina comercial, onde tenhamos uma postura ativa na busca incessante de trazer o nosso torcedor para se associar”, conforme mostra uma das lâminas apresentadas na reunião.

“Vivemos um período complicado. Muitas famílias perderam renda e, neste momento, o nosso estádio, que ainda é a principal atração que oferecemos aos associados, está fechado, sem perspectiva de receber público no curto prazo. Acreditamos que os torcedores voltarão ao estádio, mas é impossível saber quando. De qualquer forma, o Inter está se preparando para quando isso ocorrer”, enfatiza o vice-presidente de patrimônio e administração, Victor Grunberg.

Em resumo, um a cada cinco colorados que pagaram suas mensalidades em 2019 não está mais pagando. A diminuição do quadro social, que não é exclusividade do Inter, mas um problema que atinge todos os principais times do Brasil, tem como principal repercussão a queda das receitas. Antes da pandemia, os associados representavam quase um quarto das receitas totais no clube em um ano. Agora, a participação dos associados mostra queda.

Receitas oriundas do quadro social nos quatro primeiros meses do ano (JAN-ABR):

Realizado 2019 - - R$ 25,2 milhões
Realizado 2020 - - R$ 22,4 milhões
Orçado 2021 - - R$ 23,1 milhões
Realizado 2021 - - R$ 19,5 milhões

 


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