Papaléo prega a unidade na política do Inter e fala que “reforços estão dentro do clube”

O novo vice-presidente de futebol do Inter, Emilio Papaléo Zin, de 57 anos, foi apresentado no início da tarde desta quarta-feira e pregou foco no presente para fazer com que o Inter embale no Brasileiro e afaste de vezes a irregularidade que marca a temporada do time. Durante 30 minutos, Papaléo comentou em diversas oportunidades a união de todos os Colorados para que o momento seja superado e que a equipe siga desempenhando o futebol do último domingo.

“O Inter precisa fundamentalmente de união. Não estamos aqui como representante de movimentos políticos, mas como colorados. Precisamos nos unir em torno de objetivos comuns. A história nos mostra que o clube foi exitoso quando esteve unido, então temos de focar nisso. Proteger e blindar os jogadores. Dar condições para que eles possam jogar futebol sem interferências internas e tenham a tranquilidade de fazer aquilo que o treinador propõe”, revelou Papaléo sobre o papel que irá desempenhar no cargo.

Como irá dividir o trabalho no Inter com a vida profissional, o novo vice terá o auxílio do presidente Alessandro Barcellos nas funções do futebol. Durante a coletiva de imprensa, ele assegurou que não há nenhuma movimentação do departamento para contratações ou saída de jogadores. Negou ainda que o Colorado tenha recebido propostas por Yuri Alberto e destacou que o clube só contratará no caso de uma necessidade urgente ou de oportunidades favoráveis no mercado.

Papaléo destacou a contratação de Bruno Méndez, que julga que será um dos líderes do grupo, e dos retornos dos lesionados como Saravia, Boschilia e Guerrero como os reforços que o técnico Diego Aguirre ganhou recentemente.

“Os reforços estão dentro do Inter e são com eles que vamos contar. Se o Conselho de Gestão, departamento de futebol e comissão técnica chegarem à conclusão de que há a necessidade pontual, aqui e ali, de algum reforço, nós traremos. (…) Não é segredo para ninguém que o clube tem dificuldades financeiras e estamos tentando superá-las. Sou otimista em relação a isso, mas o cenário é de muita cautela, muita tranquilidade, focar no presente e o nosso campeonato sempre é o próximo jogo”, ressaltou.

Coordenador técnico 

O vice de futebol descartou que tenha ocorrido dificuldades de relacionamento entre os jogadores e a direção e garantiu um ambiente tranquilo no vestiário. Ele ainda comentou sobre a necessidade de um coordenador técnico, uma promessa de campanha da atual gestão.

“O departamento de futebol hoje está muito diferente de quando eu atuei há 10 anos. Hoje existem tantas especifidades, como fisiológicas, médicas, psicológicas, mercadológicas, a própria ciência de dados, que evoluiu muito… Então, essas atribuições típicas de um coordenador técnico estão sendo exercidas pelos profissionais do clube. O que precisamos avaliar se é efetivamente necessário e viável a contratação de uma pessoa que reúna todos esses elementos. Para isso, vamos observar como se comporta a equipe daqui para a frente e com uma reflexão conjunta com a presidência e o conselho se vamos contratar ou não. Não temos pressa”, declarou.

Papaléo ainda garantiu que não tem nenhuma pretensão de se lançar candidato a presidência do clube, uma tradição no Inter.