Milwaukee Bucks se recusa a jogar em protesto a novo caso de violência policial
Equipe de Wisconsin, estado onde Jakob Blake foi atingido por policiais, não entrou em quadra para partida contra Orlando Magic
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Três dias depois de Jakob Blake, um homem negro ter sido baleado pelas costas por policiais americanos, o Milwaukee Bucks decidiu protestar e não entrar em quadra nesta quarta-feira, pela primeira rodada dos playoffs da NBA. O homem, de 29 anos, foi atingido em Kenosha, no estado de Wisconsin, em que o time é baseado.
Os Bucks enfrentariam o Orlando Magic pelo jogo 5, da série melhor-de-sete jogos, na primeira rodada da fase final do campeonato mais importante de basquete do mundo. A liga, que aderiu à campanha “Black Lives Matter” (vidas negras importam, em inglês), em razão da morte de George Floyd, ainda não anunciou qual será a sua posição esportiva.
“Nós não deveríamos ter vindo para essa droga de lugar para ser honesto. Vir aqui apenas tirou o foco dos reais problemas. Mas estamos aqui. Definitivamente, quando tudo se resolver, as coisas precisam mudar”, disse o armador George Hill, em entrevista coletiva, ainda antes do protesto desta quarta.
Jogadores do Magic ainda chegaram a entrar em quadra para o aquecimento, mas a 3 minutos e 14 segundos para a bola subir, veio a confirmação de que os Bucks ficariam no vestiário. O time de Milwaukee lidera a série por 3 a 1, na “bolha” em que a NBA criou no complexo da Disney, para realizar a parte final da temporada.
Blake foi atingido no último domingo por policiais, que disseram estar atendendo a uma ocorrência doméstica. Em imagens obtidas, é possível ver o homem entrando em seu carro, quando um dos policiais o persegue e começa a atirar. Ele foi levado para o hospital em estado grave.