Previsão financeira do Inter fica cada vez mais grave
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Previsão financeira do Inter fica cada vez mais grave

Clube estima ter capacidade para resistir à crise no máximo até o início de setembro

Fabrício Falkowski

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Nenhum dos principais dirigentes esboçou qualquer tentativa de diminuir a importância ou o alcance da crise financeira do clube. Pelo contrário, o presidente Marcelo Medeiros faz questão de expor os efeitos da paralisação do futebol nos cofres do clube, inclusive como forma de convocar a torcida para ajudar a superar essas dificuldades. Porém, a situação é cada vez mais grave, ao ponto de colocar em risco o funcionamento da instituição já nos próximos meses. Segundo algumas previsões, o Inter tem capacidade para resistir até, no máximo, o começo de setembro.

O Inter fechou o primeiro trimestre, ainda sem os efeitos da pandemia, com R$ 34 milhões de déficit. A tendência era recuperar o valor nos outros meses do ano, mas a falta do futebol fez cessar as principais receitas do clube, como os direitos de televisionamento e as premiações por participação nas fases da Libertadores e do Campeonato Gaúcho.

“Temos fôlego para suportar até final de agosto ou início de setembro. Mas precisamos da ajuda dos associados. Até por isso, lançamos essa nova campanha para diminuir a inadimplência e buscar novos sócios”, afirmou Medeiros nesta semana, citando o plano que prevê recompensar os associados, inclusive com a eternização do nome em um monumento a ser construído no pátio do estádio Beira-Rio.

As medidas de contenção de despesas atingiram todos os setores do clube e não pouparam o futebol. Os jogadores aceitaram uma redução salarial e prorrogaram o recebimento de três meses dos seus direitos de imagem para o ano que vem. Além disso, os homens do futebol não deverão fazer novas contratações. A prioridade é manter o atual grupo, buscando nas categorias de base alguma peça que possa faltar. Por isso, algumas renovações de contrato foram antecipadas, como as de Rodrigo Lindoso, Dourado, Thiago Galhardo e Uendel.

“Não temos qualquer informação sobre a volta das competições. E eu entendo que os times, em geral, trabalharão com os grupos que começaram o ano. Por isso, a gente está trabalhando para manter o grupo, que a gente acha que é bom. Estamos trabalhando para manter esse grupo forte, agregando mais alguns jogadores da base”, afirma Medeiros, que finaliza: “O cenário não permite contratações. Contratar, neste cenário, seria loucura”.

Nos primeiros dias após a paralisação do futebol, o Inter previu três cenários e preparou o clube para enfrentá-los. O problema é que o mais cruel, que previa uma parada de 90 dias das competições e uma quebra de receita de R$ 100 milhões, se esgota em duas semanas. Depois disso, os dirigentes precisarão rever o planejamento, além de fazer novos cortes de gastos.


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