Boxeador marroquino será transferido para presídio de Bangu
Hassan Saada é acusado de assédio sexual contra duas camareiras da Vila Olímpica
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A juíza considerou necessária a prisão, considerando o fato de se tratar de atleta estrangeiro, sem residência fixa no país. O boxeador foi incurso no art. 213 do Código Penal, pelo crime de constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso.
“É necessária a prisão do indiciado à complementação das investigações, mormente porque, livre, o mesmo pode influenciar as diligências necessárias e, até, reincidir na prática de violência de gênero, eis que dois já são os fatos. Saliente-se que o mesmo não possui residência fixa no país, eis que atleta de delegação olímpica estrangeira, o que dá flagrante dimensão de risco de sua evasão, frustrando a eventual aplicação da lei penal”, escreveu a juíza Larissa Saly, em um trecho da decisão.
A magistrada ressaltou sua indignação em relação ao comportamento do boxeador marroquino. “É inacreditável que um atleta que deveria vir ao país para passar uma mensagem de espírito olímpico, haja com total desrespeito com quem o acolhe, cometendo atos gravíssimos e repudiados em qualquer lugar do mundo”.