MPF recomenda suspensão da desestatização do legado olímpico

MPF recomenda suspensão da desestatização do legado olímpico

Relatório apontou irregularidades no processo

Agência Brasil

MPF recomendou suspensão da desestatização do legado olímpico

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O Ministério Público Federal (MPF) recomendou ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) que suspenda o processo de desestatização da gestão do legado olímpico. Segundo o MPF, foram constatadas irregularidades no processo.

A Autoridade de Governança do Legado Olímpico (AGLO) foi criada depois dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 para gerir as arenas usadas na competição que ficaram sob a gestão do governo federal. Entre elas, estão os estádios do Parque Olímpico da Barra (como o Velódromo) e do Centro Olímpico de Deodoro (como o Centro Nacional de Tiro).

Também é responsabilidade da Autoridade de Governança garantir o uso das arenas, por meio de convênios com federações para treinamento e da realização de competições esportivas e de eventos.

O processo de desestatização foi iniciado no primeiro semestre do ano passado, quando o governo federal celebrou um contrato de R$ 16 milhões com o BNDES para preparar a concessão à iniciativa privada das arenas do Parque Olímpico da Barra: Arenas Cariocas 1 e 2, Velódromo e o Centro Olímpico de Tênis.

O MPF, no entanto, questiona o processo e diz que não foram realizados estudos prévios pela Autoridade de Governança. Além disso, os procuradores da República questionam falta de pessoal para exercer tanto a administração das arenas quanto a realização de estudos que estabeleçam um modelo de participação do setor privado.

“Na AGLO, há cargos com dedicação exclusiva, com competências relacionadas ao desenvolvimento de estudos técnico-econômicos das instalações olímpicas e paraolímpicas, para estabelecer o modelo de gestão sustentável ou de participação do setor privado, conforme as atribuições da autarquia”, diz a nota. O BNDES, por outro lado, segundo o MPF, teria uma equipe menor e sem dedicação exclusiva para tratar do legado olímpico.

Em dezembro do ano passado, o Ministério Público já havia enviado um ofício a autoridades federais apontando irregularidades no processo de desestatização, como os vícios e superfaturamentos nas obras de construção das arenas.

Para o MPF, os 1,5 mil vícios encontrados nas obras seriam transferidos para novas contratações, com novos gastos de dinheiro público, em vez das autoridades federais exigirem a correção desses vícios pelas empreiteiras contratadas originalmente.

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