Delegação russa reduzida inicia viagem rumo ao Rio
Promessa de um dois atletas é de "lutar ainda mais para provar que a Rússia é difícil de quebrar"
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"Eles nos deixaram com raiva, mas no bom sentido. Vamos lutar ainda mais, para provar que é difícil quebrar a Rússia e vamos lutar por todos os atletas que não puderam viajar", declarou Polina Kuznetsova, jogadora da seleção feminina de handebol.
"Vamos lutar por nós mesmos, mas também por aqueles que não puderam vir", concordou Aleksey Korolev, técnico da equipe de vôlei feminino, uma das maiores rivais do Brasil. "Estamos prontos para a luta", insistiu Natalia Ishchenko, tricampeã olímpica de nado sincronizado, rodeada de familiares de atletas que se despediram com flores.
O presidente do Comitê Olímpico da Rússia (ROC), Alexandre Jukov, que também estava presente do aeroporto, lançou um apelo para que os atletas mantenham "o espírito combativo e não prestem atenção a eventuais insinuações ou provocações". "Tenho certeza de que sairemos vitoriosos", bradou o dirigente, seguido por gritos de incentivo dos atletas.
Eles se juntarão a uma primeira leva de atletas, que saiu da Rússia no sábado, principalmente ginastas e esgrimistas. A Rússia inscreveu inicialmente uma lista de 387 nomes para os Jogos, mas muitos ficaram de fora por conta dos critérios exigidos pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), que pediu para as federações internacionais de cada esporte banir todos aqueles que já foram punidos por doping.
Também foi excluída toda da equipe de atletismo, com destaque para a lenda viva do salto com vara Yelena Isinbayeva, embora a 'Czarina' nunca tenha tido o nome citado em caso de doping.
A Federação Internacional de Atletismo suspendeu a Rússia de todas as competições desde novembro, por causa de relatórios bombásticos da agência Mundial Antidoping. Só foi 'repescada' a saltadora em distância Darya Klishina, que treina na Flórida e por isso é submetida, em teoria, a exames mais rigorosos do que no seu país.