Jogos Olímpicos de Tóquio se mantêm, apesar da situação de emergência, insistem organizadores

Jogos Olímpicos de Tóquio se mantêm, apesar da situação de emergência, insistem organizadores

Em comunicado, responsáveis afirmaram que medida anunciada na quinta-feira é uma oportunidade para controlar a situação da Covid-19

AFP e Correio do Povo

Evento deve começar em 23 de junho

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Os organizadores dos Jogos Olímpicos de Tóquio insistiram, nesta sexta-feira, que o evento esportivo adiado pela pandemia será realizado no próximo verão, conforme planejado e apesar do governo japonês ter declarado estado de emergência. "Esta declaração de emergência oferece uma oportunidade para controlar a situação da Covid-19 e conseguir que Tóquio 2020 planeje Jogos seguros para este verão. Em consequência, daremos continuidade aos preparativos necessários", disseram os responsáveis em um comunicado, garantindo que não haverá um novo adiamento das Olimpíadas, que devem começar em 23 de julho.

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O membro do Comitê Olímpico Internacional, Dick Pound, declarou ontem à rede BBC que não poderia "ter certeza" de que os Jogos aconteceriam segundo o planejado, porque as "ondas" de contágio da Covid-19 são uma incógnita. Ontem, o primeiro-ministro Yoshihide Suga anunciou a medida por um mês na área metropolitana da capital japonesa a partir de sexta-feira, devido a um aumento de casos de coronavírus. Ele afirmou que o Japão se comprometeu a organizar Jogos Olímpicos "seguros" e disse estar convencido de que a opinião pública mudará de opinião quando as campanhas de vacinação começarem.

Tóquio relatou um recorde de 2.447 casos na quinta-feira, um aumento de 50% em relação ao dia anterior – enquanto o número de infecções no Japão subiu para mais de 7.500, também um recorde histórico. Embora o país tenha se saído melhor do que muitos outros, 3.900 mortes de Covid-19, não se espera começar a vacinar os profissionais de saúde da linha de frente até o final de fevereiro, no mínimo, com idosos e outras pessoas vulneráveis na sequência. A exigência de realizar testes clínicos domésticos e um histórico de hesitação da vacina entre o público significa que as autoridades terão muito pouco tempo para imunizar um número significativo de pessoas no momento em que os Jogos começarem, em pouco mais de seis meses.

Fechamento antecipado de bares e restaurantes

Desde novembro o país sofre uma terceira onda muito mais severa do que as duas primeiras. Cerca de 7.500 novos casos positivos foram registrados na quinta-feira em nível nacional, incluindo cerca de 2.500 em Tóquio, o que representa dois novos recordes. O agravamento da pandemia aumenta a desconfiança popular em relação aos Jogos Olímpicos.

Nos últimos meses, várias pesquisas apontaram que a maioria dos japoneses é a favor de um novo adiamento dos Jogos, ou mesmo de um cancelamento, devido ao coronavírus. Após o anúncio do estado de emergência, vários especialistas médicos indicaram que as medidas adotadas terão efeitos muito limitados. Os restaurantes e bares deverão parar de servir bebidas alcoólicas a partir das 19h e fechar as portas às 20h. Os cidadãos são aconselhados a evitar sair de casa, a não ser em casos de força maior, durante a noite, e as empresas são incentivadas a favorecer o teletrabalho. As escolas seguirão abertas.

Prioridade para a vacinação

No início da semana, o próprio Dick Pound declarou que os atletas deveriam ter prioridade na vacinação para garantir a disputa dos Jogos. "É uma decisão que cada país deve tomar", disse o responsável canadense à Sky Sports na quarta-feira. "Alguns dirão que eles devem entrar na fila, mas acho que é a maneira mais realista de seguir em frente", apontou.

O presidente do COI, Thomas Bach, garantiu, por sua vez, que a organização "fará grandes esforços" para garantir que o máximo de participantes e espectadores sejam vacinados antes dos Jogos. Antes mesmo do anúncio das vacinas, os organizadores divulgaram um pacote de medidas antivírus que, segundo eles, permitirão que o evento aconteça mesmo que a pandemia ainda não tenha sido controlada. Se os Jogos finalmente forem disputados, ficarão entre os mais caros da história: cerca de 16 bilhões de dólares, um orçamento ampliado devido ao adiamento e às medidas sanitárias.


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