Presidente interino da CBF promete novas práticas para evitar assédio

Presidente interino da CBF promete novas práticas para evitar assédio

Ednaldo Rodrigues, que comanda a entidade de forma temporária, disse que casos como o de Caboclo "não podem mais acontecer"

Agência Estado

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Presidente interino da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) desde 27 de agosto, Ednaldo Rodrigues seguirá no cargo após a confirmação do afastamento de Rogério Caboclo — mas não se sabe até quando. O dirigente é um dos oito vice-presidentes da entidade e poderá continuar na presidência até o fim da suspensão, mas também poderá ceder o cargo a outro dos vices em algum momento. Tudo dependerá de um acordo entre eles.

Ainda que o dirigente venha reiterando em todas as suas entrevistas que qualquer decisão será tomada em conjunto entre os vices, caberá a ele dar a última palavra. Nos próximos meses, Rodrigues deverá referendar decisões que envolvem desde renegociações de contratos até a formulação do calendário do futebol brasileiro. Mas, com mais urgência, precisará demonstrar na prática que a medida da CBF de afastar seu principal cartola por denúncia de assédio também se refletirá em novas práticas na entidade.

Após a Assembleia Geral confirmar a suspensão de 21 meses de Rogério Caboclo, Ednaldo Rodrigues prometeu trabalhar nisso. "A partir de agora nós vamos trabalhar, com os nossos colegas vice-presidentes, e ouvindo todas as federações, no sentido de adotarmos práticas que sejam sempre de combate a qualquer tipo de assédio ou discriminação", afirmou.

"Qualquer tipo de violência tem de ser combatida, principalmente a violência e discriminação que existe contra a mulher, em todos os segmentos, seja no futebol, seja na indústria, no comércio, na imprensa. Acho que a CBF demonstra neste momento, nesta decisão histórica e por unanimidade, de 27 presidentes de federações, que nesta casa não pode mais acontecer esse tipo de situação", sustentou.

"Realista"

Ednaldo Rodrigues é o sétimo presidente da CBF em dez anos. À exceção de dois interinos, quatro foram acusados pelos mais diversos desvios de conduta — como recebimento de propina, conspiração e, agora, assédio. Indagado sobre o que fazer para que a CBF se recupere do descrédito que atinge seus principais dirigentes, Rodrigues falou em ser "realista".

"É lógico que todos também ficam pensando: 'Será que vai acontecer' (outro tipo de desvio de conduta)? A gente tem de ser realista e provar o contrário, com atitudes, com trabalho, com profissionalismo e, acima de tudo, com lisura e ética, para que esse tipo de crime que aconteceu não volte a acontecer", completou.


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