Pressionado por Rashford, Boris Johnson prorroga ajuda alimentar para crianças pobres

Pressionado por Rashford, Boris Johnson prorroga ajuda alimentar para crianças pobres

Atacante de 22 anos publicou artigo pedindo que políticos deixem a "rivalidade de lado" neste momento de pandemia

AFP

Pressão pela manutenção foi feita pelo atacante Rashford, de 22 anos, em um artigo publicado no jornal The Times e nas redes sociais

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O governo do primeiro-ministro britânico Boris Johnson decidiu nesta terça-feira prolongar durante o verão (hemisfério norte) o programa de refeições gratuitas para crianças desfavorecidas, após uma campanha de pressão liderada pelo jogador do Manchester United Marcus Rashford.

O governo britânico havia anunciado no início do mês que um programa que permitia às famílias modestas receber cupons de compra de alimentos no valor de 15 libras (18,8 dólares) por criança e semana, instaurado quando o confinamento forçou as escolas e cantinas a fechar, não seria prolongado durante as férias escolares.

"Sei o que é ter fome", escreveu o atacante Rashford, de 22 anos, em um artigo publicado na edição desta terça-feira do jornal conservador The Times, no qual destaca que sabe até que ponto teria efeito se o governo mudasse de decisão sobre o programa que afeta 1,3 milhão de crianças, já que ele era uma delas há 10 anos.

A oposição trabalhista fez um apelo para organizar um debate no Parlamento e tentar obter a prorrogação do dispositivo. Rashford e sua campanha receberam o apoio de vários deputados conservadores, como o presidente da Comissão de Educação, Robert Halfon, que chamou o jogador de "inspiração e herói de nossa época".

No texto publicado nesta terça-feira, Rashford pede aos deputados de todos os partidos que "deixem a rivalidade de lado" e demonstrem "solidariedade" sobre um tema que pode afetar "a estabilidade das famílias, em todo o país para as próximas gerações".

Responsável pelo tema Educação no Partido Trabalhista, a deputada Rebecca Long-Bailey afirmou que seria "insensível" por parte do governo não dar "este pequeno passo para aliviar a pressão econômica" que pesa nas residências e "garantir que as crianças possam comer durante as férias de verão".

O jornal The Times informa que a prorrogação do dispositivo custaria 120 milhões de libras (151 milhões de dólares).

Desde o início do confinamento, Rashford está envolvido com esta causa. Ele recorda que, como integrante de uma família de cinco filhos com renda modesta, muitas vezes só conseguiu fazer as refeições com a ajuda da escola.


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