Ana Marcela leva ouro na maratona aquática e Brasil se aproxima de recorde de medalhas no 12° dia

Ana Marcela leva ouro na maratona aquática e Brasil se aproxima de recorde de medalhas no 12° dia

Em prova espetacular, nadadora brasileira se tornou a primeira campeã olímpica da modalidade e garantiu 15° pódio ao país em Tóquio


Correio do Povo

Em prova espetacular, brasileira conquistou a medalha de ouro na Maratona Aquática

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As braçadas incansáveis de Ana Marcela Cunha abriram caminho para o Brasil já vibrar com a medalha de ouro na abertura das disputas desta quarta-feira, o 12° dia dos Jogos Olímpicos. Ela venceu e dominou a maratona aquática da Tóquio 2020, fazendo história como a primeira nadadora brasileira campeã olímpica.

No último quilômetro de nado, Ana assumiu a ponta e abriu mais de um corpo de vantagem, nadando com velocidade e sem deixar a holandesa Sharon van Rouwendaal e a australiana Kareena Lee se aproximarem. Com a medalha no peito, enfatizou o discurso pela representatividade: "Mulher pode ser o que quiser, onde quiser e na hora que quiser!". 

Esse resultado deixa o país na 15ª colocação, com quatro ouros, três pratas e oito bronzes. Ao todo, o país subiu 15 vezes ao pódio e está próximo do recorde de 19 medalhas conquistadas na Rio-2016. Existem ainda duas medalhas no boxe e a do futebol masculino já confirmadas, mas que esperam a definição da cor, e claro, perspectivas de novas vitórias em modalidades como o vôlei feminino e masculino de quadra e Isaquias Queiroz na canoagem.

Vôlei de praia sem medalha pela primeira vez

Depois da festa, uma frustração para temperar a jornada. Alison e Álvaro foram os últimos derrubados da jornada historicamente ruim do vôlei de praia no Japão. Com a derrota da dupla masculina para a Letônia, que já havia derrotado Evandro e Bruno Schmidt, o Brasil ficou pela primeira vez sem pódio na modalidade

Todas as quatro duplas, no masculino e no feminino, não conseguiram chegar até a fase de semifinais.

Brasileiros para nas semis do atletismo

No Estádio Olímpico de Tóquio, o show da competição ficou a cargo de Sydney McLaughlin. A corredora fez uma arrancada fulminante nos 400m com barreira e bateu o recorde mundial para faturar o ouro, num duelo frenético com a compatriota Dalilha Muhammad.

Os brasileiros não avançaram à final dos 110m com barreiras, mas tiveram o gosto de disputar contra as grandes estrelas da modalidade ao chegarem nas semifinais. Gustavo Constantino e Rafael Pereira fecharam ambos entre os 30 melhores da competição. Grant Holloway foi o principal destaque, entrando como líder na final para os EUA.

Felipe do Santos começa bem o decatlo

A melhor performance nacional foi no decatlo, a prova do atleta mais completo dos Jogos. Felipe dos Santos foi consistente nas três modalidades disputadas no dia. Foi quinto nos 100m,  marcou 7,38 metros no salto em distância e vibrou com seu arremesso de 14,13 metros no lançamento de peso. No fim da rotação, estava em nono lugar, próximo da pontuação dos líderes. 

Mais cedo pela manhã, ele marcou saltou 2.02m na prova em altura e segue entre os líderes na décima colocação da prova.

Skate parque feminino dominado pelo Japão

Dora Varella e Yndiara Asp cumpriram o objetivo de chegarem à final do skate park feminino. Na decisão, acertaram uma boa primeira volta, mas caíram ao buscar manobras de risco e ficaram fora do pódio. 

A japonesa Sakura Yosozumi dominou a prova e levou o ouro, em dobradinha com a compatriota Kokona Hiraki, seguidas da britânica Sky Brown.

Dupla gaúcha da vela encerra em 9° lugar

As gaúchas Fernanda Oliveira e Ana Barbachan, do Clube Jangadeiros, encerraram sua participação nos Jogos Olímpicos de Tóquio em 9° lugar na classificação geral. Precisando de uma combinação de resultados para sonhar com o bronze na classe 470 da vela, a dupla encerrou a regata da medalha na madrugada desta quarta-feira na 10ª e última colocação. O ouro ficou com a Grã-Bretanha, a prata com a Polônia e o bronze com a França.

Fernanda e Ana chegaram a prova decisiva já cientes de que para chegar ao pódio na terceira colocação seria necessário vencer a medal race e secar as rivais Polônia e França. Sem muitas reviravoltas na prova, as velajadoras não conseguiram se aproximar do pelotão da frente e passaram a maior parte do percurso atrás das cinco primeiras posições. 

Ingrid Oliveira é eliminada nos saltos ornamentais

A fase de classificação dos saltos ornamentais, na plataforma de 10 metros, garantia nas semifinais as 18 melhores atletas ao final de cinco saltos. Durante quase toda a prova, ao longo de quatro saltos, a brasileira Ingrid Oliveira esteve na zona de classificação, oscilando entre a 7ª e a 14ª colocação.

No entanto, uma nota ruim no último salto comprometeu toda a apresentação, a brasileira caiu para o 24º lugar e foi eliminada. As semifinais acontecem ainda hoje, a partir das 22h. As 12 melhores garantem um lugar na final, algumas horas depois, a partir das 3h.

Equipe retirada pela Covid-19

Cinco integrantes da equipe da Grécia de nado artístico testaram positivo para Covid-19, e com este resultado pelo menos 12 pessoas da delegação foram retiradas da Vila Olímpica para ficarem em isolamento, informaram os organizadores dos Jogos de Tóquio.

"Entre as sete pessoas cujo teste foi negativo, algumas já foram identificadas como casos de contato, enquanto outras ainda são objeto de análise. Diante dessa situação, foi proposto (ao Comitê Olímpico grego) transferi-las imediatamente (. ..) e as sete pessoas deixaram a vila olímpica (...) ontem", indicou o comunicado da organização dos Jogos Olímpicos na capital japonesa.

Mansur fica em 16° lugar no salto do hipismo

O brasileiro Yuri Mansur teve nesta quarta-feira um desempenho regular na final do salto individual do hipismo em Tóquio 2020 e ficará sem medalhas na modalidade. Com tempo de 87.27, após cometer duas faltas, o brasileiro já não tem chances depois de ver outros quatro concorrentes terminarem o percurso sem penalidades e encerra sua participação no 16° lugar.


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