Quarto dia em Tóquio tem avanço de surfistas brasileiros e medalha histórica de Rayssa Leal

Quarto dia em Tóquio tem avanço de surfistas brasileiros e medalha histórica de Rayssa Leal

Skatista de 13 anos se tornou medalhista mais jovem da história do Brasil; Medina e Ítalo Ferreira já estão entre os oito melhores no surfe


Vítor Figueiró

Com apenas 13 anos, Rayssa ficou com medalha de prata no Skate Street

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O Brasil viu a jovem Rayssa Leal, de apenas 13 anos, se tornar a medalhista mais jovem da história do país em Jogos Olímpicos nesta segunda-feira, no quarto dia de competições em Tóquio. Com desempenho brilhante, a skatista venceu a medalha de prata no skate street na primeira prova feminina da modalidade na história das Olímpiadas. Outra modalidade "novidade" em 2021, o surfe também contou com desempenho empolgante dos brasileiros, desta vez no masculino. Gabriel Medina e Ítalo Ferreira venceram seus duelos nas oitavas de final e já estão entre os oito melhores na competição. Em chaves opostas, o país pode ter uma dobradinha na decisão. No feminino, Silvana Lima também avançou.

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O resultado prateado de Rayssa Leal deixa o país com três medalhas - duas pratas e um bronze, e na 21ª colocação no quadro geral de medalhas. Com expectativa pelo trio brasileiro - Pâmela Rosa, Leticia Bufoni, e a própria "Fadinha", apelido de Rayssa, a final do skate street acabou tendo somente a jovem de 13 anos como única representante do país. Pâmela e Leticia tiveram dificuldades para encaixar as manobras e acabaram em 9° e 10° lugar apesar do favoritismo de um eventual pódio todo verde e amarelo. 

Sem sentir a pressão e carregando um sorriso no rosto a cada movimento, a "Fadinha", que avançou para a decisão sem dificuldades, travou um duelo de altíssimo nível com Mimiji Nishyija, do Japão, também de 13 anos. Rayssa teve apenas duas quedas significativas em todas suas tentativas e chegou a liderar a prova até a penúltima manobra. Na rodada final, Nishyija emplacou dois movimentos impressionantes e ultrapassou a brasileira. A japonesa somou 15,26 na final, à frente dos 14,64 da brasileira. Funa Nakayama, também do Japão, completou o pódio.

Surfistas do Brasil nas quartas do masculino

Assim como no skate, a estreia do surfe nas Olímpiadas vem sendo positiva para o Brasil. Entre os favoritos, Gabriel Medina e Ítalo Ferreira venceram seus duelos nas oitavas de final e estão entre os oito melhores da competição. Medina teve pela frente o australiano Julian Wilson, com quem já decidiu título mundial em 2018. Na bateria, um confronto digno de grandes surfistas. Com 14.33, o brasileiro triunfou sobre os 13.00 do adversário. A emoção ficou até o final da disputa. Nos últimos segundos, Wilson encaixou uma boa manobra e ambos deixaram a água aguardando com expectativa a nota do movimento do australiano, que acabou sendo insuficiente para ultrapassar o brasileiro.

Atual campeão mundial, Ítalo Ferreira - com mais tranquilidade - brilhou em sua bateria contra Billy Stairmand, da Nova Zelândia. Preciso desde a primeira onda, o brasileiro controlou e triunfou por 14.54 a 9.67. Os resultados dão ânimo aos brasileiros, que estão em chaves opostas e podem se enfrentar numa eventual final brasileira.

Na chave feminina, Silvana Lima também avançou para as quartas. Bastante experiente, a brasileira teve o total controle da bateria contra a portuguesa Teresa Bonvalot e, com o somatório de 12,17, superou a rival, que teve 7,50. Na próxima fase, Silvana terá pela frente ninguém menos do que a norte-americana Carissa Moore, tetracampeã mundial.

A gaúcha e uma das cotadas para medalha de ouro, Tatiana Weston-Webb, acabou sendo superada pela japonesa Amuro Tsuzuki por 10,33 a 9,00. Na disputa, a brasileira começou melhor, pegou boas ondas nos primeiros minutos. Porém, aos 15 minutos de disputa da bateria, a surfista da casa obteve a virada e a brasileira não conseguiu alcançá-la nos instantes finais. Outra "zebra" do surfe em Tóquio foi a derrotada da australiana Stephanie Gilmore, sete vezes campeã mundial, para a sul-africana Bianca Buitendag. A francesa Johanne Defay, que também disputa o circuito mundial, foi mais uma a cair, para a portuguesa Yolanda Hopkins.

Natação fica em 8° lugar nos 4x100m, mas Fernando Scheffer avança para final

O Brasil teve dois resultados frustrantes e um positivo nas provas da natação deste domingo em Tóquio. Guilherme Guido parou na semifinal dos 100m costas e o revezamento 4x100 metros livre foi o oitavo e último colocado na final. A boa notícia foi a classificação de Fernando Scheffer à final dos 200 metros livre.

No revezamento, o Brasil foi representado por Breno Correia, Pedro Spajari, Gabriel Santos e Marcelo Chierighini. Quase todos nadaram com tempos acima das prévias. O time nacional terminou a disputa com o tempo de 3min13s41, quase um segundo mais lento que nas eliminatórias: 3min12s59.

Fernando Scheffer avançou à final dos 200 metros livre com o oitavo melhor tempo das semifinais: 1min45s71. Curiosamente, registrou tempo pior em comparação às eliminatórias, quando anotou 1min45s05. Em sua bateria, ele chegou a liderar a disputa no começo, mas terminou em terceiro. A final será na noite de segunda-feira, pelo horário de Brasília. Já Guilherme Guido não conseguiu avançar nos 100 metros costas. Foi eliminado na semifinal, como aconteceu no Rio-2016. Ele foi o oitavo colocado em sua bateria, com 53s80.

Handebol sofre nova derrota e badminton celebra primeira vitória

Não foi dessa vez que a seleção masculina de handebol conheceu a sua primeira vitória em Tóquio 2020. Na noite deste domingo, já segunda no Japão, a equipe teve bons momentos, mas acabou superada pela frança por 34 a 29. A derrota é a segunda do time na Olimpíada. Dois dias atrás, a algoz foi a Noruega. Apesar dos dois resultados ruins, o Brasil tem mais três jogos e ainda sonha com a classificação. O próximo desafio é na manhã de quarta-feira contra a Espanha.

No badminton, a delegação brasileira celebrou seu primeiro triunfo nesta segunda-feira. Pelo masculino, Ygor Coelho estreou vencendo Georges Julian Paul, das Ilhas Maurício, por 2 a 0. No feminino, a brasileira Fabiana Silva estreou com derrota. Ela perdeu para a ucraniana Marija Ulitina por 2 sets a 0, com parciais de 21/14 e 22/20.

Taekwondo avança com Milena para a repescagem e judô para na estreia

No judô, com somente um representante nas categorias disputadas nesta noite, Eduardo Barbosa, no até 73kg, foi derrotado pelo francês Guillaume Chaine. O ippon que decidiu a luta contou com a participação da análise do vídeo para validar o golpe. 

No Taekwondo, o Brasil viu Ícaro Mgiuel parar nas oitavas de final sendo superado pelo italiano Simone Alessio. No feminino, Milena Titoneli venceu Al-Sadeq e chegou até as quartas na categoria até 67kg. No duelo com a croata Matela Jelic, a brasileira foi amplamente dominada e perdeu por 30 a 9. Agora, como sua adversária avançou até a final, Milena segue "viva" para tentar o bronze pela repescagem. Na esgrima, o esgrimista do Grêmio Náutico União, Guilherme Toldo, não conseguiu passar da primeira fase. Ele foi batido Toshiya Saitō, do Japão, por 10 a 15, num combate equilibrado.

Vôlei de praia 100% e brasileiro entre os 15 melhores no ciclismo

As brasileiras Ana Patricia e Rebecca venceram as quenianas Makokha e Khadambi por 2 sets a 0 (21-15; 21-9) na estreia no vôlei de praia em Tóquio 2020. Com o resultado, o Brasil fecha a primeira rodada do vôlei de praia com duas vitórias no feminino. Na chave masculina, as duplas brasileiras também estrearam com duas vitórias.

Representando o Brasil, Henrique Avancini chegou a sonhar com a medalha no mountain bike na categoria cross-country. O brasileiro liderou a prova após 15 minutos de começo e acompanhou o pelotão da frente durante bom período, até que começou a perder intensidade e encerrou em 13°. Mesmo assim, este é o melhor resultado da história do país nessa categoria. O ouro ficou com o britânico Thomas Pidcock, que fez uma corrida exemplar. A prata foi do suíço Mathias Flueckiger e o bronze do espanhol David Valero Serrano. Outro brasileiro na prova, Luiz Cocuzzi chegou em 27°. 

Mais um resultado valoroso veio do triatlo. Primeiro brasileiro a competir neste quarto dia de provas em Tóquio, Manoel Messias terminou a prova em 28º lugar. O cearense de 24 anos começou mal, mas se destacou na corrida, impondo forte reação na reta final, em que chegou a ocupar o último lugar.

Messias completou a prova, que reúne natação, ciclismo e corrida, em 1h48min11s, a 3min07s do medalhista de ouro, o norueguês Kristian Blummenfelt, que terminou em 1h45min04s. O britânico Alex Yee faturou a prata (1h45min15s), enquanto o neozelandês Hayden Wilde (1h45min24s) conquistou o bronze.

Em mais um dia de competição na vela, Robert Scheidt teve bom desempenho e está em oitavo lugar geral na classe Laser após três regatas, com 25 pontos perdidos. O bicampeão olímpico acumulou um décimo e um quarto lugar nas disputas do dia em Enoshima. O primeiro colocado é o finlandês Kaarle Tapper, que perdeu 19.

Peaty confirma favoritismo e Ledecky perde

Os principais destaques internacionais deste dia vieram das psicinas. A americana Katie Ledecky foi superada nos 400 metros livre pela australiana Ariarne Titmus, que marcou 3min56s69. Ledecky precisou se contentar com a prata pela primeira vez em sua carreira em uma prova individual em Olimpíadas, com 3min57s36. A chinesa Bingjie Li levou o bronze, com 4min01s08. Com cinco medalhas de ouro no currículo, ela nunca havia sido batida numa disputa individual desde Londres-2012, quando disputou apenas uma individual e foi ouro. No Rio-2016, foram mais quatro ouros, sendo três em provas solo e uma em revezamento. Ledecky vinha sendo hegemônica nos 400m, 800m e 1.500m tanto em Olimpíadas quanto em Mundiais desde 2012, quando surgiu com força na capital britânica.

O britânico Adam Peaty se sagrou bicampeão olímpico nos 100 metros peito ao vencer a prova com o tempo de 57s37. Dominante neste estilo nos últimos anos, ele é o atual recordista olímpico e mundial. A prata ficou com o holandês Arno Kamminga (58s00) e o italiano Nicolo Martinenghi (58s33) levou o bronze.


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