"No que depender de nós, a Fórmula 1 vai permanecer em São Paulo por mais 10 anos", diz Doria

"No que depender de nós, a Fórmula 1 vai permanecer em São Paulo por mais 10 anos", diz Doria

Governador de São Paulo anunciou reunião em dezembro para discutir a questão

AE

Modalide segue em negociação com o Rio de Janeiro, que tenta retomar a categoria

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O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou neste domingo, momentos antes da largada do Grande Prêmio do Brasil, que terá nova reunião com a Liberty Media,  com o objetivo de renovar o contrato da capital paulista com a Fórmula 1. O encontro vai ocorrer no início de dezembro e busca estender o vínculo por 10 anos, entre 2021 e 2030. Na entrevista coletiva concedida no autódromo de Interlagos, em São Paulo, ele esteve ao lado do atual chefão da mais popular modalidade de automobilismo do mundo, o norte-americano Chase Carey; do ex-piloto escocês Jackie Stewart; do promotor do GP brasileiro, Tamas Rohonyi; e de secretários estaduais e municipais, que representaram o prefeito Bruno Covas (PSDB).

"Na primeira semana de dezembro, nós vamos nos reunir com a Liberty Media e com Chase Carey para discutir o novo contrato", disse Doria, que fez o anúncio momentos antes do norte-americano entrar na sala para participar da mesma coletiva. "No que depender de nós, a Fórmula 1 vai permanecer em São Paulo por mais 10 anos". O governador garantiu que tem proposta para oferecer à Liberty Media, porém não apontou detalhes. 

O GP do Brasil não pagou nos últimos anos a chamada "promoter fee", taxa cobrada pela F-1 para que uma cidade possa sediar a corrida. Neste domingo, o Estado revelou que São Paulo tenta reunir US$ 20 milhões (cerca de R$ 84 milhões) por ano para oferecer aos novos donos da categoria. Doria espera buscar financiamento na iniciativa privada, junto com o prefeito Bruno Covas, para chegar ao valor. "Vamos liderar este processo para buscar o 'funding' no setor privado", disse Doria, que se mostrou otimista na negociação. Ele disse que um acerto seria possível ainda neste ano. A F-1, contudo, tem como prazo final o mês de agosto de 2020.

"Estávamos até agora preocupados em fechar o calendário de 2020. Agora vamos pensar em 2021", disse Carey, que reiterou a importância do Brasil para a F-1. "Não podemos falar sobre as negociações no momento, são informações confidenciais. Vamos algum os anúncios quando chegarmos a um acordo. O que temos que fazer agora é termos discussões privadas com nossos parceiros. Com certeza nosso objetivo é continuar aqui no Brasil por muito tempo".
Carey garantiu também que segue em negociação com o Rio de Janeiro, que tenta retomar a categoria. A iniciativa carioca é liderada pelo consórcio Rio Motorsports, que venceu licitação para construir um novo circuito na cidade, no bairro de Deodoro.

O chefão da F-1 disse ainda que as negociações levarão em conta em outros aspectos além do pagamento da "promoter fee". Porém, também evitou detalhes. A cidade de São Paulo, nesta disputa com o Rio de Janeiro, aposta no seu potencial de negócios e na importância do local para as diferentes empresas envolvida na categoria, como patrocinadores e montadoras e fornecedoras de motor no campeonato.

Na mesma coletiva, Doria e secretários municipais fizeram questão de destacar a segurança do GP. E citaram números e taxas de homicídio, em comparações com o Rio de Janeiro. "O grau de segurança, o tamanho turístico e a tradição confirmam esse entendimento e os investimentos feitos na cidade", disse Vinicius Lummertz, secretário estadual de Turismo.


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