Rússia emite ordem de prisão contra homem que revelou escândalo de doping
Homem supervisionou os exames realizados durante os Jogos Olímpicos de inverno em 2014
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Alegando temer por sua vida, Grigori Rodchenkov, ex-diretor do laboratório antidoping de Moscou que supervisionou as análises nos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi-2014, se refugiou logo no início do escândalo nos Estados Unidos, de onde fez novas acusações contra as autoridades russas.
Em março de 2016, em uma entrevista ao jornal New York Times ele descreveu uma elaborada trama de doping que, segundo ele, envolveu dezenas de atletas russos nos Jogos Olímpicos de 2014. Um relatório explosivo publicado em novembro por uma comissão independente da Agência Mundial Antidoping afirmou que Rodchenkov admitiu ter "destruído intencionalmente" 1.417 análises antes de uma auditoria. Como resultado do escândalo, os integrantes da equipe russa de atletismo não foram autorizados a competir nos Jogos Olímpicos Rio-2016 e foram proibidos de disputar o Mundial de Atletismo de Londres no mês passado.
De acordo com as autoridades russas, Rodchenkov atuou por iniciativa própria quando destruiu milhares de mostras de atletas russos. Desde que o início do escândalo, a Rússia nega a existência de um sistema de doping organizado pelo Estado, insistindo em responsabilidades individuais de esportistas dopados e de diretores da Agência Antidoping Russa (Rusada) ou do laboratório antidoping. Rússia e Estados Unidos não têm acordo de extradição.