Naomi Osaka abandona Roland Garros após conflito com a organização

Naomi Osaka abandona Roland Garros após conflito com a organização

Japonesa, atual número 2 do mundo, se recusou a participar de coletivas de imprensa do torneio

AFP

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A tenista japonesa Naomi Osaka, número 2 do mundo, envolvida em uma briga com os organizadores de Roland Garros por se recusar a participar de coletivas de imprensa, anunciou nesta segunda-feira que abandona o Grand Slam. "O melhor para o torneio, para os outros jogadores e para o meu bem-estar é a minha saída (do torneio) para que cada um volte a se concentrar no tênis", escreveu a japonesa no Twitter.

No domingo, os organizadores do torneio francês decidiram multar a número 2 do ranking da WTA em 15 mil dólares por ter se recusado a comparecer à coletiva de imprensa, ameaçando-a inclusive de exclusão, caso insistisse em sua posição.

"Naomi Osaka escolheu hoje (domingo) não cumprir suas obrigações contratuais com a imprensa. Roland Garros aplicou uma multa de 15 mil dólares a ela (...) Avisamos a Naomi Osaka que se continuar a rejeitar suas obrigações com a mídia durante o torneio, poderá sofrer sanções mais duras, incluindo a exclusão do torneio", destacou a organização do evento disputado em Paris.

Osaka anunciou na quarta-feira passada sua intenção de não participar das entrevistas coletivas em Roland Garros para proteger sua saúde mental.

"Se as autoridades pensam que podem simplesmente continuar a nos dizer 'Vá para a conferência ou você será multada' e ignorar a saúde mental dos atletas que são a peça central, então eu prefiro rir disso", afirmou a tenista nas redes sociais.

O treinador da japonesa afirmou nesta segunda que ela usa sua posição de destaque no tênis para forçar uma mudança no esporte. "Naomi tem a possibilidade de usar seu status para resolver problemas", disse Wim Fissette, técnico belga de Osaka, à revista alemã Der Spiegel.

De acordo com Fissette, Osaka "sabe que é importante falar com a imprensa" e ela não boicota a mídia "por conta própria", mas sim "se preocupa com as questões fundamentais, ela quer trazer mudanças". "Nos Estados Unidos, os atletas querem mais liberdade nas relações com a imprensa. Portanto, eles simplesmente não são imediatamente ameaçados com uma sanção se não se sentirem bem em um determinado dia", destacou.

Depois de derrotar a romena Patricia Maria Tig (63º) por 6-4, 7-6 (7/4) no domingo, Osaka deveria enfrentar a romena Ana Bogdan (102º) na quarta-feira pela segunda rodada de Roland Garros.


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