Nuzman diz que investimento no esporte olímpico retrocedeu aos anos 1990
Cenário atual é de atletas de peso sem clubes e patrocínios
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"É um cenário mais difícil. O Brasil passou de 2002 a 2016 organizando grandes eventos, as origens de recursos eram diferentes. A partir de agora, a gente volta ao que era antes de Sydney-2000, com recursos menores", afirmou, admitindo a inexistência de um legado em investimento no esporte de alto rendimento no Brasil.
Realmente, o que se vê nesse momento no esporte brasileiro é um cenário desolador, com vários atletas de peso sem clubes e patrocínios, o que inclusive atingiu o COB após o País sediar os Jogos Pan-Americanos de 2007, os Jogos Militares de 2011 e a última edição da Olimpíada.
Além disso, modalidades importantes do Brasil passam por impasse administrativo, caso do basquete, que teve a sua confederação suspensa internacionalmente, e dos esportes aquáticos, que viu as eleições serem suspensas pela Justiça, que também afastou a atual diretoria.
Nuzman assegurou, porém, que o COB não está inerte diante desse cenário complicado do esporte brasileiro, garantindo que a entidade busca a ampliação dos investimentos. "Temos uma nova equipe na área comercial e apresentaremos novos projetos", comentou.
Tudo isso aconteceu após o Brasil não atingir a meta estipulada pelo COB para os Jogos do Rio, que era de ficar entre os dez primeiros colocados no quadro de medalhas. O País terminou apenas em 13º lugar, com sete ouros, seis pratas e seis bronzes, mas teve o desempenho defendido por Nuzman. O dirigente, porém, avisou que o comitê não tornará pública as futuras metas para os próximos eventos.
"Os números de finais foram os maiores na história, não se pode falar só das medalhas. Vou ficar devendo essa meta, será algo interno. Não vou falar para Tóquio", disse Nuzman.